Primeira Leitura: Dt 4,32-34.39-40 - Salmo 32,4-5.6.9.18-19.20.22
(R.12b) - Segunda Leitura: Rm 8,14-17 - Evangelho: Mt 28,16-20
Protagonista da salvação dos homens
Chagando ao cume da montanha, se o dia está claro, olha-se o
caminhão percorrido, para avaliar sua amplidão, contemplar em conjunto o imenso
panorama que antes se admirara em partes.
É um símbolo do que a festa da Santíssima Trindade nos convida a fazer,
como que a concluir a celebração do mistério da Encarnação e da Redenção. Deus
é o protagonista da história da salvação dos homens, mas não um Deus abstrato,
solitário: é o Deus da comunidade de amor, Pai, Filho e Espírito Santo.
A verdadeira história dos homens começou
assim
Desde sempre, Deus nos ama, nos fala, nos escolhe; esta
perto de nós e conosco; prossegue seu plano de salvação, é fiel e pede aos
homens fidelidade. São os temas da primeira tomada de consciência que Israel faz
da história da sua salvação: “Desde o dia em que Deus criou o homem sobre a
terra...” (1ª leitura). Israel, salvo da escravidão, ouviu a palavra de Deus,
sentiu-se objeto da eleição, recebeu de Deus uma lei de Sábia convivência
humana e de intimidade com ele; repensando em tudo isto, Israel percebe que
desde as origens sua história esta nas mãos de Deus, que Deus nela intervém
para salvar o seu povo e conduzi-lo a uma terra de bem-estar e felicidade.
Esta é também a nossa história: devemos tomar consciência
disso. Deus se comprometeu conosco, deu-nos a sua palavra, põe fatos em nossas
mãos, dá-nos garantia por seu amor e sua eleição; por isso, pede confiança e
fidelidade, pois ele mesmo mostra confiança no homem e lhe é fiel. Se
meditarmos, perceberemos o que vale tudo isso; veremos que Deus é a origem de
todos os acontecimentos, orientando-os para o bem com sua força de salvação,
embora, ou antes, precisamente porque os homens com muita frequência os
transformam em mal. Por isso, não devem eles fazer para si outros deuses. O
verdadeiro Deus não se cala; fala-nos porque nos ama e quer salvar-nos de toda
escravidão; nós é que não sabemos ouvir. Abramos o Evangelho, a Bíblia,
observemos a natureza, leiamos em nossa história! O povo que Deus escolheu e
ama somos nós; ele nos pede que sejamos salvação para os outros. Tudo isso
desperta em nós uma real esperança; mas somente na mediada da nossa fé
sentiremos viva essa esperança e saberemos comunicá-la aos outros.
Deus se fez Pai e Irmão para nós
Que consolo para os antigos pagãos, obcecados pelo destino (o
“acaso”) considerado inexorável, e escandalizados pelos deuses e deusas piores
que os homens, vir a conhecer que há um só Deus, santo, onipotente, mas Pai.
Encontramos a feliz admiração dessa descoberta na literatura dos primeiros
cristãos. É a mesma mensagem que Paulo proclamou aos romanos (2ª leitura), envolvendo
num único e agora maravilhoso destino da família, o Pai, o Cristo, o Espírito
Santo e os homens, filhos de Deus. O homem já não é escravo de ninguém e de
nada. Por isso, Deus lhe deu por guia seu próprio Espírito de amor, para que se
comporte com amor para com os homens e para com Deus. Então, sentirá a alegria
de chamar Deus com o nome de “Pai” e até de “Papai” (Abba).
Assim, é novamente aberta aos homens uma esperança segura.
Deus tomou a iniciativa da salvação dos homens antes que eles pensassem nisto;
leva-a avante, mesmo que eles continuem a não pensar nela e a opor-lhe
obstáculos; ele sabe transformar em bem, em instrumento de salvação, até o
sofrimento e a cruz do seu Filho, que se fez nosso “Irmão” para salvar-nos e
tornar-nos seus co-herdeiros.
Fazei de todos os povos meus discípulos
Esta ordem de Jesus não foi dada só aos apóstolos, é dada
para sempre à Igreja, isto é, a todos nós que somos os “que creem em Cristo”.
Hoje somos chamados a considerá-la, mais e melhor do que sempre, à luz ardente
da Trindade, de Deus-Amor, Pai, filho, Espírito. Tudo o que Cristo realizou, os
poderes que demonstrou e que dá à Igreja, são dados a ele e à Igreja pelo Pai;
também o dom máximo, o Espírito de amor.
Os homens que tomaram consciência de que sua história é
desígnio de salvação e sentem profundamente ter Deus por Pai e Irmão, são
levados a comunicar ao mundo essa mensagem, a fazer “discípulos” de Cristo
todos os povos, para que eles também entrem neste dinamismo de salvação pelo
qual Deus nos faz viver na fraternidade, na solidariedade, na colaboração.
Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e
Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
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