"Soubesse
só amar! Arder, consumar-se no amor" Júlia Ledochowska nasceu em 17 de abril de 1865 em Losdorf, na
Áustria, seus pais Antônio e Josefina, eram nobres poloneses. Pertencia a uma família
especialmente abençoada. Sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa,
fundou Congregação de São Pedro
Claver
e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo
sexto preposto-geral dos jesuítas.
Até o final da
adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a
família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no
Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e
tomando o nome de Maria Úrsula de Jesus em 1899.
Ativa educadora fundou um
pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação
das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa
Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade
religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de
estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua
segurança. Em
1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um
pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo
inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas.
A sua cidadania e
origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa
durante a Primeira Guerra Mundial, tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um
pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para
os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda
hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos
poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou
para o seu convento na Polônia.
Atendendo um antigo anseio
interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as
Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência
aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.
Na Polônia, devido
à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na
Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se
desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam
trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros,
todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre Úrsula
Ledochowska faleceu
em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que
conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em 20 de Junho de 1983, a beatificou, numa comovente cerimônia
em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou,
declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de
sua morte.
ORAÇÃO: Ide ao mundo com o sorriso nos
lábios. Ide semear um pouco de felicidade neste vale de lágrimas sorrindo para
todos, especialmente para os tristes, para os desanimados diante da vida, para
os que estão caindo sob o peso da cruz; Ide sorrindo para eles com aquele
sorriso límpido que fala da bondade de Deus. (Madre Úrsula Ledochowska)
Fonte:
Edições Paulinas - Vaticano - Padre Onesto Costa
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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