A Quaresma é
tempo de conversão, a Igreja nos convida a intensificar a oração e a penitencia
como forma de estreitarmos nossa relação com Cristo. Agora com o inicio da
Semana Santa surge um novo convite, dessa vez para que com São Basílio Magno reflitamos a dimensão do amor de Deus por sua
criatura.
ORAÇÃO: Deus eterno e
todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da Paixão do Senhor, que
possamos alcançar vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Há uma só morte que resgata o mundo e
uma só ressurreição dos mortos
O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem consiste em
levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade ocasionado por
sua desobediência, à intimidade divina.
A vinda de Cristo na carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo
Evangelho, a paixão, a cruz, o sepultamento e a ressurreição não tiveram outro
fim senão salvar o homem, para que, imitando a Cristo, ele recuperasse a
primitiva adoção filial. Portanto, para atingir a perfeição, é necessário imitar a Cristo,
não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que ele nos deu durante
a sua vida, mas também imitá-lo durante a sua morte, como diz São Paulo, o
imitador de Cristo: Tornando semelhante a ele na sua morte, para ver se alcanço
a ressurreição dentre os mortos. - Filipenses 3,10
Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em sua morte? Sepultando-nos
com ele por meio do batismo. Em que consiste este sepultamento e qual é o fruto
dessa imitação? Em primeiro lugar, é preciso romper com a vida passada. Mas
ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a palavra do
Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o começo de uma
vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso pôr fim à antiga.
Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira parte da
corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes de
iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida
interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.
E como imitar a Cristo na sua descida à mansão dos mortos? Imitando no
batismo o seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam, de certo
modo, sepultados nas águas. O batismo simboliza, pois, a deposição das obras da
carne, segundo as palavras do Apóstolo: Vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão
humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo
perecível. Com Cristo fostes sepultados no batismo. Colossenses -2,11-12
Ora, o batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas contraídas por
causa das tendências carnais, conforme está escrito: Lavai-me e mais branco do que a neve ficarei.
- Salmo 50,9. Por isso, reconhecemos um só batismo de salvação, já que é uma só
a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais o
batismo é figura.
Reflexão: São
Basílio Magno
Colaboração: Pe. Rivaldo Ferreira
Foto
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Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e
Marta Lúcia
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