Dor e Alegria
Ter filhos é uma grande alegria para as mulheres casadas,
mesmo que sofram as dores do parto. Diz Jesus Cristo: Depois que deu à luz um
menino, já não se lembra da aflição por causa da alegria que sente pelo filho
(Jo 16, 21).
O dia da alegria das mães é aquele em que dão à luz os seus
filhos. Consideram-se grandes maravilhas de Deus tirar o pobre da imundície (Sl
112,7) e fazer a mulher estéril dar à luz (cf. Is 54,1 e 1Sam 2,5). Juntemos
estas duas coisas e acrescentemos outra maior.
Quando dá à luz, a mulher sente dores, mas depois do parto
se alegra; e, se não podia dar à luz, Deus faz a maravilha de lhe dar filhos. O
filho depois da esterilidade é motivo de dupla alegria.
Quantas causas de regozijo quereis que acrescentemos hoje
à Virgem Maria?
Uma mulher honrada, casada, desejosa de fazer o bem, que tem
entre os braços um Menino que chega a tirar-nos a vontade de ver os céus; mãe
de um filho cujo parto foi sem dores.
Oh, Senhora, se um filho que dá dor, depois do parto dá
alegria, quanta alegria não Vos dará Aquele que no parto Vos deu duplo
regozijo?
Se a estéril sente tanta alegria quando dá à luz, quanta
alegria não sentirá a que permaneceu virgem depois de ter dado à luz?
Se a mulher que dá à luz se sente feliz sem saber que futuro
espera o seu filho, até que ponto não se regozijará Aquela que deu à luz um
filho que sabe ser o Filho de Deus?
Bem o disse Isaías: Alegrar-se-á a terra deserta sem caminho
e a estepe regozijar-se-á e florirá como o lírio (Is 35,1), louvando Aquele que
tanto bem lhe fez!
Pensais que, por muito que tenham madrugado os pastores e os
reis para adorarem o Menino, Maria não acordou mais cedo ainda? Os pastores simbolizam
os judeus, e os reis os pagãos.
Antes que todos eles, adorou-o a Virgem Maria, dando-nos a
entender que, se Abraão foi chamado o pai dos que creem, mais razão há para que
a Virgem Maria seja chamada a mãe da fé.
Que alegre e honrada se sente Ela com este Menino, vendo os
reis darem-lhe ouro, incenso e mirra! (Mt 2, 11). Riqueza que durará pouco
tempo, porque Ela a dará aos pobres.
Para que havia de querê-la? - “Se o meu filho ama a
pobreza, para que eu hei de querer a riqueza?”
Essa é, Senhora, a vossa situação: Vós a receber de Deus e a
dar aos pobres o que Ele Vos dá; Deus a dar-Vos e Vós porfiadamente a repartir.
Que tendes que não nos tenhais dado? Está desejosa de dar-nos; pois digamos-lhe
com muita devoção: Ave, Maria…
Fonte: aascj.org.br -
confrariadesaojoaobatista.blogspot.com.br
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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