Valburga nasceu em
Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents,
cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de
nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas
muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela
Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo.
Valburga tinha
completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha
atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses
depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém,
enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai
morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se
formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo
pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.
Em 748, foi enviada
por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e
implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem,
uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já
operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio,
seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos
sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha
para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo que havia construído um mosteiro em
Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos
concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão,
ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete
anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua
mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As
obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros
os mais famosos e procurados de toda a região.
Valburga se
entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com freqüência. Os
mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto
rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um
barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.
Morreu no dia 25 de
fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde
permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat,
quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto.
Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um
óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma
cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte,
onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy,
uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se
espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em
concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os
devotos afirmam que opera milagres.
Fonte:
Edições Paulinas
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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