terça-feira, 19 de julho de 2016

Liturgia Diária Comentada 19/07/2016 terça-feira

16ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas

Santo do Dia: SERAFIM DE SAROV

Antífona: Antífona: Salmo 53,6.8 - É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom.


Oração do Dia: Ó Deus, sede generoso para com vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Profecia de Miquéias 7,14-15.18-20

Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; que eles desfrutem a terra de Basã e Galaad, como nos velhos tempos. E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos. - Palavra do Senhor.

Comentário: Há em Deus um poder bem maior que o de afogar um exército no mar: o poder de aniquilar no coração do homem o inimigo que pode perde-lo, o mal, o pecado. E há um abismo no qual pode ser afogado esse inimigo: a misericórdia do Pai. “Qual o deus como tu... que se compraz em usar de misericórdia?” (v. 18). Dele temos profunda necessidade. O profeta quer suscitar no coração dos filhos de Israel e dispersos a confiança no Deus que os está reunindo após o retorno do exílio. Também para nós, cristãos, o exílio do pecado é coisa passada, desde o momento em que Cristo ressuscitou para nossa ressurreição e vive para nossa vida. É necessário, porém, que também nós, como o antigo podo, digamos a Deus de coração arrependido: “Volta-te e tem piedade de nós!” (Missal Cotidiano)

Salmo: 84(85),2-4. 5-6. 7-8 (R.8a)
Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. Perdoastes o pecado ao vosso povo, encobristes toda a falta cometida; retirastes a ameaça que fizestes, acalmastes o furor de vossa ira.

Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, esquecei a vossa mágoa contra nós! Ficareis eternamente irritado? Guardareis a vossa ira pelos séculos?

Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 12,46-50

Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo". Jesus perguntou àquele que tinha falado:

"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"

E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". - Palavra da Salvação.

Comentários:

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida. (CNBB)

O serviço ao Reino exigiu de Jesus uma ruptura dramática dos laços familiares, difícil de ser entendida pela sociedade da época. O sentido da solidariedade era muito agudo no mundo bíblico. E a solidariedade, no interno da família, era indispensável para a sobrevivência, seja no nível humano seja no nível social. A perda do referencial familiar redundava na perda da identidade social. Portanto, a ruptura dos laços familiares eram uma espécie de suicídio. É bem provável que tal atitude fosse raríssima, ou até mesmo inexistente, no ambiente bíblico. A interrogação de Jesus: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" deve ter causado um sobressalto nos ouvintes. Para poder entendê-la corretamente, era preciso pensar como ele. Afinal, ele dava mostras de não ser um tresloucado. A opção de Jesus decorria da centralidade do Reino de Deus em sua vida. O Mestre estabelecia laços tão profundos entre os que aderiam a ele, a ponto de transformá-los numa grande família. Desta forma, os discípulos podiam considerar-se perfeitamente irmãos, irmãs e mães. Era assim que Jesus se sentia quando estava com eles. Também era assim que deveriam sentir-se quando se reuniam em comunidade, pois pertenciam, agora, com Jesus, a uma nova família. Os laços de sangue ficavam em segundo lugar. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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