NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade
Prefácio do Natal - Ofício solene próprio - Glória e
Creio
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Isaias
9,6 Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus
ombros. Ele será chamado “Mensageiro do Conselho de Deus”.
Oração do Dia: Ó
Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente
restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade de vosso
Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro do Profeta Isaías 52,7-10
Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem
anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião:
“Reina teu Deus!” Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão
exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a
Sião.
Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém,
o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. O Senhor desnudou seu santo
braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a
salvação que vem do nosso Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo:
97(98),1.2-3ab.3cd-4.5-6
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a
vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação, e às
nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e
exultai!
Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa
e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso
Rei!
Segunda
Leitura: Hb 1,1-6 Deus falou-nos por meio de seu Filho
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos
pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio
do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também
ele criou o universo. Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu
ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a
purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas
alturas. Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou
supera o nome deles.
De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o
meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será
para mim um Filho?” Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz:
“Todos os anjos devem adorá-lo!” - Palavra do Senhor.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18
No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com
Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito
por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a
vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não
conseguiram dominá-la. Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele
veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé
por meio dele. Ele não era a luz, mais veio para dar testemunho da luz: daquele
que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por
meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus
não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se
tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não
nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus
mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua
glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de
verdade.
Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele
de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele
existia antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça.
Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram
através de Jesus Cristo.
A Deus ninguém jamais viu. Mas o
Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Pelo
mistério da Encarnação, estabeleceu-se uma comunhão indissolúvel entre a
divindade e a humanidade. Jesus foi o ponto de encontro deste movimento que
ligou a Terra ao Céu, o homem a Deus, a história à eternidade. Vindo de junto
do Pai, Jesus é a Palavra de Deus que se tornou visível na história humana. Sua
existência iria manifestar os desígnios divinos, tanto no seu falar quanto no
seu agir. A vida que haveria de transmitir, mediante gestos poderosos, provinha
da abundância da vida herdada do Pai. Sua presença se constituiria em luz para
orientar a humanidade dacaída, ansiosa de salvação. Por meio dele, seria
possível chegar até Deus e experimentar a comunhão divina. Todavia, este Jesus
era plenamente humano, excluindo-se apenas a experiência do pecado. Não lhe
foram concedidas regalias, pelo fato de ser o Filho de Deus. Por isso,
experimentou a rejeição exatamente daqueles para os quais fora enviado. Sua
não-acolhida revelar-se-ia em forma de perseguição, hostilidades e abandono,
para culminar na morte de cruz. Na medida em que descia aos porões da
humanidade, Jesus ia comunicando ao ser humano, ferido pelo pecado, o lenitivo
da salvação. Desta forma, as pessoas reconciliavam-se com Deus e recuperavam
sua dignidade original. Nisto consiste o mistério do Natal! (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
A
antiga profecia falava de uma Virgem que daria à luz um menino, como sinal de
que Deus estava presente e acompanhava os caminhos do povo da Aliança. E o nome
do menino seria Emanuel, isto é, Deus conosco. É comum traduzir este nome
profético (pois aponta a descida do Verbo ao nosso mundo) apenas em sentido
social: Deus entre nós, no meio do povo. Mas é muito mais amplo e profundo o
sentido do nome Emanuel: Deus-conosco quer dizer Deus-em-nós, na carne dos
humanos. Com certeza, desde a Anunciação – quando Maria ouviu do Anjo Gabriel:
“O Senhor está contigo” -, tão logo disse seu sim, Maria teve consciência de
que Deus estava em seu íntimo de forma palpável. Estava cumprida a promessa do
Emanuel... Diferente da outra forma de “presença” do Antigo Testamento, quando
Deus se “mostrava” na sarça ardente, na nuvem luminosa, nos trovões do Sinai,
agora se trata de uma presença corporal, pois o Filho de Deus se encarnou e
nasceu de Mulher. Não podemos imaginar o cenário de Belém, quando dormia sobre
a palha da manjedoura um Menino que era Deus, mas tinha um corpo de homem. Não
sabemos recuperar aquele olhar de Maria sobre o recém-nascido, pura
contemplação do Deus encarnado. No máximo, nos aproximamos disso, quando
fitamos Jesus eucarístico presente na Hóstia consagrada. De qualquer modo, o
verbo grego que traduzimos por “habitou entre nós” - eskénosen - esconde em seu
interior a palavra “tenda” – skéne. E eu gosto de pensar que Deus se agradou de
nós a tal ponto, que veio acampar conosco, fincando definitivamente em nosso
solo humano a sua barraca, a sua tenda (Antônio Carlos Santini / Com. Católica
Nova Aliança)
SANTO DO DIA:
SOLENIDADE
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo - 25
de Dezembro
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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