Debruçado sobre a “Parábola do Bom Samaritano” o papa
Francisco argumenta:
“Também nós podemos nos fazer esta pergunta: quem é o meu
próximo? Quem devo amar como a mim mesmo? Os meus parentes? Os meus amigos? Os
meus compatriotas? Os da minha mesma religião?”.
“Eu não devo catalogar os outros para decidir quem é o meu
próximo e quem não é. Depende de mim, ser ou não ser o próximo da pessoa que
encontro, e que precisa de ajuda, mesmo se estranha ou até hostil.
“Vai e faça você também o
mesmo”'
E Jesus recomenda: “Vai e faça você também o mesmo”'. E ele
repete a cada um de nós: “Vai e faça você também o mesmo, faça-se próximo ao
irmão e à irmã que você vê em dificuldades.
O Evangelho, “indica um modo de vida, cujo centro de gravidade
não somos nós mesmos, mas os outros, com as suas dificuldades, que encontramos
em nosso caminho e nos interpelam. E quando os outros não nos interpelam algo
neste coração não funciona, algo neste coração não é cristão”.
A atitude do Bom Samaritano
Devemos, “realizar boas obras, não basta somente dizer
palavras que vão ao vento”. “Vem-me em mente aquela canção "palavras,
palavras, palavras". E, no Dia do Julgamento, o Senhor vai nos dizer':
“Mas você, você se recorda daquela vez na estrada de Jerusalém a
Jericó? Aquele homem quase morto era eu. Você se lembra? Aquela criança com
fome era eu. Você se lembra? Aquele migrante que muitos querem expulsar era eu.
Aquele avó sozinho, abandonado em casas para idosos, era eu. Aquele doente
sozinho no hospital, ninguém vai ver, era eu”.
“A atitude do Bom Samaritano é necessária para dar prova da
nossa fé, a qual “se não é acompanhada por obras, em si mesma é morta”, como
recorda o Apóstolo Tiago".
Fé fecunda
“Através das boas obras, que realizamos com amor e com
alegria aos outros, a nossa fé germina e dá frutos”.
“Perguntemo-nos: a nossa fé é fecunda? Ela produz boas
obras? Ou é um pouco estéril e, portanto, mais morta do que viva? Faço-me
próximo ou simplesmente ou passo ao lado?”. “Estas perguntas devemos fazê-las
frequentemente, porque no fim seremos julgados pelas obras de
misericórdia”. (SP)
Fonte: Rádio Vaticano
Excerto da
matéria: Papa no Angelus: sem obras a fé é morta
br.radiovaticana.va/news/2016/07/10/papa_no_angelus_sem_obras_a_f%C3%A9_%C3%A9_morta/1243296
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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