9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória: SÃO BONIFÁCIO - Bispo e Mártir
Prefácio Comum ou dos Mártires - Ofício da Memória
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” - São
Marcos
Antífona:
Este
santo lutou até a morte pela lei de seu Deus e não temeu as ameaças dos ímpios,
pois se apoiava numa rocha inabalável.
Oração do Dia: Interceda por nós, ó Deus, o mártir são Bonifácio, para que
guardemos fielmente e proclamemos em nossas obras a fé que ele ensinou com a
sua palavra e testemunhou com o seu sangue. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro de Tobias 11,5-17
Naqueles dias, Ana estava sentada, observando atentamente o
caminho por onde devia chegar seu filho. Percebeu que ele se aproximava e disse
ao pai: “Teu filho está chegando, e com ele o homem que o acompanhou”. Antes
que Tobias se aproximasse do pai, Rafael lhe disse: “Estou certo de que seus
olhos se abrirão. Aplica-lhe nos olhos o fel do peixe. O remédio fará com que
as manchas brancas se contraiam e se desprendam de seus olhos. Teu pai vai
recuperar a vista e enxergará a luz”.
Ana correu, atirou-se ao pescoço do filho e disse: “Voltei a
ver-te, meu filho, agora posso morrer!” E chorou. Tobit levantou-se e,
tropeçando, atravessou a porta do pátio. Tobias foi ao seu encontro, tendo na
mão o fel do peixe. Soprou-lhe nos olhos e, segurando-o, disse: “Confiança,
pai!” Derramou o remédio e esfregou-o. Depois, com ambas as mãos, tirou-lhe as
películas dos cantos dos olhos. Então Tobit caiu-lhe ao pescoço, chorando e
dizendo: “Eu te vejo, meu filho, luz de meus olhos!” E acrescentou: “Bendito
seja Deus! Bendito seja o seu grande nome! Benditos sejam todos os seus santos
anjos por todos os séculos! Porque, se ele me castigou, agora vejo o meu filho
Tobias!”
A seguir, Tobit entrou com Ana em sua casa, louvando e
bendizendo a Deus em alta voz, por tudo o que lhes tinha acontecido. E Tobias
contou ao pai como tinha sido boa a viagem deles, por obra do Senhor Deus, como
haviam trazido dinheiro e como se tinha casado com Sara, filha de Ragüel.
Aliás, ela já se aproximava das portas de Nínive. Tobit e Ana alegraram-se
muito e saíram ao encontro da nora, às portas da cidade.
Vendo-o andar a passos largos e com toda a firmeza, sem que
ninguém o conduzisse pela mão, os ninivitas se admiraram. E diante deles Tobit
louvava e bendizia a Deus em alta voz, por ter sido misericordioso para com ele
e por lhe ter aberto os olhos. E, aproximando-se de Sara, mulher de seu filho
Tobias, abençoou-a e disse: “Bem-vinda sejas, minha filha. E bendito seja o teu
Deus, filha, que te trouxe para junto de nós! Abençoado seja o teu pai,
abençoado o meu filho Tobias e abençoada sejas tu, minha filha! Entra em tua
casa com saúde, a ti bênção e alegria! Entra, minha filha!” E naquele dia foi
grande o contentamento entre todos os judeus que se encontravam em Nínive. -
Palavra do Senhor.
Comentário: Como no livro de Jó (Jó
42,5), a fidelidade do justo leva à visão de Deus, que transborda em alegria de
viver. A alegria da mãe é a presença viva dos filhos. A alegria do pai é ver os
filhos bem-sucedidos na aventura da vida. Esta história edificante de família
judaica no exílio pode tornar-se símbolo da história das famílias cristãs por
entre as peripécias da vida. Sofrimento físico e moral, pobreza, separações não
são uma fatalidade para quem tem fé; entram no plano misterioso e
misericordioso de Deus. A confiança nele alivia sempre a dor; abre à esperança,
torna-se prece, e esta esperança obtém muitas vezes êxito feliz, até na
existência terrena. A fé é luz interior que faz ver, também quando os olhos
estão apagados. As expectativas se realizam. Quantos pais e mãe aguardam o
retorno dos filhos e os reveem numa nova luz! É uma esperança que tem em Cristo
sua “luz”: ele mostra em si próprio que o sofrimento aceito com fé deságua na ressurreição.
