Amados irmãos e irmãs em Cristo, chegamos mais uma vez ao
mês de setembro, que é dedicado a Bíblia, não que seja o mês especial para
meditar, celebrar, ler e viver a Palavra, mas, o mês por excelência de refletir
mais profundamente sobre a “Missão
na Bíblia e a Bíblia na Missão” e
redescobrir o lugar de Deus na ação evangelizadora da Igreja neste tempo em
mudança.
Frei Carlos Mesters, de forma muito simples e profunda fala
sobre a Bíblia que deve estar no coração, na mão e na missão, (título de um dos
seus livros). Logo percebemos que Bíblia é um livro que se mistura com a vida a
vida se mistura com ela. Pensar missão é pensar Bíblia, do contrário não é
missão de Deus.
Podemos pensar na metáfora do deserto de João Batista quando
pregou preparando os caminhos do Senhor. (Mc 1,1-8)
Somos convocados a olhar à realidade a partir da mística,
profecia e missão do profeta Miquéias que viveu num contexto politico,
religioso, cultural e social muito desafiador provavelmente entre os anos 725 a
701 a.C. O livro do profeta nos inspira a olhar sobre a realidade atual e
enxergar com os olhos de Deus o cenário mundial marcado por inúmeras realidades;
migração, sofrimento, estrangulamento dos sistemas e empoderamento de uma forte
ideologia de uma politização colonialista globalizada que cada vez mais, exclui
mesmo que aparentemente, esteja incluindo, na realidade, o que assistimos nos
últimos tempos, são as fronteiras se rompendo e o aumento dos rostos diversos
de pobreza espalhados no planeta enquanto uma minoria goza sobre a miséria de
milhões de pessoas que são todos os dias incluídas num sistema perverso de
inclusão.
As guerras do tempo de Miquéias, são reproduzidas hoje com
nova roupagem, mas, a questão sempre a mesma, a ganância pelo poder, levando ao
sofrimento milhares de inocentes, enquanto os impérios se fortalecem uma
multidão é ferida e excluída impiedosamente.
Temos a missão de resgatar a esperança da multidão banida
pelas rodas sociais, religiosas, políticas, culturais... Devemos reconduzir o
coração dos filhos ao Pai como fê-lo o profeta Elias.
A Missão que nasce no chão da Sagrada Escritura, deve ser
antes de tudo, uma missão libertadora, pois, nasce do combate com as forças
contrárias ao projeto de Deus libertador dos oprimidos (as).
Uma missão em saída rumo às periferias existenciais, lá onde a
vida é ameaçada...
Enraizar a missão da Igreja na Tradição bíblica é correr o
risco de ser crucificado, ter o mesmo destino do Mestre, que consumou sua
missão no alto do calvário, recebendo a coroa de espinhos e cusparadas, todo
tipo de humilhação.
Qual o lugar que a Palavra ocupa na missão que assumimos e quais o
impactos positivos e negativos que a missão causa na vida das pessoas e
instituições?
Frei Geraldo Bezerra de
Sousa, OC
Mestrando em Missiologia pelo
ITESP (Instituto Teológico São Paulo)
Referências:
NAKANOSE, Shigeyuki, Bíblia
Pastoral; introdução ao livro do profeta Miquéias, Brasília, 2013, Paulus
MESTERS, C, A Bíblia no
coração, na mãe a na missão; aprofundamento bíblico, Província Santa Teresa de
Liseux, Uberaba, MG, 2002 - 2004
Foto retirada da internet
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