Primeira Leitura: Livro do Eclesiástico 48,1-15 (Gr. 1-14)

Comentário: As poderosas figurações dos profetas pintadas por Michelangelo na abóbada da Capela Sistina são o símbolo gráfico do ideal de grandeza moral que os animava. Comentário plástico genial de extraordinária profundeza às páginas do Eclesiástico. Mereceriam tranquila reflexão que nos poderia levar, através da arte, a momentos de sólida contemplação cristã. Ante as grandes figuras dos profetas experimentamos um sentido de admiração e temor, de atração e distância. Neles se manifesta o Deus infinito e também tão próximo. A admiração e o temor são também duas formas de prece. Neste caso as palavras são apenas um "fundo musical". A presença de Deus impõe-se através da transparência do homem. Se soubéssemos abrir os olhos, teríamos todos os dias, motivos para contemplar a Deus em nossos irmãos. (Missal Cotidiano)
Salmo: 96,1-2. 3-4. 5-6. 7 (R. 12a)
Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
Vai um fogo caminhando à sua frente e devora ao redor seus inimigos. Seus relâmpagos clareiam toda a terra; toda a terra ao contemplá-los estremece.
As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
'Os que adoram as estátuas se envergonhem e os que põem a sua glória nos seus ídolos; aos pés de Deus vêm se prostrar todos os deuses!'
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 6,7-15
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A eficácia da oração não é determinada pela quantidade de palavras nela presentes, pelo seu volume ou pela sua visibilidade, mas antes de tudo pela capacidade de estabelecer um relacionamento sério, profundo e filial com Deus. Quem fala muito, grita e fica repetindo palavras é pagão, que não é capaz de reconhecer a proximidade de Deus e ter uma intimidade de vida com ele. A oração também deve ter um vínculo muito profundo com o próprio desejo de conversão e de busca de vida nova, de modo que ela não seja discursiva, mas existencial e o falar com Deus signifique estabelecer um compromisso de vida com ele e para ele. (CNBB)
Nas entrelinhas do Pai Nosso, escondem-se dois elementos da vontade do Pai que devem ser postos em prática pelos discípulos do Reino: o saber-se filho e o saber-se irmão e irmã. Filiação e fraternidade são dois eixos fundamentais na vida dos seguidores de Jesus. Saber-se filho significa colocar o Pai celeste como centro da própria vida, sem dar lugar a nenhuma forma de idolatria. A vida do filho é polarizada pela vontade do Pai. Ela é o imperativo de sua ação. Saber-se irmão e irmã significa colocar-se em pé de igualdade com o semelhante. A fraternidade leva o discípulo a recusar toda forma de tirania e opressão, que rebaixa o ser humano, sem reconhecer a dignidade que lhe é própria. Pelo contrário, a fraternidade gera partilha e perdão, fazendo com que todos tenham o alimento necessário para viver, e colocando um basta às divisões, entre irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai do Céu. A ação do maligno visará sempre minar esses pilares da vida do discípulo, levando-o a ser infiel ao Pai, para adotar deuses estranhos, como os bens materiais, o prazer, a fama e tantos outros, e a romper com a fraternidade, recorrendo à vingança, à mentira, ao ódio, e, em certos casos, até à indiferença. O Pai Nosso descortina, para quem o reza, um horizonte diferente, no qual, o Pai e o próximo tornam-se um apelo irrecusável. Sem isto, reduz-se a um punhado de palavras vazias. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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