(Missal Cotidiano)
Salmo:
145(146),2ab.
7. 8-9a. 9bc-10 (R. 1) Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei
ao meu Deus sem cessar!
O Senhor é fiel para sempre, faz justiça
aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os
cativos.
O Senhor abre os olhos aos cegos, o
Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem
protege o estrangeiro.
Ele ampara a viúva e o órfão, mas
confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus
reinará para sempre e por todos os séculos!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,35-37
Naquele tempo, Jesus ensinava no
Templo, dizendo: “Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de
Davi? O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: “Disse o Senhor ao meu
Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos
teus pés”. Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele
pode então ser seu filho?” E uma grande multidão o escutava com prazer. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
multidão que escutava Jesus nos deixa um grande exemplo: escutava Jesus com
prazer. Nós somos convidados a conhecer cada vez mais e melhor quem é Jesus,
contemplá-lo a cada dia e a penetrarmos no seu mistério. Isto para nós, antes
de ser uma tarefa a ser desempenhada, deve ser causa de grande alegria por
termos a oportunidade de participar da vida de Jesus, da sua intimidade, de
poder entrar, conduzidos pela graça, no seu mistério e viver em profunda
comunhão com ele. Conhecer Jesus deve ser uma fonte inesgotável de prazer para
todos nós, um prazer muito maior do que teve a multidão ao escutá-lo. (CNBB)
A
crença de que o Messias descenderia de Davi vinha de longa data. No início da
monarquia, Deus prometera suscitar para Davi um descendente que o sucedesse no
trono, de maneira a consolidar a realeza. A relação entre Deus e o monarca
seria como a de pai e filho: "Eu serei para ele um pai, e ele será meu
filho". O Senhor comprometia-se a garantir a estabilidade do trono real de
Israel, a fim de que subsistisse para sempre. O fim da monarquia deu lugar à
crença de que, no final do tempos, Deus haveria de suscitar um descendente de
Davi, para restaurar Israel. Esta esperança messiânica era muito viva no tempo
de Jesus. Aliás, ele mesmo foi identificado como filho de Davi. Contudo, Jesus
olhava com reservas para esta antiga tradição, e a questionou servindo-se da
citação de um salmo. Considerado do rei Davi, este salmo refere-se a alguém
superior a seu autor: "Disse o Senhor ao meu Senhor". O Messias não
seria um descendente de Davi, mas seu Senhor. Por conseguinte, deveria ser
procurado fora da descendência davídica. Fixar-se na continuidade dinástica, ao
longo dos tempos, poderia levar a identificações enganosas. Relativizado o
critério davídico, Jesus sugere aos ouvintes perguntar-se por uma outra
identidade do Messias. Não seria ele o Filho de Deus? (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Os
papeis se invertem, agora é Jesus quem fala e faz uma serie de advertências, e
começa indo de encontro a uma tradição bastante divulgada entre o povo de
Israel em que o Messias seria da descendência de Davi. “Como dizem os escribas
que Cristo é o filho de Davi? Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito
Santo: Disse o Senhor a meu Senhor” (vv.35-36). A princípio acreditamos que
Jesus esteja negando essa tradição, mas não é bem assim, na realidade o que ele
deseja é desmistificar a ideia de que o Messias assumiria o trono de Davi,
tornando-se um rei poderoso que devolveria a Israel o status de uma grande
nação e que expulsaria de seus domínios todos os estrangeiros. (Ricardo Feitosa/Catequese Cristã Católica)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1.
xxxxxxxxxxxxxxxxx
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE JUNHO:
Universal: Imigrantes e refugiados - Para
que os imigrantes e refugiados sejam acolhidos e respeitados nos países aonde
chegam.
Pela Evangelização: Vocação ao sacerdócio e à vida
consagrada - Para que o encontro pessoal com
Jesus suscite em muitos jovens o desejo de Lhe oferecerem a própria vida no
sacerdócio ou na vida consagrada.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à
Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e
termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
SANTO DO DIA: MEMÓRIA
São Bonifácio - Bispo e Mártir - 05 de junho
http://catequesecristacatolica.blogspot.com.br/2015/06/sao-bonifacio-bispo-e-martir-05-de-junho.html
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e
Marta Lúcia
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