4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona:
Salmo 105,47 - Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos
pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso
louvor.
Oração do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo coração e
amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Carta aos Hebreus 12,1-4
Irmãos, rodeados como estamos por tamanha multidão de
testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve.
Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com os olhos
fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé.
Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz,
não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensai,
pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que
não vos deixeis abater pelo desânimo. Vós ainda não resististes até o sangue na
vossa luta contra o pecado. - Palavra do Senhor.
Comentário: Jesus é o aperfeiçoador da
fé, porque nele se torna realidade aquilo que cremos e esperamos. Ele conclui a
peregrinação de retorno de seu povo para Deus e recebeu a glória (v.2). Não
sozinho, porém, mas como cabeça e guia (autor), exemplo perfeito da obediência
a Deus e na glorificação. Junto com ele estão os mártires e santos de todos os
tempos: testemunhas de Cristo diante do mundo, demonstraram, com sua vida e
morte a solidez da realidade sagrada em que acreditavam; testemunhas agora de
nosso combate (cf 1Cor 4,9: “Fomos dados em espetáculo ao mundo, aos anjos e
aos homens”), como antigos campeões já premiados pela vitória, encorajamo-nos
com o exemplo deles. A oração eucarística recorda “aqueles que em todos os
tempos vos foram agradáveis”, “nossos intercessores junto de vós”. Em comunhão
conosco, ainda peregrinos, constituem parte da grande assembleia dos que foram
salvos e que anunciam as maravilhas do Senhor. (Missal Cotidiano)
Salmo:
21
(22),26b-27 .28.30. 31-32 (R. Cf.27b) Todos aqueles que vos buscam, não de
louvar-vos, ó Senhor.
Sois meu louvor em meio à grande
assembleia; cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão
comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão. “Seus corações tenham
a vida para sempre!”
Lembrem-se disso os confins de toda a
terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando,
diante dele todos os povos e as famílias das nações. Somente a ele adorarão os
poderosos, e os que voltam para o pó o louvarão.
Para ele há de viver a minha alma, toda
a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará o poder e a
justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o
Senhor realizou!”
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 5,21-43
Naquele tempo, Jesus atravessou de novo, numa barca, para a
outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na
praia. Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando
viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas
últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” Jesus então o
acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia.
Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com
hemorragia; tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que
possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. Tendo ouvido falar de
Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa.
Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei
curada”. A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que
estava curada da doença. Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E,
voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” Os
discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas:
‘Quem me tocou’?” Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo.
A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe
havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. Ele
lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. Ele
estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e
disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” Jesus
ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” E
não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João.
Quando chegaram à casa do chefe
da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. Então,
ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu,
mas está dormindo”. Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos
saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o
acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. Jesus pegou na
mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” Ela
levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos
ficaram admirados. Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo
daquilo. E mandou dar de comer à menina. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
pessoa de fé é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma
positiva aos seus apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de
Deus e procura responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida,
ela é constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas
graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o
verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa
da sua vida e do seu projeto de amor e, consequentemente, não se beneficia de
tudo aquilo que ele nos concede. (CNBB)
Os
dois milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a
vida. Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença
pareciam impor-se. Missão de resgatar a vida humana. O chefe da sinagoga, cuja
filha havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina
retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher,
vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em
ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida. Essa mulher,
certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu
que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se
realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para
sentir-se curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou
ter sido movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé
te salvou!" Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor
de forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele
transborda. Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e
oferece ao ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a
vida eterna. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Marcos
apresenta dois episódios que se encerram na mesma conclusão: “Fé”. Vamos
analisar primeiro o caso da mulher que sofria de hemorragias há doze anos. Partimos
do ponto onde uma numerosa multidão espremia Jesus. Realmente é de causar
espanto a pergunta “Quem tocou minhas vestes?” Sem sombra de dúvidas as pessoas
que ali se encontravam desejavam ter um contato com Jesus, cada um com certeza
tinha o seu pedido a fazer, temos por experiência o que acontece nos nossos
dias quando alguém famoso é colocado no meio do povo. Muitas pessoas seguravam
o braço de Jesus dizendo: “Senhor cura-me!”, então vem a pergunta que não quer
calar: O que realmente fez com que Jesus parasse? O que diferenciou está mulher
dos outros? Vejamos, traçando um paralelo entre ela e leproso (Mc 1,40), ambos
foram movidos pela mesma fé que rompe barreiras, agiram de forma audaciosa ao
se colocar na presença de Jesus, enfrentaram o preconceito, a humilhação e a
rejeição. Diante da pergunta de Jesus a
mulher temerosa lança-se a seus pés. Aqui cabe uma observação, o temor não era
da pessoa de Jesus, pois pela cura operada ela tinha agora a certeza do amor
misericordioso do enviado de Deus. O medo certamente era em função da “Lei da
Pureza” que excluía a pessoa do convívio social não dando a oportunidade de ser
curada. Jesus contrariando a Lei que oprime e exclui, acolhe a filha amada e
expressa que pela fé na Boa Nova alcançou a salvação. Agora na historia de
Jairo a atitude dele diante de Jesus (“ao ver Jesus ele se prostra a seus pés e
suplica-lhe com insistência”), assemelha-se a do possuído da Decápole, porque o
gesto de Jesus foi diferente? É lógico que Jesus reconheceu em Jairo a mesma
preocupação que Deus tem para com seus filhos que se encontram em pecado. Jairo
como responsável pela sinagoga, ser visto na companhia de Jesus que era tido
como impuro e descumpridor das leis, era um risco muito grande que só alguém
desejoso por mudança poderia realizar. A sua profissão de fé, “impõe-lhe as
mãos para que seja salva e viva” (v.23), já sinaliza para alguém que acredita
que a profecia tornou-se realidade. É interessante a atitude de Jesus para com
Jairo ao ser informado da morte da filha. “Não tenhas medo; somente fé” (v.36).
Quantas vezes Jesus já falou a mesma frase para nós? Diante das dificuldades
não podemos nos entregar ao conformismo e a lamuria, e sim acreditar que o Deus
da vida, através de Jesus, faz parte da nossa história. Marcos apresenta um
relato bem interessante nos versículos finais. Vamos primeiro recordar as
“Bodas de Caná” (Jo 2,6), era uma festa e lá precisava ocorrer um milagre,
tinham eles seis talhas, (seis um número incompleto), mas para o milagre
acontecer era preciso mais um componente (sete a perfeição). No caso de Jairo,
um momento de tristeza, aqui também há a necessidade de um milagre, quantas
pessoas estavam no quarto, a menina, o pai, a mãe, Pedro, Tiago e João, (seis).
Não importa a quantas anda nossa vida, seja jubilosa ou amargurada, sem a
presença de Jesus nunca alcançaremos a perfeição e a plenitude. (Ricardo
Feitosa)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
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1.
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INTENÇÕES PARA O
MÊS DE FEVEREIRO:
Universal: Para que os prisioneiros, em
particular os jovens, tenham a possibilidade de reconstruir uma vida digna.
Pela evangelização: A fim de que os cônjuges que se
separaram encontrem acolhimento e apoio na comunidade cristã.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à
Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e
termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
SANTO DO DIA:
São Brás - Mártir - 03 de
Fevereiro
Fique com Deus e
sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
Santa Igreja Católica
CATEQUESE CRISTÃ
CATÓLICA - GRAÇA E PAZ
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obrigado.
Obrigada irmãos em Cristo a cada dia aprendo muito com vocês deus os ilumine
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