Primeira Leitura: Mq 5,1-4a - Salmo: 79
2ac.3b.15-16.18-19 - Segunda Leitura: Hb 10,5-10 - Evangelho: Lc 1,39-45
Jesus, Filho de Maria
Ao tornar-se "filho de Maria", o filho do
Altíssimo quer fazer-se preceder e anunciar pelos pobres e humildes: quer
cercar-se de simplicidade e verdade.
Belém é a menor entre as cidades de Judá, que terá a honra
de dar o Messias prometido pelos profetas, aquele que estenderá seu reino de
paz até "os extremos confins da terra" (I leitura).
Humildes e pastoris são também as origens de Davi. O futuro
Messias é apresentado mais como o descendente do Davi pastor de Belém, do que
do Davi glorioso da cidade real. Humildes e pobres
são os primeiros portadores da esperança e da salvação. Assim é Maria para com
Isabel. Com a mesma humildade e pobreza, Isabel, iluminada pelo Espírito Santo,
reconhece em Maria a mãe do Salvador, e proclama o mistério que nela se
realizou.
Maria, habitação viva de Deus entre nós
E Maria, prorrompendo no canto do Magnificat, pelas grandes
coisas nela operadas e pela graça concedida a sua parenta, diz: O Senhor
"olhou a humildade de sua serva".
A salvação prometida a Israel começou já com a encarnação do
Messias (versículos 47,54). Tudo isto com uma admirável atenção e respeito
àqueles que dela são protagonistas. Sinal desse início é a distribuição dos
bens messiânicos, espirituais, feita também aos pobres, aos humildes, aos que
se reconhecem necessitados de salvação (versículos. 51-53) (Evangelho). Neste
momento, Maria é a habitação viva de Deus no meio dos homens, é a portadora da
presença divina que salva.
O autor da epístola aos Hebreus afirma que foi em virtude da
sua "pobreza" e da sua obediência que Jesus Cristo mereceu para nós o
perdão dos pecados e nos salvou (II leitura). Para o encontro dos homens com
Deus, para sua unidade e paz, era preciso, no desígnio de Deus, um homem que
fosse "plena e totalmente homem com exceção do pecado"; por isso,
Jesus quis ser o filho de Maria.
Jesus, homem perfeito
O Concilio de Calcedônia (451) proclamou a unidade de Cristo
nas duas naturezas, acentuando nitidamente a verdadeira humanidade de Jesus.
Essa definição será defendida pela Igreja, no decorrer dos séculos, contra
aqueles que, à força de realçar a divindade, atribuíam a Cristo só as
"aparências" humanas. Contra todas as tendências que minimizavam a
humanidade do Salvador, a Igreja multiplicou as afirmações que põem em relevo
até que ponto Jesus é homem.
Não podemos confundir o mistério da encarnação com uma
simples aparição de Deus, uma teofania passageira como as que nos são
apresentadas no Antigo Testamento, em que Deus, para falar ao homem, assume uma
forma humana.
"O Verbo de Deus, por quem todas as coisas foram feitas
e que se encarnou e habitou na terra dos homens, entrou como homem perfeito na
história do mundo, assumindo-a em si mesmo e em si recapitulando todas as
coisas".
Pode parecer estranho, mas ainda hoje muitos cristãos não
compreenderam suficientemente que "o filho de Maria" é verdadeiramente
homem, homem que nasce em Belém, que será criancinha, terá fome e sede, será
sujeito a fadiga, terá compaixão, sentirá alegria. Inconscientemente, essas
pessoas opõem demasiadamente divindade e humanidade em Cristo, como se se
tratasse de duas realidades antagônicas, como se devêssemos crer que é homem
apesar de sua divindade, enquanto precisamente por causa de sua divindade é
mais plenamente homem, e ninguém jamais foi homem como ele.
Jesus, um de nós
"Jesus tem fome e sede (Mt 4,2; 21,18; Jo 4,7; 19,28),
é sujeito ao cansaço (Jo 4,6), faz amizades, chora Lázaro (Jo 11,35), tem
compaixão das multidões (Mt 10,36), ou se enche de alegria diante das
manifestações de amor do Pai (Lc 10,21). Aproxima-se dos homens com uma
simplicidade e uma autoridade impressionantes: os pecadores, os doentes, os que
sofrem, nele encontram a compreensão que buscam e ao mesmo tempo o apelo
enérgico que os converte. Entrega-se, cada dia, à missão que lhe foi confiada
pelo Pai, desde a tentação no deserto até a suprema entrega no horto das
Oliveiras, onde contemplamos a profundidade humana de seu sofrimento e de sua
adesão ao Pai e à sua vontade" (J. Suenens).
Cristo, filho de Maria e filho de Deus, entrou em nossa
história, no destino humano tão cheio de lutas, provações, esperanças, e aí
permanece; ele é"Deus conosco".
Fonte: Missal Dominical
(Paulus)
Foto retirada da internet
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