José Aloísio Marmion nasceu na cidade de Dublin, na Irlanda,
no dia 1º de
abril de 1858. Seu pai, William, era irlandês e sua mãe, Ermínia,
francesa. O casal, muito piedoso, teve a graça de ver as três filhas se
consagrarem a Deus, na Congregação das Irmãs da Misericórdia. Mais tarde,
também o filho José, que ingressou no seminário diocesano da sua cidade natal,
aos 16 anos de idade. Ele terminou os estudos de Teologia no Colégio de Propaganda
Fide, em Roma, onde foi ordenado sacerdote em 1881.
No inicio, seu sonho era ser monge missionário na Austrália,
mas foi cativado pela atmosfera litúrgica da nova Abadia de Maredsous, fundada
na Bélgica em 1872, a qual visitara pouco antes de regressar à Irlanda.
Imediatamente, pediu ao seu bispo para ingressar nesse mosteiro, mas foi-lhe
dito que esperasse mais algum tempo.
No seu ministério sacerdotal, de 1881 a 1886, conservou o
zelo pastoral de missionário desempenhando várias funções: vigário em Dundrun,
professor no Seminário Maior de Clonliffe, capelão de um convento de monjas
redentoristas e de um cárcere feminino.
Só então obteve permissão para realizar o seu grande desejo
de tornar-se monge beneditino. Ingressou na Abadia de Maredsous, na diocese de
Namur, Bélgica, e, tomando o nome Columba, iniciou o seu noviciado. Foi um
período difícil entre monges mais jovens, pois teve de mudar de costumes,
cultura e língua; entretanto esforçou-se na formação da disciplina monástica e,
assim, pôde emitir os votos solenes em 1891.
A partir desse momento, viveu intensamente o espírito
monástico beneditino. A sua influência espiritual atingiu sacerdotes,
religiosos, religiosas e leigos, os quais orientava para uma vivência fervorosa
cristã através dos seus livros, traduzidos em mais de 15 idiomas: "Cristo,
vida da alma", "Cristo nos seus mistérios" e "Cristo, ideal
do monge", dos retiros e da sua direção espiritual.
Foi ele que, em 1914, quando rebentou a Primeira Guerra
Mundial, levou alguns dos seus monges mais novos para a Irlanda. Mas dois anos
depois, ele, sozinho, voltou para a Bélgica. Ali, quando a guerra terminou,
constatou que o clima político do país não permitia uma ligação permanente com
a Congregação alemã. Foi então que recebeu o pedido para começar a constituir
uma nova, e somente belga. Assim, em 1920, fundou a "Congregação belga da Anunciação".
Columba Marmion exerceu cargos importantes, como diretor
espiritual, professor e prior da Abadia de Mont-César, em Louvain, e terceiro
abade de Maredsous. Ele faleceu em 30 de janeiro de 1923, vítima de
uma epidemia de gripe. Na ocasião, a fama de sua santidade e mestre de vida
espiritual se fazia presente em todo o mundo católico.
O papa João Paulo II declarou bem-aventurado Columba Marmion
no Ano Santo do Jubileu de 2000. Sua festa litúrgica foi incluída no calendário
para ser celebrada no dia 3 de outubro.
“O nosso coração tem uma
capacidade de infinito,
e só Deus o pode saciar
perfeitamente”
(Dom Columba Marmion)
Fonte: Edições Paulinas
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Ricardo Feitosa e
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