25ª Domingo do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona:
Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer
provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração do Dia: Ó Pai, que
resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o
vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro da Sabedoria 2,12.17-20
Os ímpios dizem:
“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao
nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as
faltas contra a nossa disciplina. Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e
comprovemos o que vai acontecer com ele. Se, de fato, o justo é ‘filho de
Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. Vamos pô-lo à
prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua
paciência; vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas
palavras, virá alguém em seu socorro”. -
Palavra do Senhor.
Comentário: Os ímpios de que fala a
perícope são israelitas de Alexandria, que assimilaram uma mentalidade
materialista e hedonista que os levou à apostasia. Assim se explica o escárnio
contra o justo, cuja vida é para os ímpios uma censura insuportável. A mais
impressionante realização destas páginas verifica-se em Cristo. Basta
confrontá-las com os evangelhos, por exemplo, os v.v. 13.16 com Jo 5,18; o v.
18 com Mt 27,40-43; o v. 13a com Jo 15,15; Mt 11,27; etc. Também na Igreja esta
página tem sua atualidade. As perseguições mais ou menos cruentas e as
oposições sistemáticas que ela sempre encontra (mesmo em ambientes cristãos)
tem sua verdadeira explicação no fato de ela constituir uma reprovação para
seus opositores, a quem resta apenas o recurso à violência, às afrontas. Pode-a
mesma motivação no espírito sectário com que se combatem e criticam homens,
gestos e instituições da Igreja, sob o enganoso pretexto secularização. Cristo
incluiu nas bem-aventuranças dos seus seguidores também estas:
"Bem-aventurados sereis quando vos ultrajarem e com mentiras disserem de
vós todo o mal por minha causa" (Mt 5,11). A Eucaristia, memorial da
condenação de Cristo, tem na Igreja um lugar central, também porque a paixão se
renova continuamente, sob mil formas, na carne viva do corpo místico. (Missal
Cotidiano)
Salmo:
53,3-4.5.6.8
(R. 6b) É o Senhor quem sustenta minha vida!
Por vosso nome, salvai-me, Senhor; e
dai-me a vossa justiça! Ó meu Deus, atendei minha prece e escutai as palavras
que eu digo!
Pois contra mim orgulhosos se insurgem,
e violentos perseguem-me a vida; não há lugar para Deus aos seus olhos. Quem me
protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida!
Quero ofertar-vos o meu sacrifício, de
coração e com muita alegria; quero louvar, ó Senhor, vosso nome, quero cantar
vosso nome que é bom!
Segunda
Leitura: Carta de São Tiago 3,16-4,3
Caríssimos: Onde há inveja e rivalidade, aí estão as
desordens e toda espécie de obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do
alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de
misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento.
O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que
promovem a paz. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não
vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?
Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja,
mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E
a razão está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal.
Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. - Palavra do Senhor.
Comentário: O homem é ser inacabado e,
por isso, sua vida é busca permanente de realização. Frequentemente ele pede a
Deus. Por que não é atendido? Porque muitas vezes imagina a sua própria
realização dentro dos esquemas de uma sociedade idolátrica, que adora os deuses
da riqueza e do poder. Ao invés de realizar-se, a pessoa encontra-se presa da
cobiça e da inveja, que produzem todo tipo de conflitos e competições e levam
até mesmo à morte. Este é o mundo que se absolutiza e se coloca no lugar de
Deus (cf. Mt 6,24). Para chegar à sua própria realização, o homem precisa
descobrir-se como criatura e reconhecer que Deus é o único Senhor absoluto, e
só a ele se deve adorar e servir. Aí nasce o processo de conversão, pela qual o
homem rompe com o espírito do mundo, abandonando o orgulho e a ambição, para
tornar-se pequeno e submisso a Deus. É Deus, o único que pode conceder a
realização, responde ao anseio do homem, manifestando-lhe a vida e a ação do
seu Filho como o sentido e a meta da vida humana. As palavras, especialmente
quando usadas com ares de quem quer erigir-se mestre sem razões para sê-lo, ou
para acusar injustamente os irmãos, estraçalham a união entre os homens e
dentro da Igreja. Deve haver liberdade de palavra na Igreja, mas não para ferir
a caridade. Pode acontecer que a prontidão para falar, ensinar, contestar;
supere de muito a de escutar; receber e praticar a palavra de Deus. O silêncio,
a meditação e a atuação da palavra são hoje mais necessários do que nunca,
mesmo para libertar-nos da alienação das palavras e das mensagens em demasia,
estas frequentemente corrosivas e dispersivas, que investem contra nós de todo
lado. (deusunico.com)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,30-37
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a
Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a
seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos
homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará. Os
discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar.
Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis
pelo caminho?” Eles, porém, ficaram
calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
Jesus sentou-se, chamou os doze e
lhes disse: “Se
alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a
todos!” Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e,
abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que
estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que
me enviou”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
testemunho de vida de Jesus, baseado na humildade e no espírito de serviço, não
foi suficiente para conscientizar os discípulos a respeito do modo de proceder
que lhes estava sendo proposto. Nem mesmo a alusão à sua morte violenta e à sua
ressurreição bastou para abrir-lhes os olhos. Entre eles, permanecia um
espírito mesquinho de competição. Sua preocupação era saber qual deles seria o
maior. Jesus enunciou, com clareza, uma norma de conduta válida para regular as
relações entre eles: quem quisesse ser considerado o primeiro e mais importante
de todos, deveria ser capaz de se colocar no último lugar e assumir a condição
de servo dos demais. O colocar-se em último lugar deveria resultar de um ato
livre, sem nenhum complexo de inferioridade. O fazer-se servidor seria consequência
da superação do próprio egoísmo, não uma atitude resignada de quem não sabe
fazer valer seus direitos. Quebra-se, assim, o ciclo da ambição e fica banida
do seio da comunidade a tentação da tirania. O Reino, portanto, tem uma escala
de valores que não corresponde àquela do mundo. A orientação de Jesus exigiu
dos discípulos uma reformulação de seus esquemas mentais. Não dava para aplicar
ao Reino a visão mundana com que estavam contaminados. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Em
casa, após longa caminhada, Jesus pergunta aos discípulos o motivo da discussão
que ouvira entre eles. Barbas de molho, eles se calam, pois sabiam da sua
infantilidade ao discutirem sobre a própria importância. Parece que as pessoas
continuam as mesmas, preocupadas com a própria imagem, ansiosas por conseguirem
atenção, glória e aplausos. Mesmo no espaço das comunidades religiosas, fala-se
na importância de projetar uma imagem positiva, uma espécie de “merchandising”
espiritual para atrair novos fiéis. É óbvio que o Evangelho se situa no polo
oposto, aquele obscuro extremo ocupado por Francisco de Assis e sua pobreza,
Teresa de Lisieux e seu apagamento, Oscar Romero e seu sangue derramado.
Andrajos, silêncio e martírio: eis a imagem que cabe aos santos... Este é o seu
“curriculum vitae”... A criança que Jesus abraça neste Evangelho é símbolo da
pequenez que devemos buscar. A procura de grandezas abre as portas à ruína
espiritual. Nas palavras de Isaac, o Sírio [Séc. IX], “o humilde sempre recebe
a compaixão de Deus”. E mais: “Desce mais baixo que tu mesmo e verás a glória
de Deus em ti, pois ali onde germina a humildade, ali mesmo se espalha a glória
de Deus. Se tens a humildade em teu coração, Deus te revelará sua glória.
Despreza-te em tua grandeza e não te engrandeças em tua pequenez. Não busques
ser honrado, pois estás cheio de feridas. Repele a honra e serás honrado. A
honra foge daquele que corre atrás dela. Mas a honra persegue quem a afugenta,
e prega a todos os homens a sua humildade”. Quanto esforço, quanto desgaste em
nossas vidas quando pagamos tributo à aparência e à imagem! Desde a dona de
casa que impele o marido a comprar novas cortinas, já que a vizinha também
comprou, até o adolescente que pede aos pais um tênis da moda, dez vezes mais
caro que um calçado “normal”. As empresas da área de cosméticos veem seu
faturamento subir às nuvens, pois a propaganda convence os usuários do
imperativo de sua aparência, mesmo que o melhor creme - e o mais caro! - seja
aquele produzido a partir da placenta humana, em abortos programados. Quem era
o maior? Qual a paróquia mais procurada? Qual o templo mais monumental? Qual o
CD mais vendido? Qual o pregador mais aplaudido? Certamente não deve ser Jesus
Cristo, que assumiu a forma de escravo... humilhou-se até a morte – e morte de
cruz (cf. Fl 2,7-8). Com certeza, Jesus nunca foi o maior... (Antônio Carlos Santini
/ Com. Católica Nova Aliança)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus): AGUARDE
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1.
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FAÇA
SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
SANTO DO DIA:
Santo André Kim Taegon - Mártir - 20 de
setembro
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE SETEMBRO:
Universal: Oportunidades para os jovens - Para que abundem as oportunidades de formação e
de trabalho para os jovens.
Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé - Para que a vida dos catequistas seja um
testemunho coerente da fé que anunciam.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma.
Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das
Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
Católica
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