quinta-feira, 28 de maio de 2015

Como corrigir as pessoas?

Lembre-se de que lidamos com pessoas e não com animais. Como corrigir filho, esposo, esposa, empregado, colega, subordinado de modo geral? É um dever e uma necessidade corrigir aqueles a quem amamos, mas isso precisa ser feito de maneira adequada. Toda autoridade vem de Deus e em Seu nome deve ser exercida; por isso, a correção deve ser feita com muito jeito e cautela. 

Não é fácil corrigir uma pessoa que erra; voltar-se para alguém e dizer-lhe: “Errou!”, dói no íntimo da pessoa; e se a correção não for feita de modo adequado pode gerar efeito contrário. Se esta for feita inadequadamente pode piorar o estado da pessoa e gerar revolta.

Nunca se pode, por exemplo, corrigir alguém na frente de outras pessoas, isso a deixa humilhada, ofendida e, muitas vezes, com ódio de quem a corrigiu. E, lamentavelmente, isso é muito comum, especialmente por parte de pessoas que têm um temperamento intempestivo e que agem de maneira impulsiva. Essas pessoas precisam tomar muito cuidado.

Quem erra precisa ser corrigido, para seu bem, mas com elevação e manifestação de apreço. Há pais que subestimam os filhos, os tratam com desdém, desprezo. Alguns, ao corrigi-los, o fazem com grosseria, palavras ofensivas e marcantes.

O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos. Isso os humilha e os faz revoltar contra o pai e a mãe. O mesmo se dá com quem corrige um empregado ou subordinado na frente dos outros.

Há três exigências mínimas para se corrigir bem uma pessoa:

1 – Sempre que possível, não corrigir na frente dos outros. Ao corrigir alguém, deve-se chamá-lo à parte, fechar a porta da sala, e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças. Não se pode humilhar a pessoa. Mesmo a criança pequena deve ser corrigida a sós para que não se sinta humilhada na frente dos irmãos ou amigos.

Se for adulto, isso é mais importante ainda. Como é lamentável os pais ou empregadores que gritam corrigindo seus filhos ou empregados na frente dos outros! Escolha um lugar adequado para corrigir a pessoa.

A Santa Igreja, como boa Mãe, garante a nós o sigilo da Confissão, de maneira extrema. Se o sacerdote revelar nosso pecado a alguém, ele pode ser punido com a pena máxima que a instituição criada por Cristo pode aplicar: a excomunhão.

Isso para proteger a nossa intimidade e não permitir que a revelação de nossos erros nos humilhe. E nós? Como fazemos com os outros? Só o fato de se dar a privacidade à pessoa a ser corrigida, ao chamá-la a sós, ela já estará mais bem preparada para a aceitar de bom grado a correção.

2 – Escolher o momento certo. Não se pode chamar a atenção de alguém no momento em que a pessoa errada está cansada, nervosa ou indisposta. Espere o melhor momento, quando ela estiver calma. Os impulsivos e coléricos precisam se policiar muito nestes momentos.

Pessoas temperamentais podem acabar malvistas no seu meio. Pais e patrões não podem corrigir os filhos e subordinados de forma abrupta, gritando e ofendendo por causa do seu temperamento.  Espere, eduque-se, conte até dez, saia por um tempo da presença do quem errou; não se lance afoito sobre o celular para repreendê-lo “agora”. A correção não pode deixar de ser feita; a punição pode ser dada, mas tudo com distância psíquica e elevação. Estamos tratando com gente e não com animais.

3 – Usar palavras corretas. Às vezes, um “sim” dito de maneira errada é pior do que um “não” dito com jeito. Antes de corrigir alguém, saiba ouvi-lo no que errou; dê-lhe o direito de expor com detalhes e com tempo o que fez de errado, e por que fez aquilo errado. O problema não está na correção a aplicar, mas o jeito de falar, sem ofender, sem magoar, sem humilhar, sem ferir a alma.

Se magoamos alguém, corrigindo-o grosseiramente, devemos pedir perdão logo; é um dever de consciência.

Fonte: aascj.org.br/home/2014/02/10/como-corrigir-as-pessoas/

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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3 comentários :

  1. Tema muito bem escolhido, temos que estar nos policiando o tempo todo para não usarmos palavras que ofendem.

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    1. Muito bem! Mas o texto não está querendo sugerir que com os animais devemos ser brutos e bestiais, não é?

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