segunda-feira, 1 de junho de 2015

Liturgia Diária Comentada 01/06/2015 Segunda-feira SÃO JUSTINO

9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória: SÃO JUSTINO Mártir
Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Vermelho - Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.

Antífona: Salmo 118,85.46 - Os pagãos me contaram suas fábulas, mas nada valem perante a vossa lei. Diante dos reis falei de vossa aliança sem me envergonhar, aleluia!

Oração do Dia: Ó Deus, que destes ao mártir são Justino um profundo conhecimento de Cristo pela loucura da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro de Tobias 1,3; 2,1a-8
Eu, Tobit, andei nos caminhos da verdade e da justiça, todos os dias da minha vida. Dei muitas vezes esmolas aos meus irmãos e compatriotas, que comigo foram deportados para Nínive, no país dos assírios. No dia da nossa festa de Pentecostes que é a festa das Sete Semanas, prepararam-me um excelente almoço, e reclinei-me para comer.

Quando puseram a mesa com numerosas iguarias, disse ao meu filho Tobias: "Vai, filho, vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum que, de todo o seu coração, se lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer comigo. Assim, meu filho, ficarei esperando até que voltes".

Tobias saiu, pois, à procura de um pobre entre nossos irmãos. E voltou dizendo: "Pai!" Respondi: "Que há, meu filho?" Continuou Tobias: "Um homem do nosso povo foi morto e lançado à praça pública. E ainda se encontra lá, estrangulado". Levantei-me de um salto, deixando o almoço, sem prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e depositei-o numa das dependências da casa, esperando o pôr-do-sol para enterrá-lo. Ao voltar, lavei-me e, entristecido, tomei minha refeição.

Lembrei-me das palavras do profeta Amós, ditas contra Betel: "Vossas festas se transformarão em luto e todos os vossos cantos em lamentação". E chorei. Depois que o sol se escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o cadáver. Meus vizinhos zombavam, dizendo: "Ele ainda não tem medo. Já foi procurado para ser morto por este motivo, e teve que fugir. No entanto, está de novo sepultando os mortos!" - Palavra do Senhor.

Comentário: Temos aqui uma primeira mensagem de fidelidade a Deus a todo custo. Tobias foi fiel desde a juventude. Enquanto os contemporâneos e parentes cediam ao paganismo, ele peregrinava a Jerusalém segundo a lei, levava primícias, dízimos, ofertas; era generoso com os pobres, viúvas, órfãos, forasteiros. Desterrado, mantivera-se fiel a seus compromissos religiosos; tornado rico, servia-se do que tinha em favor dos outros. De modo particular, com risco de vida, dava sepultura aos justiçados e assassinados. Condenado, fugira; depois uma reviravolta política permitiu-lhe tornar. A cena de hoje põe em evidência sua generosidade e serve para encaminhar a narração do livro. Havendo dado tanto, Deus lhe pede tudo! Quando menos o esperamos, pode vir a “provação” decisiva, a confirmar a própria doação e é o pressuposto da retribuição de Deus. (Missal Cotidiano)

Salmo: 111(112),1-2. 3-4. 5-6 (R. 1a) Feliz aquele que respeita o Senhor!
Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos.

Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.

Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,1-12
Naquele tempo, Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: "Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada.

Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: 'Eles respeitarão meu filho'. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha'.

Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos'?"

Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O que aconteceu com os vinhateiros apresentadas na parábola do evangelho de hoje pode acontecer a todos nós principalmente quando nos deixamos levar pelo desejo de ter poder e de ter riquezas, que nos leva à tentação de nos apossarmos de tudo, inclusive das coisas de Deus e até mesmo do próprio Deus e a queremos usar de tudo isso em nosso próprio benefício. Quando fazemos isso, estamos na verdade rejeitando a presença do próprio Cristo em nossas vidas, que se dá também por meio dos pobres e necessitados que procuram a misericórdia do nosso coração e não o nosso autoritarismo e a nossa prepotência em relação a eles. (CNBB)

Possivelmente a similaridade fonética entre as palavras hebraicas ben (filho) e eben (pedra) levou Jesus a recorrer à citação de um salmo para ilustrar a sua situação. Ele, como Filho, sentia-se como uma pedra rejeitada pelos construtores, que acabou se tornando pedra de sustentação de um edifício. O destino dado pelos primeiros construtores foi superado por quem faria a edificação definitiva. Assim se passava com Jesus. As lideranças religiosas rejeitavam-no, pois não aderiam à sua pregação e nem reconheciam o testemunho de suas obras. Tinham-no na conta de uma pessoa perigosa que devia ser evitada. Não sabiam como encaixá-lo em seus esquemas, por ser demasiadamente desconforme com tudo quanto eles ensinavam. Todavia, o curso da história de Jesus não estava nas mãos dessas lideranças. Apenas ao Pai competia determinar tudo o que se referia a seu Filho. Não seriam elas que haveriam de frustrar os planos divinos. A pedra rejeitada estava destinada a ocupar um lugar fundamental na história de Israel. Garantiria salvação e segurança para o povo, e seria penhor de bênçãos para ele. Por meio dela, o Pai realizaria maravilhas e prodígios, exatamente como proclamava o salmo, em relação ao antigo Israel. Coube ao Pai desdizer o veredicto dos líderes religiosos a respeito de Jesus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Na parábola, a vinha representa Israel, os vinhateiros são os sacerdotes e escribas que tinham a missão de conduzir o povo para Deus, já os servos que foram espancados e mortos são os profetas. Caracterizando que a parábola tem um cunho messiânico no v.6 Marcos sinaliza o filho como sendo Jesus, pois o descreve da mesma forma que fez no Batismo e na Transfiguração. Jesus a pedra perfeita enviada por Deus para ser a base solida da Igreja, aquela que serviria de guia para dirigir a caminhada foi rejeitada pelos construtores (sacerdotes), pois não se enquadrou no projeto imperfeito e manipulador. “Que fará, pois, o senhor da vinha?” (v.9), já fez, Jesus venceu a morte, glorificou-se diante dos poderosos, não pela força e sim pelo amor. Devemos lembrar que Deus entregou sua vinha a outros, ou seja, a nós, cuidemos para sermos servos fiéis. Reforcemos a oração e a vigília para não cairmos na tentação de querer usurpar para nós a vinha, assim como fizeram os antigos arrendatários.  (Ricardo Feitosa/Catequese Cristã Católica)

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):

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INTENÇÕES PARA O MÊS DE JUNHO:

Universal: Imigrantes e refugiados - Para que os imigrantes e refugiados sejam acolhidos e respeitados nos países aonde chegam.

Pela Evangelização: Vocação ao sacerdócio e à vida consagrada - Para que o encontro pessoal com Jesus suscite em muitos jovens o desejo de Lhe oferecerem a própria vida no sacerdócio ou na vida consagrada.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

SANTO DO DIA: MEMÓRIA
São Justino - Mártir - 01 de junho

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica


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Um comentário :

  1. O meu comentário é exatamente a oração do dia:
    Oração do Dia: Ó Deus, que destes ao mártir são Justino um profundo conhecimento de Cristo pela loucura da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
    Temos que repelir os erros que nos cercam. Alguns veem de prelados

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