Prefácio de Nossa Senhora I ou II - Ofício da festa
Cor: Branco - Glória - Ano “C” Lucas
Festa: NOSSA
SENHORA DO CARMO
Antífona: Antífona: Salve, ó santa mãe de Deus, vós destes
à luz o rei, que governa o céu e a terra pelos séculos eternos.
Oração do Dia: Venha, ó Deus, em auxílio a gloriosa intercessão de Nossa
Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é
Cristo, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de
Zacarias 2,14-17
“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para
habitar no meio de ti, diz o Senhor. Muitas nações se aproximarão do Senhor,
naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o
Senhor dos exércitos me enviou a ti.
O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra
santa, e escolherá de novo Jerusalém. Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele
acaba de levantar-se de sua santa habitação”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O livro de Zacarias é o mais
longo dentre os profetas menores. Suas profecias são a respeito da vinda do
Salvador e do estabelecimento de novos moradores na terra. O Senhor vem morar
com a comunidade no Templo. A incorporação dos pagãos não tira de Judá e
Jerusalém seu lugar privilegiado: “porção escolhida”. “Emudeça todo mortal
diante do Senhor...” é como o grito de um arauto impondo silêncio ao chegar o
soberano. (Missal Cotidiano)
Salmo: Lc 1,46-47. 48-49.
50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
Bendita
sejais, ó Virgem Maria; trouxestes no ventre a Palavra eterna!
A minh’alma
engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador.
Pois, ele viu a
pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O
Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!
Seu amor, de
geração em geração, chega a todos os que o respeitam. Demonstrou o poder de seu
braço, dispersou os orgulhosos.
Derrubou os
poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e
despediu, sem nada, os ricos.
Acolheu Israel, seu
servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de
Abraão e de seus filhos, para sempre.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus 12,46-50
Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões,
sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém
disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar
contigo”. Jesus perguntou àquele que tinha falado:
“Quem é minha mãe,
e quem são meus irmãos?”
E, estendendo a mão para os
discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz
a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não
permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama
os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o
Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos
mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família,
participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não
basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso
conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama
verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua
vida. (CNBB)
A
ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com
as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a
constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal
deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos
discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja
característica são os laços fraternos que unem seus membros. Nesta perspectiva,
fica em segundo plano a consanguinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue
não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em
submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com
ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o
agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do
Pai é o imperativo na vida de ambos. Assim, a ligação entre Jesus e os seus
discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles.
Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos
conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou
cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para
que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus
irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com
Jesus, quando falta este pré-requisito. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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