20ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Memória: Bernardo de Claraval - Santo e Doutor
Prefácio Comum ou dos Santos - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona:
Salmo 36,30-31 - O justo medita a sabedoria e sua palavra
ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus.
Oração do Dia: Ó Deus que fizestes do
abade são Bernardo, inflamado de zelo por vossa casa, uma luz que brilha e
ilumina a Igreja, dai-nos por sua intercessão, o mesmo fervor para caminharmos
sempre como filhos da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro dos Juízes 11,29-39a
Naqueles dias, o espírito do Senhor veio sobre Jefté e ele,
atravessando Galaad e Manassés, passou por Masfa e Galaad e de lá marchou
contra os filhos de Amon. E Jefté fez um voto ao Senhor, dizendo: “Se entregares
os amonitas em minhas mãos, a primeira pessoa que sair da porta de minha casa
para vir ao meu encontro, quando eu voltar vencedor sobre os amonitas,
pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto”.
Jefté passou às terras dos amonitas para combater contra
eles, e o Senhor entregou-os em suas mãos. E Jefté fez uma grande mortandade em
vinte cidades, desde Aroer até a entrada de Menit e até Abel-Carmim, e assim os
filhos de Amon foram subjugados pelos filhos de Israel.
Quando Jefté voltou para sua casa em Masfa, sua filha
veio-lhe ao encontro, dançando ao som do tamborim. Era a sua única filha, pois
não tinha mais filhos. Ao vê-la, rasgou as vestes e bradou: “Ai, minha filha,
tu me prostraste de dor! És a causa da minha desgraça! Pois fiz uma promessa ao
Senhor e não posso voltar atrás”.
Então ela respondeu: “Meu pai, se fizeste um voto ao Senhor,
trata-me segundo o que prometeste, porque o Senhor concedeu que te vingasses de
teus inimigos, os amonitas”. Depois, disse ao pai: “Concede-me apenas o que te
peço: deixa-me livre dois meses para ir vagar pelos montes com minhas
companheiras e chorar a minha virgindade”. “Vai!”, respondeu ele. E deixou-a
partir por dois meses. Ela foi com suas companheiras chorar pelos montes a sua
virgindade. Passados os dois meses, voltou para o seu pai e ele cumpriu o voto
que tinha feito. - Palavra do Senhor.
Comentário: Também através de fatos
pecaminosos, a Bíblia propõe lições de salvação. A palavra dada deve ser
mantida mesmo a duras penas, mas ai de quem a empenha levianamente, como Jefté!
Antes de tudo, ele age de modo supersticioso, querendo oferecer a Deus um
sacrifício humano, como faziam os cananeus (Jz 3,6-8), e designa a pessoa
ignorando quem será ela. Esta idolatria recai sobre ele e vai envolver sua
própria filha única. Com razão este episódio trágico nos choca: trata-se de uma
religiosidade falsa, desumana. Entretanto, nossa civilização não está manchada
por "sacrifícios humanos"? Criaturas mortas no ventre materno, povos
famintos, roubos e sequestros que acabam em homicídios, represálias e saques
indiscriminados, guerras favorecidas por interesses das grandes potências,
riscos de vida em competições loucas. Jesus nos adverte que a ira e o ódio são
homicídio, e nos ensina a não jurarmos de modo algum, mas sermos leais corajosa
e conscientemente. (Missal Cotidiano)
Salmo:
39,5.
7-8a. 8b-9. 10 (R. Cf. 8a.9a) Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade
Senhor!
É feliz quem a Deus se confia; quem não
segue os que adoram os ídolos e se perdem por falsos caminhos.
Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes,
Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos
pecados, E então eu vos disse: "Eis que venho!"
Sobre mim está escrito no livro: “Com
prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
10 Boas novas de vossa justiça anunciei
numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 22,1-14
Naquele tempo, Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos
sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: “O Reino dos Céus é como a história
do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados
chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. O rei mandou
outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os
bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a
festa!’ Mas eles não fizeram caso: um foi para o seu campo, outro para os seus
negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar
aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, o rei disse aos
empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram
dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidem para a
festa todos os que encontrardes’. Então os empregados saíram pelos caminhos e
reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia
de convidados.
Quando o rei entrou para ver os
convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa e
perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem
nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos
desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’.
Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
proposta de Jesus é feita para todas as pessoas de boa vontade, mas exige
resposta incondicional e adesão aos valores do Reino e ao seu projeto. Muitos
valores da sociedade atual apresentam-se como concorrentes aos valores do Reino
e fazem com que outras escolhas sejam possíveis, assim como a possibilidade de
rejeição do projeto de Cristo. Mas também acontece que algumas pessoas dão a
sua adesão ao projeto de Jesus, no entanto se tornam pessoas divididas porque
não conseguem deixar os valores anteriores e a suas vidas são caracterizadas
pela duplicidade. Essas pessoas participam do banquete, mas as suas vestes não
são apropriadas. (CNBB)
A
parábola evangélica resulta numa releitura da história de Israel e da Igreja. O
convite para participar do banquete preparado pelo rei, por ocasião do
matrimônio de seu filho, expressa o amor de Deus por seu povo. O povo eleito
era o convidado especial para participar do lauto banquete. Nada mais natural
do que responder afirmativamente, pois ter sido objeto da deferência de um rei
é algo de extrema relevância. Os convidados, porém, recusam-se a comparecer,
apesar da insistência do rei que, por duas vezes, enviou seus emissários para
convencê-los a vir. Estes não fizeram caso. Cada um foi para os seus afazeres.
Pior ainda, pegaram os servos, maltrataram-nos, e os mataram. Simbolicamente
aqui está retratada a atitude insensata do povo de Israel que se recusou a
ouvir os apelos à conversão, que lhe foram dirigidos através dos séculos, por
meio dos profetas. Por isso, foi castigado com a destruição, pelas mãos dos
romanos. Estando pronto o banquete e
tendo os primeiros convidados sido indignos de participarem dele, o rei mandou
seus emissários pelos caminhos para reunirem maus e bons, de forma que a sala
do banquete ficou repleta. Em outras palavras, tendo Israel recusado o convite
divino, este foi dirigido aos pagãos que o acolheram, de maneira a formar o
verdadeiro povo de Deus, a Igreja. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
INTENÇÕES
PARA SANTA MISSA
FAÇA
SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
SANTO DO DIA:
Memória Obrigatória
São Bernardo de Claraval - Doutor - 20 de
agosto
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE AGOSTO:
Universal: Voluntários ao serviço dos necessitados - Para que aqueles que colaboram no campo do
voluntariado se entreguem com generosidade ao serviço dos mais necessitados.
Pela Evangelização: Ir ao encontro dos marginalizados - Para que, saindo de nós mesmos, saibamos
fazer-nos próximos daqueles que se encontram nas periferias das relações
humanas e sociais.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma.
Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das
Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
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