1ª Semana do Saltério
Memória: SÃO CIRILO, Monge e SÃO METÓDIO, Bispo
Prefácio comum ou dos Pastores - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São
Marcos
Antífona:
Isaías 59,21; 56,7 Minhas palavras que coloquei em tua boca, diz o Senhor, não
se afastarão jamais de teus lábios; e tuas oferendas serão aceitas em meu altar.
Oração
do Dia: Ó Deus, pelos dois irmãos Cirilo e Metódio,
levastes a luz do Evangelho aos povos eslavos; dai-nos acolher no coração a
vossa palavra e fazei de nós um povo unido na verdadeira fé e no fiel
testemunho do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Gênesis 3,9-24
O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” E ele
respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me
escondi”. Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então
comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” Adão disse: “A mulher que tu
me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.
Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a
mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. Então o Senhor Deus disse
à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais
domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó
todos os dias da tua vida! Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.
À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos da tua
gravidez: entre dores darás à luz os filhos; teus desejos te arrastarão para o
teu marido, e ele te dominará”. E disse em seguida a Adão: “Porque ouviste a
voz da mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado
será o solo por tua causa! Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias
da tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás as ervas da
terra; comerás o pão com o suor do teu rosto até voltares à terra de que foste
tirado, porque és pó e ao pó hás de voltar”.
E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de
todos os viventes. Então o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de
pele e as vestiu. Disse, depois, o Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como
um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não aconteça, agora, que ele
estenda a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre!” E o
Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que ele cultivasse a terra donde
fora tirado. Expulsou o homem, e colocou a oriente do jardim de Éden os
querubins, e a espada lampejante de chamas, para guardar o caminho da árvore da
vida. - Palavra do Senhor.
Comentário: O autor, apresentando a visão
crítica da realidade, afirma que a situação em que o projeto do homem e a
humanidade inteira se encontram é uma situação de castigo. “O castigado é
responsável pelo castigo: não poderá jamais liberar-se dele fingindo ignorar
sua parte de responsabilidade nos males que sofre. Por outro lado, a situação
de castigo nunca é normal e definitiva, mas provisória e passageira. A
anormalidade permanecerá, enquanto o castigo não for cumprido e a culpa
expiada. O bem do culpado, a ser obtido depois de ultimado o castigo, pode ser
atingido unicamente através da aceitação ativa e responsável do próprio
castigo. Na raiz do castigo está a culpa do castigado, que provoca uma ruptura
de relações entre pessoas, relações que precisam ser restabelecida... Dizendo
que os males que sofremos são um castigo
de Deus, a Bíblia estabelece a relação do homem
com Deus como ponto fundamental para a harmonia de todo o resto. Não é
possível restabelecer a ordem perturbada da vida sem levar em conta o lugar que
Deus deve ocupar na vida dos homens” (C. Mesters). E o primeiro passo foi o
próprio Deus quem deu. (Missal Cotidiano)
Salmo:
89(90), 2.
3-4. 5-6. 12-13. (R.1) Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
Já bem antes que as montanhas fossem
feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre. e para sempre vós sois
Deus.
Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,
quando dizeis: "Voltai ao pó, filhos de Adão!" Pois mil anos para vós
são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da manhã, são
iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde
é cortada e logo seca.
Ensinai-nos a contar os nossos dias, e
dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende
piedade e compaixão de vossos servos!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,1-10
Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha
o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: “Tenho compaixão dessa
multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. Se
eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos
deles vieram de longe”.
Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de
pão aqui no deserto?” Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles
responderam: “Sete”. Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois,
pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos,
para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. Tinham também alguns
peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os
distribuíssem também.
Comeram e ficaram satisfeitos, e
recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. Eram quatro mil mais ou
menos. E Jesus os despediu. Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus
foi para a região de Dalmanuta.
- Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
age por compaixão em relação aos sofrimentos e dificuldades do povo de sua
época. Ele ama com amor eterno e o seu amor se transforma em solidariedade, em
gesto concreto. Jesus não para diante das dificuldades que são apresentadas,
porque sabe que o amor supera todas as dificuldades. Jesus leva as outras
pessoas a sentirem compaixão com ele e assim colaborarem na superação dos
problemas. Os discípulos colaboram na medida em que organizam o povo e
distribuem os pães. Outros contribuem também doando os sete pães, que poderiam
garantir o próprio sustento. Assim, a compaixão cria uma rede de solidariedade
que supera a fome no deserto. (CNBB)
A
sensibilidade de Jesus em relação a seus ouvintes e seguidores era notável. Ele
estava continuamente preocupado com eles e cuidava para não serem penalizados
pelo cansaço ou pela fome. Seu coração de pastor falava mais alto nas situações
delicadas. A multiplicação dos pães foi uma clara expressão da misericórdia de
Jesus. E exemplo da misericórdia que deve haver no coração de quem se faz seu
discípulo. Jesus podia ter considerado encerrada sua missão ao ter beneficiado
as multidões com inúmeros milagres e expressões de bondade. Que cada qual
voltasse para sua casa e retomasse suas atividades! Porém, as circunstâncias
não permitiam. Era arriscado muitos morrerem pelas estradas antes de chegarem a
seus destinos. O pastor não podia submeter seu rebanho a tal provação. A
misericórdia de Jesus exigia dele encontrar uma saída. A solução consistiu em
sugerir um gesto de partilha. Alguém colocou à disposição de todos seus sete
pães e alguns peixinhos. Este gesto de desprendimento e espírito comunitário
foi o ponto de partida para Jesus poder alimentar a todos, até ficarem
saciados. A misericórdia de Jesus deu frutos imediatos. Assim se explica o
despojamento e a solidariedade com que o desconhecido partilhou seus parcos
alimentos e levou a multidão a ser salva de morrer pela fome. A superação do
egoísmo já foi um verdadeiro milagre. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Notamos
que o milagre da multiplicação dos pães (6,34ss), acontece novamente quase
igual ao primeiro, Jesus e a multidão, a compaixão, o serviço dos discípulos, a
organização do povo. Duas pequenas alterações, mas de grande significado. A
primeira multiplicação aconteceu em território judeu, agora é a vez dos pagãos.
Pagão também é filho de Deus. Para os judeus o número foi o doze, representando
as doze tribos de Israel, já para os pagãos vêm o sete, e nós sabemos que ele é
o sinal da perfeição, da plenitude. Conclusão: A Boa Nova só estará plenamente
implantada quando todos os povos reconhecerem que vivem sob o Senhorio de um
único Deus. O Reino de Deus é para todos. (Ricardo Feitosa)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
Senhor,
ouvi nossa prece
1.
Pela Igreja, em sua missão solidária junto aos
pecadores e a todos os que passam necessidades, rezemos.
2.
Pelas pessoas desprovidas de alimento, as quais
esperam ser atendidas em suas necessidades, rezemos.
3.
Pelas autoridades de nosso país, responsáveis por
promover políticas de emprego e inclusão para os cidadãos, rezemos.
4.
Pelos casais, chamados a edificar sua união e sua
família na verdade e no amor, rezemos.
5.
Pelos jovens, vocacionados a uma vida liberta dos
vícios e orientada para a paz e o bem, rezemos.
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE FEVEREIRO:
Universal: Para que os prisioneiros, em
particular os jovens, tenham a possibilidade de reconstruir uma vida digna.
Pela evangelização: A fim de que os cônjuges que se separaram
encontrem acolhimento e apoio na comunidade cristã.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à
Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e
termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano - Paulus
SANTO DO DIA: (MEMÓRIA)
São Cirilo, Monge - 14 de
fevereiro
São Metódio, Bispo - 14 de
fevereiro
Fique com Deus e
sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
Santa Igreja Católica
CATEQUESE CRISTÃ
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