20ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona:
Salmo
83,10-11 - Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e
contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que
outros mil.
Oração do Dia: Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não
podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos
em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superem
todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro dos Juízes 9,6-15
Naquele tempo, todos
os habitantes de Siquém e os de Bet-Melo se reuniram junto a um carvalho que
havia em Siquém e proclamaram rei a Abimelec. Informado disso, Joatão foi
postar-se no cume do monte Garizim e se pôs a gritar em alta voz, dizendo:
“Ouvi-me, moradores de Siquém, e que Deus vos ouça.
Certa vez as
árvores resolveram ungir um rei para reinar sobre elas, e disseram à oliveira:
‘Reina sobre nós’. Mas ela respondeu: ‘Iria eu renunciar ao meu azeite, com que
se honram os deuses e os homens, para me balançar acima das árvores?’
Então as árvores
disseram à figueira: ‘Vem e reina sobre nós’. E ela lhes respondeu: ‘Iria eu
renunciar à minha doçura e aos saborosos frutos, para me balançar acima das
outras árvores?’
As árvores disseram
então à videira: ‘Vem e reina sobre nós’. E ela lhes respondeu: ‘Iria eu
renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para me balançar
acima das outras árvores?’
Por fim, todas as
árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’. O espinheiro
respondeu-lhes: ‘Se deveras me constituís vosso rei, vinde e repousai à minha
sombra; mas se não o quereis, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do
Líbano!” - Palavra do Senhor.
Comentário: Depois de suas vitórias,
Gedeão recusara que o fizessem rei, ou a um de seus filhos. Por quarenta anos
ele guiou Israel como membro do povo. Depois de sua morte, Abimelec, filho seu,
matou com astúcia os seus irmãos (menos Joatão, que fugiu) e fez-se proclamar
rei. A fábula contada por Joatão mostra a má escolha do povo e a má sorte que
lhe advirá. Quantas vezes fazem os homens más escolhas por motivos maus, e
elegem chefes malvados, dos quais deverão depois suportar vexames e violências.
É um fato que se repete em diversos níveis do complexo social. Os bons, os
moderados, os generosos são postos à margem porque se recusam a comandar; pelo
contrário, os fraudulentos, os falsos (o espinheiro não dá sombra!), os
violentos (saia fogo!) obtêm o comando e usam dele arbitrariamente. Reflita-se:
para ser livre, é preciso não se sujeitar a déspotas e absolutismos. (Missal
Cotidiano)
Salmo:
20,2-3.
4-5. 6-7 (R. 2a) Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra.
Ó Senhor, em vossa força o rei se
alegra; quanto exulta de alegria em vosso auxílio! O que sonhou seu coração,
lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios.
Com bênção generosa o preparastes; de
ouro puro coroastes sua fronte. A vida ele pediu e vós lhe destes, longos dias,
vida longa pelos séculos.
É grande a sua glória em vosso auxílio;
de esplendor e majestade o revestistes. Transformastes o seu nome numa
bênção, e o cobristes de alegria em vossa face.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 20,1-16a
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta
parábola: “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada
para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores
uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o
patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes
disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. E
eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a
mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que
estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ Eles
responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós
também para a minha vinha’. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao
administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos,
começando pelos últimos até os primeiros!’
Vieram os que tinham sido contratados às cinco da
tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram
contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles
também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a
resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os
igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
Então o patrão disse a um deles:
‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o
que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último
o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com
aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os
últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Nós
estamos acostumados com a forma de justiça que foi estabelecida pelos homens e,
por causa disso, encontramos dificuldades para compreender a justiça divina, principalmente
porque os principais critérios da justiça dos homens são a diferença entre as
pessoas e a troca entre os valores enquanto que os principais critérios da
justiça divina são a igualdade entre as pessoas e a gratuidade dos valores.
Isso nos mostra que a lógica divina é totalmente diferente da lógica dos homens
e que nós vivemos reivindicado valores que, na verdade, são valores humanos e
que não nos conduzem a Deus. Também nos mostra o quanto todos nós somos
comprometidos com os valores humanos e deixamos de lado os valores do Reino.
(CNBB)
Os
adversários de Jesus irritavam-se com a acolhida que ele dispensava a todos
quantos eram vítimas da marginalização social e religiosa de sua época. Sua
extraordinária misericórdia levava-o a fazer-se solidário das vítimas do
desprezo e da arrogância. Todos, sem distinção, tinham lugar no seu coração. A
parábola do proprietário de uma plantação de uvas ilustra esta sua disposição
interior. A bondade do vinhateiro levou-o a sair sucessivas vezes para
contratar operários para sua plantação, de modo a não haver indivíduos ociosos
na praça. Até mesmo uma hora antes de terminar o expediente diário, ele saiu à
procura de desocupados para lhes dar trabalho. Surpreendente é que, na hora de
acertar as contas, os da última hora receberam tanto quanto os da primeira
hora. Isto foi motivo de protesto para estes últimos, que consideraram
injustiça receber salário idêntico aos que trabalharam pouco. O dono da vinha -
imagem de Deus - age com misericórdia e bondade. E se recusa a fazer
discriminações indevidas entre os seus diaristas. Uma justiça, falsamente
entendida, tê-lo-ia levado a pagar aos últimos uma quantia bem inferior do que
aquela paga aos primeiros. No caso de Deus, consistiria em conceder salvação
abundante a uns, e relegar os demais a uma espécie de desprezo. Entretanto,
como o modo divino de agir vai na direção contrária, a justiça é superada pela
misericórdia. E todos são, igualmente, objetos de seu amor. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
INTENÇÕES
PARA SANTA MISSA
FAÇA
SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
SANTO DO DIA:
Memória Facultativa
São João Eudes - 19 de Agosto
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE AGOSTO:
Universal: Voluntários ao serviço dos necessitados - Para que aqueles que colaboram no campo do
voluntariado se entreguem com generosidade ao serviço dos mais necessitados.
Pela Evangelização: Ir ao encontro dos marginalizados - Para que, saindo de nós mesmos, saibamos
fazer-nos próximos daqueles que se encontram nas periferias das relações
humanas e sociais.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma.
Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das
Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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