quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Liturgia Diária Comentada 20/09/2015 25ª Domingo Comum

25ª Domingo do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Antífona: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Oração do Dia: Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 2,12.17-20
Os ímpios dizem: “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”. - Palavra do Senhor.

Comentário: Os ímpios de que fala a perícope são israelitas de Alexandria, que assimilaram uma mentalidade materialista e hedonista que os levou à apostasia. Assim se explica o escárnio contra o justo, cuja vida é para os ímpios uma censura insuportável. A mais impressionante realização destas páginas verifica-se em Cristo. Basta confrontá-las com os evangelhos, por exemplo, os v.v. 13.16 com Jo 5,18; o v. 18 com Mt 27,40-43; o v. 13a com Jo 15,15; Mt 11,27; etc. Também na Igreja esta página tem sua atualidade. As perseguições mais ou menos cruentas e as oposições sistemáticas que ela sempre encontra (mesmo em ambientes cristãos) tem sua verdadeira explicação no fato de ela constituir uma reprovação para seus opositores, a quem resta apenas o recurso à violência, às afrontas. Pode-a mesma motivação no espírito sectário com que se combatem e criticam homens, gestos e instituições da Igreja, sob o enganoso pretexto secularização. Cristo incluiu nas bem-aventuranças dos seus seguidores também estas: "Bem-aventurados sereis quando vos ultrajarem e com mentiras disserem de vós todo o mal por minha causa" (Mt 5,11). A Eucaristia, memorial da condenação de Cristo, tem na Igreja um lugar central, também porque a paixão se renova continuamente, sob mil formas, na carne viva do corpo místico. (Missal Cotidiano)

Salmo: 53,3-4.5.6.8 (R. 6b) É o Senhor quem sustenta minha vida!
Por vosso nome, salvai-me, Senhor; e dai-me a vossa justiça! Ó meu Deus, atendei minha prece e escutai as palavras que eu digo!

Pois contra mim orgulhosos se insurgem, e violentos perseguem-me a vida; não há lugar para Deus aos seus olhos. Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida!

Quero ofertar-vos o meu sacrifício, de coração e com muita alegria; quero louvar, ó Senhor, vosso nome, quero cantar vosso nome que é bom!

Segunda Leitura: Carta de São Tiago 3,16-4,3
Caríssimos: Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento.

O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?

Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. - Palavra do Senhor.

Comentário: O homem é ser inacabado e, por isso, sua vida é busca permanente de realização. Frequentemente ele pede a Deus. Por que não é atendido? Porque muitas vezes imagina a sua própria realização dentro dos esquemas de uma sociedade idolátrica, que adora os deuses da riqueza e do poder. Ao invés de realizar-se, a pessoa encontra-se presa da cobiça e da inveja, que produzem todo tipo de conflitos e competições e levam até mesmo à morte. Este é o mundo que se absolutiza e se coloca no lugar de Deus (cf. Mt 6,24). Para chegar à sua própria realização, o homem precisa descobrir-se como criatura e reconhecer que Deus é o único Senhor absoluto, e só a ele se deve adorar e servir. Aí nasce o processo de conversão, pela qual o homem rompe com o espírito do mundo, abandonando o orgulho e a ambição, para tornar-se pequeno e submisso a Deus. É Deus, o único que pode conceder a realização, responde ao anseio do homem, manifestando-lhe a vida e a ação do seu Filho como o sentido e a meta da vida humana. As palavras, especialmente quando usadas com ares de quem quer erigir-se mestre sem razões para sê-lo, ou para acusar injustamente os irmãos, estraçalham a união entre os homens e dentro da Igreja. Deve haver liberdade de palavra na Igreja, mas não para ferir a caridade. Pode acontecer que a prontidão para falar, ensinar, contestar; supere de muito a de escutar; receber e praticar a palavra de Deus. O silêncio, a meditação e a atuação da palavra são hoje mais necessários do que nunca, mesmo para libertar-nos da alienação das palavras e das mensagens em demasia, estas frequentemente corrosivas e dispersivas, que investem contra nós de todo lado. (deusunico.com)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,30-37
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará. Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.

Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O testemunho de vida de Jesus, baseado na humildade e no espírito de serviço, não foi suficiente para conscientizar os discípulos a respeito do modo de proceder que lhes estava sendo proposto. Nem mesmo a alusão à sua morte violenta e à sua ressurreição bastou para abrir-lhes os olhos. Entre eles, permanecia um espírito mesquinho de competição. Sua preocupação era saber qual deles seria o maior. Jesus enunciou, com clareza, uma norma de conduta válida para regular as relações entre eles: quem quisesse ser considerado o primeiro e mais importante de todos, deveria ser capaz de se colocar no último lugar e assumir a condição de servo dos demais. O colocar-se em último lugar deveria resultar de um ato livre, sem nenhum complexo de inferioridade. O fazer-se servidor seria consequência da superação do próprio egoísmo, não uma atitude resignada de quem não sabe fazer valer seus direitos. Quebra-se, assim, o ciclo da ambição e fica banida do seio da comunidade a tentação da tirania. O Reino, portanto, tem uma escala de valores que não corresponde àquela do mundo. A orientação de Jesus exigiu dos discípulos uma reformulação de seus esquemas mentais. Não dava para aplicar ao Reino a visão mundana com que estavam contaminados. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Em casa, após longa caminhada, Jesus pergunta aos discípulos o motivo da discussão que ouvira entre eles. Barbas de molho, eles se calam, pois sabiam da sua infantilidade ao discutirem sobre a própria importância. Parece que as pessoas continuam as mesmas, preocupadas com a própria imagem, ansiosas por conseguirem atenção, glória e aplausos. Mesmo no espaço das comunidades religiosas, fala-se na importância de projetar uma imagem positiva, uma espécie de “merchandising” espiritual para atrair novos fiéis. É óbvio que o Evangelho se situa no polo oposto, aquele obscuro extremo ocupado por Francisco de Assis e sua pobreza, Teresa de Lisieux e seu apagamento, Oscar Romero e seu sangue derramado. Andrajos, silêncio e martírio: eis a imagem que cabe aos santos... Este é o seu “curriculum vitae”... A criança que Jesus abraça neste Evangelho é símbolo da pequenez que devemos buscar. A procura de grandezas abre as portas à ruína espiritual. Nas palavras de Isaac, o Sírio [Séc. IX], “o humilde sempre recebe a compaixão de Deus”. E mais: “Desce mais baixo que tu mesmo e verás a glória de Deus em ti, pois ali onde germina a humildade, ali mesmo se espalha a glória de Deus. Se tens a humildade em teu coração, Deus te revelará sua glória. Despreza-te em tua grandeza e não te engrandeças em tua pequenez. Não busques ser honrado, pois estás cheio de feridas. Repele a honra e serás honrado. A honra foge daquele que corre atrás dela. Mas a honra persegue quem a afugenta, e prega a todos os homens a sua humildade”. Quanto esforço, quanto desgaste em nossas vidas quando pagamos tributo à aparência e à imagem! Desde a dona de casa que impele o marido a comprar novas cortinas, já que a vizinha também comprou, até o adolescente que pede aos pais um tênis da moda, dez vezes mais caro que um calçado “normal”. As empresas da área de cosméticos veem seu faturamento subir às nuvens, pois a propaganda convence os usuários do imperativo de sua aparência, mesmo que o melhor creme - e o mais caro! - seja aquele produzido a partir da placenta humana, em abortos programados. Quem era o maior? Qual a paróquia mais procurada? Qual o templo mais monumental? Qual o CD mais vendido? Qual o pregador mais aplaudido? Certamente não deve ser Jesus Cristo, que assumiu a forma de escravo... humilhou-se até a morte – e morte de cruz (cf. Fl 2,7-8). Com certeza, Jesus nunca foi o maior... (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus): AGUARDE

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FAÇA SEU PEDIDO DE ORAÇÃO


SANTO DO DIA:
Santo André Kim Taegon - Mártir - 20 de setembro

INTENÇÕES PARA O MÊS DE SETEMBRO:

Universal: Oportunidades para os jovens - Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.

Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé - Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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