Primeira Leitura: Jr 31,7-9 - Salmo: 125(124),1-2ab.2cd-3.4-5.6
(R3) - Segunda Leitura: Hb 5,1-6 - Evangelho: Mc 10,46-52
O caminho da fé
A descrição profética da volta jubilosa dos exilados à
pátria (1ª leitura) é lida pela liturgia numa linha evangélica. É Jesus Cristo
que chama a todos, também os fracos, os coxos, os cegos, para a grande volta e
os enche de consolação e alegria. Assim, na 1ª leitura torna-se fácil ler, nas
entrelinhas, as características da conversão à qual nós também somos
continuamente chamados. Trata-se de refazer, de volta, o caminho percorrido ao
nos afastarmos de Deus. É a libertação de uma escravidão humilhante, a
redescoberta de uma alegria antes esquecida: a de nos sentirmos de novo
cercados pelos braços amorosos do Pai, que nos acolhe outra vez em seu amor.
Se a 1ª leitura põe em evidência um aspecto do itinerário da
conversão, o da iniciativa gratuita e proveniente de Deus, o evangelho acentua
a participação e a resposta ativa do homem, propondo a cura do cego no quadro
de um ritual catecumenal, cujas etapas sucessivas descreve.
A iniciação à fé
Esta começa por uma manifestação de Jesus na vida do homem:
é necessário que Cristo passe pelo caminho dessa vida (cf Mt 20,30). Mas esta
manifestação é misteriosa: o cego, que representa o homem no caminho da fé, não
vê Jesus; tem a intuição da presença do Senhor nos acontecimentos (v. 47a), mas
já exprime sua fé entregando-se à iniciativa salvífica de Deus (v. 48a) e é
necessária toda a coragem para manter o propósito de abertura ao homem-Deus (v.
48b). O candidato à fé se sente assim objeto da atenção de alguns que lhe
revelam o chamado de Deus, o encorajam e o convidam a converter-se
("levantar-se" ou ressuscitar, e "lançar fora o manto ou
despojar-se do homem velho: vv. 49 e 50). Então se trava o diálogo final:
"Que queres? (v. 51). É o
compromisso definitivo, apresentado sob forma de pergunta e resposta, para pôr
bem em realce a liberdade total das duas partes que contraem a aliança.
Enfim, a vista é restituída ao cego como uma visão da fé
(vv. 51-52), que o engaja imediatamente no "seguimento" de Cristo
"pela estrada".
O caminho da fé nunca é fácil
A questão sempre foi deixar atrás de si, ir ao encontro do
desconhecido (Abraão), renunciar à lógica da carne e das seguranças humanas
para confiar-se totalmente ao Deus das promessas. Isto se torna mais difícil em
nossos dias. Se, no passado, a fé podia constituir uma explicação ou uma
interpretação do universo, um lugar de segurança diante dos absurdos da
história e do mistério do mundo, hoje não é mais assim. Os movimentos de ideias,
o processo tecnológico, a expansão do consumo, os movimentos migratórios e
turísticos, a urbanização crescente e caótica com as consequentes dificuldades
de integração comunitária, a agressão da publicidade, a instabilidade política,
econômica e social, com todos os problemas dai derivados, concorrem para aguçar
a dilaceração interior, ainda mais sensível nos homens de cultura. Neste
quadro, a carência de uma fé consciente e robusta favorece a dissolução da
religiosidade, até a ruptura total com a prática religiosa".
Não há mais lugar para uma fé anônima
Num mundo como o nosso, não há mais lugar para uma fé
anônima, formalista, hereditária. É necessária uma fé fundada no aprofundamento
da palavra de Deus, na opção e nas convicções pessoais. Uma fé conscientemente
abraçada e não passivamente recebida em herança.
Tudo isto comporta um novo modo de enfrentar o problema da
iniciação cristã, um novo modo de considerar a evangelização e a sacramentalização.
Abre-se um imenso campo de ação à pastoral em geral e à catequética
particularmente. O cristão deverá percorrer (ou repercorrer, se se trata de
adulto) não tanto um caminho feito de etapas e gestos sacramentais, mas um
itinerário de fé, um catecumenato renovado, sem o qual não têm sentido nem
eficácia os gestos sacramentais feitos em prazos fixos.
Fonte: Missal Dominical
(Paulus)
Foto retirada da internet
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