terça-feira, 8 de setembro de 2015

Liturgia Diária Comentada 08/09/2015 Terça-feira Natividade de Nossa Senhora

23ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Festa: NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA
Prefácio de Maria - Ofício da Festa - Glória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Antífona: Celebremos com alegria o nascimento da virgem Maria: por ela nos veio o sol da justiça, Cristo, nosso Deus.

Oração do Dia: Abri, ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da vossa graça: e, assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Profecia de Miquéias 5,1-4a
Assim diz o Senhor: 'Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. Deus deixará seu povo ao abandono, até o tempo em que a mãe der a luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até os confins da ferra, e ele mesmo será a paz. - Palavra do Senhor.

Comentário: A dinastia tem de resgatar seus humildes começos; não Sião, mas Belém, chamada também de Éfrata (1Sm 17, 12; Sl 132, 6). A “origem antiga” pode remontar à genealogia do final de Rute.  Quando Mateus aplica este versículo ao Messias, muda ou lê “não és a menor” (Mt 2,6), sem contradizer o que implica o original. A tradição cristã, prolongando a sugestão de Mateus, leu neste versículo a origem eterna do Messias. A restauração anunciada tem um momento previsto, que o profeta só pode propor num enigma. Suas duas peças se referem ao crescimento do povo por dois fatores: porque as mulheres voltam a dar à luz, porque os desterrados voltam a reunir-se com seus irmãos (cf. Is 7,14; 9, 5 e 10, 21s). Aquela que dá à luz é qualquer mulher judia, e também a capital personificada como matrona. Os que voltam podem ser os israelitas do reino do Norte ou os judeus depois de um desterro previsto. “Mãe” e “irmãos” imprimem a esta profecia um tom familiar. Os falsos profetas rejeitam a visão humilde de Miquéias, aplicando o esquema de Is 14, 24-27. Os pastores serão capitães, a vitória será obtida pelas armas e a Assíria será submetida à vassalagem, mesmo que encarne o legendário Nemrod, caçador e guerreiro. (Gn 10, 8-12) (Comentário Bíblico / Edições Loyola)

Salmo: 70(71),6; Sl 12(13),6 (R. Is 61,10) Exulto de alegria no Senhor.
Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor eternamente!

uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,1-16.18-23
Abraão gerou lsaac; lsaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;  Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias.  Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia.  Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;  Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;  Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;  Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matá; Matá gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.

A origem de Jesus foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.

Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar seu povo dos seus pecados". Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado. Ao comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao dela, uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso, podemos perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história da humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação. (CNBB)

A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem como. A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai. Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do Messias Jesus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

A Liturgia escolheu este Evangelho para a festa da Natividade de Nossa Senhora. Nele, temos o registro da genealogia de Jesus Cristo, de Abraão a José, esposo de Maria, seguida da cena da "Anunciação a José". E é neste episódio que o Anjo do Senhor esclarece o justo José sobre a natureza da gravidez de Maria: "É obra do Espírito Santo". Ora, a obra do Espírito não começa por aí. Desde o início, quando "pairava sobre as águas" (Gn 1, 2), Deus já agia simultaneamente em dois campos: a Criação e a Salvação. E o Espírito Santo sempre trabalhou em ambas as "obras". É neste sentido que devemos prestar atenção à fastidiosa relação de nomes, desde Abraão até José: enquanto passa o tempo, ao longo da história humana, Deus se "prepara" para agir. As promessas feitas a Abraão, renovadas a Davi, hão de cumprir-se em José, da tribo de Davi, do povo de Abraão, da raça de Noé. Afunilando-se, "especializando-se", Deus se vale de mediações humanas para cumprir a promessa de Aliança com os homens. Mas Deus decidira que o próprio homem devia colaborar e participar em sua obra. Nas conhecidas palavras de Santo Agostinho, "o Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti". Por isso mesmo, os Padres da Igreja "dataram" a missão de Maria - a missão de gerar o Filho de Deus na carne dos homens - desde toda a eternidade. Isto é, nos desígnios de Deus, Maria estava eternamente em seu pensamento. Como disse o poeta, falando em nome de Maria, "a Criação estava por nascer / e o Senhor se agradou de mim..." Na festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, devemos recordar o seu especial privilégio: desde sua concepção, tendo em conta sua futura missão de acolher no próprio ventre o Filho de Deus, Cordeiro sem mancha, Maria foi preservada de todo pecado. "Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime." (LG, 53.) Conforme comenta o Catecismo da Igreja Católica, "Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus ‘a toda santa' (Panhaghia), celebram-na como ‘imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, e formada como nova criatura'. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida." (CIC. 493) À imitação de Maria, abramos todo o nosso ser à ação do Espírito de Deus. (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

INTENÇÕES PARA SANTA MISSA
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SANTO DO DIA:
FESTA
Natividade de Nossa Senhora - Festa

INTENÇÕES PARA O MÊS DE SETEMBRO:

Universal: Oportunidades para os jovens - Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.

Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé - Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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