domingo, 24 de janeiro de 2016

Liturgia Diária 30/01/2016 Sábado 3ª Semana Comum

Primeira Leitura: Segundo Livro de Samuel 12,1-7a.10-17
Naqueles dias, o Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe disse: “Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre. O rico possuía ovelhas e bois em grande número. O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha comprado e criado. Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha. Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara. Mas foi, apoderou-se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante”. Davi ficou indignado contra esse homem e disse a Natã: “Pela vida do Senhor, o homem que fez isso merece a morte! Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e não ter tido compaixão”. 

Natã disse a Davi: “Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa. Assim diz o Senhor: Da tua própria casa farei surgir o mal contra ti e tomarei as tuas mulheres, sob os teus olhos, e as darei a um outro, e ele se aproximará das tuas mulheres à luz deste sol. Tu fizeste tudo às escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do sol”. Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor”. Natã respondeu-lhe: “De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá”. E Natã voltou para a sua casa.

O Senhor feriu o filho que a mulher de Urias tinha dado a Davi e ele adoeceu gravemente. Davi implorou a Deus pelo menino e fez um grande jejum. E, voltando para casa, passou a noite deitado no chão. Os anciãos do palácio insistiam com ele para que se levantasse do chão; mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento algum. - Palavra do Senhor.

Comentário: O arrependimento de Davi mostra, sob uma luz exemplar, o caminho de volta para Deus: o anúncio da palavra profética, que denuncia e contesta nossa má conduta; a conversão do coração e a reparação eficaz; o perdão de Deus, único que pode livrar-nos do mal, recriando o coração com seu Espírito. Pecado e arrependimento são vistos através do prisma de relacionamentos pessoais e não de tabus infringidos ou de leis violadas; o verdadeiro sacrifício agradável a Deus é o coçação contrito e o louvor reconhecido. Podemos questionar-nos e ver se para nós o sacramento da penitência representa busca de certa segurança humana (estar dentro da regra), ou o momento culminante do caminho de retorno; se cremos mais em nossos “atos” do que no dom superabundante do Pai; se cremos no poder salvador da Eucaristia cotidiana e no esforço que esta supõe de perdoar para sermos perdoados. (Missal Cotidiano)

Salmo: 50, 12-13. 14-15. 16-17 (R. 12a) Criai em mim um coração que seja puro!
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

Da morte como pena, libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,35-41
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”. Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele.

Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria.

Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” - Palavra da Salvação.

Comentários:

Existem muitas coisas na nossa existência que nos deixam com medo, desde coisas simples, como o medo de insetos inofensivos, até coisas verdadeiramente terríveis, que podem em questão de segundos aniquilar a nossa vida, como é o caso de terremotos ou guerras nucleares. Além disso, temos os nossos fantasmas que criamos e que nos metem medo, como por exemplo o medo de escuro ou de almas do outro mundo. Mas existem pessoas que possuem também um medo muito grande do próprio Deus, e isso acontece porque não foram capazes de descobri-lo como amor e de buscarem um relacionamento amoroso com ele, fazendo do próprio Deus um fantasma a mais nas suas próprias vidas. (CNBB)

Pouco a pouco, os discípulos foram firmando sua fé em Jesus. Nele depositavam plena confiança. Seu Mestre era veraz no que falava e fazia; não era um impostor. Seu modo de falar do Reino de Deus revelava sua superioridade em relação a todos os demais mestres, pois pregava com autoridade. Seu jeito de falar de Deus revelava que ele estava tão próximo de Deus, como jamais alguém estivera. Os discípulos consideravam-no o Messias esperado. Entretanto, os momentos de provação e dificuldade é que testam a solidez da fé. Nem sempre os discípulos foram capazes de superar as perseguições, sem negar sua fé no Senhor. Quando sobrevinham tempestades, fraquejavam. Então era preciso ter cautela para evitar precipitações. A presença de Jesus junto aos seus discípulos em dificuldade estava sempre garantida. Mesmo quando parecia não ter mais jeito, a não ser morrer, lá estava ele, numa forma de presença discreta, mas atenta e ativa, para socorrer a comunidade em apuros, e salvá-la. A salvação dependia disto: reconhecer a presença do Senhor e recorrer à sua ajuda. De fato, ele estava mais próximo do que os discípulos podiam imaginar. Donde a necessidade premente da fé. O Senhor protege a comunidade das investidas do mal. Os discípulos, por estarem em suas mãos, não têm por que temer seus adversários. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Só a titulo de esclarecimento: o “Mar da Galiléia” também é conhecido como “Mar de Tiberíades” ou “Logo de Genesaré”, tem 19 km de comprimento e 13 km de largura. Marcos apresenta Jesus como Senhor de tudo e de todos. “Passemos para o outro lado” (v.35). No outro lado do lago de Genesaré ficava a Decápole, um local considerado impuro pelos judeus por ser habitado por pagãos, acreditava-se que era território sob o domínio do demônio. O mar enfurecido representava para os discípulos a investida das forças do mal, diante da presença ameaçadora do poder de Deus. Agora, estando na companhia de Jesus porque os discípulos ficam apavorados e se irritam com a tranquilidade de Jesus? Pedro e alguns outros eram pescadores, com certeza estavam acostumados a esse tipo de tempo já que era comum tempestades no lago de Genesaré. Ou não estariam? Será que antes de conhecer Jesus eles nunca tinham se aventurado a águas tão profundas? Será que Pedro e seus companheiros nunca tinham ultrapassado os 3 km iniciais que era sua zona de segurança? Acredito que temos aqui o primeiro desafio feito por Jesus a todos aqueles que desejam servir ao Reino de Deus, a necessidade de se aventurar no desconhecido tendo a certeza que o poder Daquele que acalma o mar, que subjuga os demônios, irá ser nosso porto seguro não importando onde estejamos. “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?” (v.40). Se prestarmos atenção, podemos observar que antes da pergunta vem uma exclamação, ou seja, Jesus fica surpreso, o espanto não vem da atitude dos discípulos, mas de notar até que ponto a alienação e o medo escravizam o ser humano. Para sermos seguidores fieis temos que nos libertar das amaras do pecado e do preconceito. “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (v.41) Não devemos nos perguntar como Jesus operou o milagre, mas permitir que sejamos o canal para o milagre acontecer. - (Ricardo e Marta)
  
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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