23ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Festa: NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA
Prefácio de Maria - Ofício da Festa - Glória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona:
Celebremos com alegria o nascimento da virgem Maria: por ela nos veio o
sol da justiça, Cristo, nosso Deus.
Oração do Dia: Abri, ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da
vossa graça: e, assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a
festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Profecia de Miquéias 5,1-4a
Assim diz o Senhor:
'Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair
aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias
da eternidade. Deus deixará seu povo ao abandono, até o tempo em que a mãe der
a luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. Ele não
recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor
seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até os
confins da ferra, e ele mesmo será a paz. -
Palavra do Senhor.
Comentário: A dinastia tem de resgatar
seus humildes começos; não Sião, mas Belém, chamada também de Éfrata (1Sm 17,
12; Sl 132, 6). A “origem antiga” pode remontar à genealogia do final de
Rute. Quando Mateus aplica este
versículo ao Messias, muda ou lê “não és a menor” (Mt 2,6), sem contradizer o
que implica o original. A tradição cristã, prolongando a sugestão de Mateus,
leu neste versículo a origem eterna do Messias. A restauração anunciada tem um
momento previsto, que o profeta só pode propor num enigma. Suas duas peças se
referem ao crescimento do povo por dois fatores: porque as mulheres voltam a
dar à luz, porque os desterrados voltam a reunir-se com seus irmãos (cf. Is
7,14; 9, 5 e 10, 21s). Aquela que dá à luz é qualquer mulher judia, e também a
capital personificada como matrona. Os que voltam podem ser os israelitas do
reino do Norte ou os judeus depois de um desterro previsto. “Mãe” e “irmãos”
imprimem a esta profecia um tom familiar. Os falsos profetas rejeitam a visão
humilde de Miquéias, aplicando o esquema de Is 14, 24-27. Os pastores serão
capitães, a vitória será obtida pelas armas e a Assíria será submetida à
vassalagem, mesmo que encarne o legendário Nemrod, caçador e guerreiro. (Gn 10,
8-12) (Comentário Bíblico / Edições Loyola)
Salmo:
70(71),6;
Sl 12(13),6 (R. Is 61,10) Exulto de alegria no Senhor.
Sois meu apoio desde antes que eu
nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor
eternamente!
uma vez que confiei no vosso amor, meu
coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me
fizestes!
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,1-16.18-23
Abraão gerou lsaac; lsaac gerou
Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era
Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou
Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou
Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou
Salomão, daquela que tinha sido mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão
gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão; Jorão gerou
Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon;
Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias
e seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia.
Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou
Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud
gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matá; Matá
gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é
chamado o Cristo.
A origem de Jesus foi assim:
Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem
juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era
justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.
Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e
lhe disse: "José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua
esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um
filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar seu povo dos seus
pecados". Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito
pelo profeta: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, ele será
chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma
história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos
o pecado. Ao comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um
fato da história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao
dela, uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso,
podemos perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história
da humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação. (CNBB)
A
genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de
sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo
de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa
história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como
verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem
como. A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um
retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes,
encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento
correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos
sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e
mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a
humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai. Jesus,
porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da
concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se
que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha
masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou
seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do
Messias Jesus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
A
Liturgia escolheu este Evangelho para a festa da Natividade de Nossa Senhora.
Nele, temos o registro da genealogia de Jesus Cristo, de Abraão a José, esposo
de Maria, seguida da cena da "Anunciação a José". E é neste episódio
que o Anjo do Senhor esclarece o justo José sobre a natureza da gravidez de Maria:
"É obra do Espírito Santo". Ora, a obra do Espírito não começa por
aí. Desde o início, quando "pairava sobre as águas" (Gn 1, 2), Deus
já agia simultaneamente em dois campos: a Criação e a Salvação. E o Espírito
Santo sempre trabalhou em ambas as "obras". É neste sentido que
devemos prestar atenção à fastidiosa relação de nomes, desde Abraão até José:
enquanto passa o tempo, ao longo da história humana, Deus se
"prepara" para agir. As promessas feitas a Abraão, renovadas a Davi,
hão de cumprir-se em José, da tribo de Davi, do povo de Abraão, da raça de Noé.
Afunilando-se, "especializando-se", Deus se vale de mediações humanas
para cumprir a promessa de Aliança com os homens. Mas Deus decidira que o próprio
homem devia colaborar e participar em sua obra. Nas conhecidas palavras de
Santo Agostinho, "o Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti".
Por isso mesmo, os Padres da Igreja "dataram" a missão de Maria - a
missão de gerar o Filho de Deus na carne dos homens - desde toda a eternidade.
Isto é, nos desígnios de Deus, Maria estava eternamente em seu pensamento. Como
disse o poeta, falando em nome de Maria, "a Criação estava por nascer / e
o Senhor se agradou de mim..." Na festa da Natividade da Bem-aventurada
Virgem Maria, devemos recordar o seu especial privilégio: desde sua concepção,
tendo em conta sua futura missão de acolher no próprio ventre o Filho de Deus,
Cordeiro sem mancha, Maria foi preservada de todo pecado. "Em vista dos
méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime." (LG, 53.) Conforme
comenta o Catecismo da Igreja Católica, "Os Padres da tradição oriental
chamam a Mãe de Deus ‘a toda santa' (Panhaghia), celebram-na como ‘imune de
toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, e formada como
nova criatura'. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado
pessoal ao longo de toda a sua vida." (CIC. 493) À imitação de Maria,
abramos todo o nosso ser à ação do Espírito de Deus. (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)
INTENÇÕES
PARA SANTA MISSA
FAÇA
SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
SANTO DO DIA:
FESTA
Natividade de Nossa Senhora - Festa
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE SETEMBRO:
Universal: Oportunidades para os jovens - Para que abundem as oportunidades de formação e
de trabalho para os jovens.
Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé - Para que a vida dos catequistas seja um
testemunho coerente da fé que anunciam.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma.
Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das
Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
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