Nascido em Ovada, na Alexandria, região norte da Itália, no
dia 3 de
janeiro de 1694, era o primeiro dos dezesseis filhos de um casal de
nobres e fervorosos cristãos. Apesar do nome e da posição social, a família não
possuía fortuna. Seu pai era um dedicado comerciante que viajava muito. Desde a
infância Paulo acostumou-se a acompanhar o pai, primeiro como seu companheiro,
depois, também, para ajudá-lo nos negócios.
Também desde pequeno se entregava a exercícios de oração e
penitência e à leitura da vida dos santos, encantando-se, especialmente, com a
dos eremitas. Gostava de ir à igreja para rezar o terço. Essa rotina floresceu
e fez crescer sua vocação.
Quando ouviu o sermão que o tocou, já pertencia à Irmandade
de Santo Antônio. Primeiro pensou em alistar-se como voluntário na cruzada
contra os turcos, organizada pelo exército veneziano. Depois, rezando perante a
santa eucaristia, ouviu o chamado de Deus para a vida religiosa. Iniciou,
então, suas intensas orações contemplativas e penitências.
Junto com seu irmão João Batista, foram viver como eremitas
no monte Agentário. Durante a semana, privavam-se de tudo, oravam e
penitenciavam-se. Aos domingos, dirigiam-se às cidades, onde pregavam e
enalteciam a Paixão do Senhor. Assim, amadurecia em seu coração o projeto de
uma comunidade religiosa. Até que, segundo ele, uma aparição da Virgem Maria
permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro
Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro.
Motivado pelos sermões que atraíram tantos seguidores e
apoiado pelo bispo de Alexandria, fundou, em 1720, a Congregação dos Clérigos
Descalços da Santa Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou dos Padres
Passionistas, ordenando-se com o nome de Paulo da Cruz. As Regras da
Congregação eram tão severas que seu fundador teve de abrandá-las para serem
aprovadas definitivamente pelo papa Bento XIV, em 1741. Os integrantes receberam
as ordens sacerdotais do bispo e, com as doações do povo, foi construído o
primeiro convento da Congregação, em Agentário.
Idoso e doente, quando foi desenganado pelos médicos Paulo
da Cruz mandou pedir a bênção do papa Pio VI. Este, porém, além de responder-lhe
que era muito cedo para partir, ordenou que fosse ao Vaticano em três dias.
Motivado pelo pontífice, cumpriu a ordem, chegando na data solicitada.
Permaneceu em Roma por três anos até morrer, no dia 18 de outubro de 1775, aos
oitenta e um anos de idade.
Foi canonizado pelo papa Pio IX em 1867. As relíquias de São
Paulo da Cruz são veneradas na Basílica de São João e São Paulo e a festa
litúrgica ocorre no dia de sua morte. Hoje, a Ordem dos Padres Passionistas
está em missão nos cinco continentes. No Brasil, eles chegaram em 1911 e têm a
sede instalada em São Paulo.
"É preciso manter o
coração sempre tranquilo porque o demônio pesca em água turva”. (São Paulo da Cruz)
Fonte: cccista.com.br/
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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