9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória: SÃO CARLOS LWANGA e COMPANHEIROS - Mártires
Prefácio Comum ou dos Mártires - Ofício da Memória
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” - São
Marcos
Antífona:
Apocalipse
12,11 - Eis os santos que venceram graças ao sangue do Cordeiro.
Preferiram morrer e renegar o Cristo; por isso reinam com ele para sempre,
aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos
cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de são
Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro de Tobias 3,1-11a.16-17a
Naqueles dias,
tomado de grande tristeza, pus-me a suspirar e a chorar. E depois, comecei a
rezar, entre gemidos: "Senhor, tu és justo, e justas são todas as tuas
obras. Todos os teus caminhos são misericórdia e verdade e és tu quem julga o
mundo. Agora, Senhor, lembra-te de mim, olha para mim, e não me castigues por
causa de meus pecados, de minhas transgressões ou de meus pais, que pecaram
diante de ti. Porque não obedecemos aos teus preceitos, entregaste-nos à
pilhagem, ao cativeiro e à morte, e fizeste de nós assunto de provérbios, alvo
de zombaria e de injúria em todas as nações, entre as quais nos dispersaste.
Agora, porém, vejo
que são verdadeiros os teus numerosos julgamentos, quando me tratas segundo os
meus pecados e os pecados de meus pais, pois não cumprimos teus mandamentos nem
caminhamos na verdade diante de ti. Trata-me, pois, como te aprouver. Ordena
que seja retomado de mim o meu espírito, para que eu desapareça da face da
terra e me transforme em terra. Para mim é melhor morrer do que viver, pois
tenho ouvido injúrias caluniosas e sinto em mim profunda tristeza.
Senhor, ordena que
eu seja libertado desta angústia. Deixa-me ir para a morada eterna e não
afastes, Senhor, de mim a tua face. Para mim é preferível morrer a ver tão
grande angústia em minha vida, ouvindo ainda tais injúrias".
Naquele mesmo dia,
Sara, filha de Raquel, que morava em Ecbátana, na Média, teve também de ouvir
injúrias de uma das escravas de seu pai. Ela fora dada em casamento a sete
homens, mas o perverso demônio Asmodeu havia-os matado, antes de estarem com
ela, como esposa. A escrava disse-lhe: "És tu que sufocas teus maridos! Já
foste dada a sete homens e de nenhum até agora tiveste proveito. Por que nos
espancas por terem morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles e jamais
vejamos filho ou filha nascidos de ti!"
Naquele dia, Sara
ficou com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar. E subiu ao aposento de seu
pai, no andar superior, intenção de se enforcar. Mas, pensando melhor, disse
consigo mesma: "Não quero que venham injuriar a meu pai e diz-lhe: 'Tinhas
uma filha muito querida e ela enforcou-se por causa de suas desgraças'. Assim
eu faria baixar à sepultura a velhice amargurada de meu pai. É melhor para mim,
em vez de me enforcar, pedir ao Senhor que me faça morrer, para não mais ouvir
injúrias em minha vida". No mesmo instante, estendendo as mãos em direção
à janela, fez esta oração: "Tu és bendito, Deus de misericórdia, e é
eternamente o teu nome!" Na hora, a prece dos dois foi ouvida perante a
glória de Deus. E Rafael foi enviado para curar a ambos. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O mal fustiga de diversas
maneiras um pai ancião e uma jovem viúva: ele, bondade desventurada e
escarnecida; ela, inocência sofredora e insultada. Impotentes, sem outro
refúgio senão a morte (até o suicídio), mas sinceramente confiantes, voltam-se
para Deus. Seu apelo apaixonado é melhor do que o que sabem pedir: como
crianças, não veem além dos seus casos, não vislumbram soluções, mas rezam. O
autor acentua o estado de alma de quem está psicologicamente em situação
extrema, para ressaltar a novidade da intervenção de Deus. Suas súplicas sobem
juntas, Deus as recebe e faz reverter tudo em bem: dá vida, vista, alegria, amor,
posteridade. Nós, cristãos, sabemos que importa forcejar e lutar, mas a oração
tem sempre o primeiro lugar. (Missal Cotidiano)
Salmo:
24(25),2-4a.4b-5ab.6-7bc.8-9
(R. 1b) A vós, Senhor, eu elevo a minha alma.
Senhor meu Deus a vós elevo a minha alma,
em vós confio: que eu não seja envergonhado triunfem sobre mim os inimigos! Não
se envergonha quem em vós põe a esperança, mas sim, quem nega por um nada a sua
fé.
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos.
Fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação. Em vós espero, ó Senhor, todos os dias!
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura
e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois
misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!
O Senhor é piedade e retidão, reconduz
ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres
ele ensina o seu caminho.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12,18-27
Naquele tempo, vieram ter com Jesus alguns
saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este
caso: "Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se morrer o irmão de
alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a
viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão".
Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu
sem deixar descendência. O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar
descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete
deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. Na ressurreição,
quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Porque os sete se casaram
com ela!
Jesus respondeu: "Acaso,
vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de
Deus? Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não
se casarão, pois serão como os anjos do céu. Quanto ao fato da ressurreição dos
mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus
lhe falou: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'? Ora,
ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados". - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
pergunta que os saduceus fizeram a Jesus revelou uma grosseria teológica. Por
não aceitarem a ressurreição, imaginaram poder confundi-lo com um casuísmo sem
fundamento. Assim é que se deve entender a história da mulher que se casou,
sucessivamente, com sete irmãos, e, por fim, ela própria morreu. De qual dos
sete irmãos seria esposa para na ressurreição? Jesus questionou a teologia
subjacente à problemática assim apresentada. Ela supõe que Deus seja tão sem
criatividade, a ponto de dever repetir, na vida eterna, o mesmo esquema da vida
terrena, devendo resolver as aporias pendentes da presente vida. Esta imagem de
Deus foi posta sob suspeita. Por seu poder divino, a experiência da
ressurreição consiste numa nova criação, cuja perfeição deve ser entendida a
partir de novos parâmetros. As relações interpessoais não serão uma cópia do
modo de vida terreno. Simbolicamente, Jesus afirma que os seres humanos
ressuscitados "serão como anjos no céu", sem estarem sujeitos à
contingência da morte, sem necessidade de reproduzir-se e assegurar
descendência. A dificuldade de os saduceus aceitarem a ressurreição dependia do
esquema teológico que eles tinham. Por isto, incorriam em erro. O Deus de
Jesus, no entanto, é bem diferente! (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Antes
eram os fariseus, agora são os saduceus a enfrentar Jesus. Um grupo religioso
formado pela elite sacerdotal que não acredita na ressurreição nem tampou nos
anjos, rejeita a doutrina dos fariseus e só aceita a Torá (Lei). Como responder
de forma convincente a pessoas que desconhecem as Escritura, mas parece que não
ficava só por ai, parece que também desconheciam o poder de Deus. Jesus recorre
a Moises e relembra, o nosso Deus é o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, é o Deus
dos vivos e não dos mortos. Humanamente falando torna-se quase impossível
entender a colocação do Messias já que o poder, a misericórdia e o amor
infinito do Pai só serão compreendidos através da fé. A ideia de que a vida dos
ressuscitados seria uma continuação da vida imperfeita a partir do ponto em que
parou com a morte, vai de encontro a toda visão de plenitude e abundância
anunciada na Boa Nova, por isso Jesus afirma que seremos como os anjos no céu.
(v.25) (Ricardo Feitosa/Catequese Cristã
Católica)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1.
xxxxxxxxxxxxxxxxx
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE JUNHO:
Universal: Imigrantes e refugiados - Para
que os imigrantes e refugiados sejam acolhidos e respeitados nos países aonde
chegam.
Pela Evangelização: Vocação ao sacerdócio e à vida
consagrada - Para que o encontro pessoal com
Jesus suscite em muitos jovens o desejo de Lhe oferecerem a própria vida no
sacerdócio ou na vida consagrada.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à
Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e
termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
SANTO DO DIA:
São Carlos Lwanga e companheiros - Mártires - 03 de junho
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e
Marta Lúcia
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