domingo, 13 de setembro de 2015

Liturgia Diária Comentada 13/09/2015 24º Domingo Comum

24º Domingo do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia – Glória Creio
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Antífona: Eclesiástico 36,18 - Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros.

Oração do Dia: Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 50,5-9a
O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas, o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. Sim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?  - Palavra do Senhor.

Comentário: A missão do servo é, aqui, apresentada como encorajamento aos fracos e abatidos. Para isso, não resiste ao que Deus lhe pede e não recua diante das dificuldades e ataques adversários. Quem o acusará se o seu advogado é o próprio Deus? Os adversários serão apanhados na mesma armadilha que lhe tinham preparado. Tal foi a atitude de Jesus, e é a característica fundamental de seus seguidores. O Servo de Deus não é um portador de sabedoria humana, nem confia nos recursos da dialética. Assemelha-se aos pobres analfabetos, que não sabem usar a arma da palavra. Sua língua é a de discípulo (versículo 4): narra só as coisas que Deus lhe confiou. Sua força está toda aqui, daqui lhe vem a capacidade de suportar as bofetadas com um rosto de pedra. Que o servo Jesus fosse, não apenas um portador da palavra, mas em verdade a Palavra de Deus, não muda os termos da profecia, antes a leva ao extremo. Sua paixão foi a consequência de sua fidelidade à missão de profeta: falou, por isso foi crucificado. Não pode ser outra a missão da Igreja. Deve ela falar a palavra de salvação, que é palavra recebida do alto. Como para São Paulo, seu falar não se exprime "em discurso de humana sabedoria, mas em demonstração de espírito e virtude" (1 Cor 2,4). Por isto, permanece sempre "em religiosa escuta da palavra de Deus", para ser sua fiel dispensadora. (deusunico.com)

Salmo: 114,1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9) Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.
Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.

Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza; eu então invoquei o Senhor: “Salvai, ó Senhor, minha vida!”

O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes; eu estava oprimido e salvou-me.

Libertou minha vida da morte, enxugou de meus lábios o pranto/ e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.

Segunda Leitura: Carta de São Tiago 2,14-18
Meus irmãos: que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática!” Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras! - Palavra do Senhor.

Comentário: O único meio de salvação é a fé, a adesão a Jesus Cristo. Essa fé, porém, não é coisa teórica ou mero sentimento interior; é o compromisso que se manifesta concretamente em atos e fatos visíveis (cf. Mt 7,21). Tiago toma dois exemplos do Antigo Testamento, que podem ser comparados com Hb 11,31 e, principalmente, com Rm 4 e Gl 3. Aparentemente, Tiago e Paulo tiram conclusões opostas, ao usar o mesmo exemplo. Notemos, porém: Paulo diz que Abraão se tornou justo por meio da fé, e não mediante a prática da Lei. Tiago diz mais: a fé que justificou Abraão a uma realidade que se traduz na prática de atos concretos. Ao falar de prática da Lei, Paulo afirma que nenhuma observância de regras pode levar à salvação, e que a fé é o princípio de toda a vida cristã. Tiago, por sua vez, salienta que a fé se traduz no amor, e este realiza atos concretos. Paulo diz a mesma coisa: “a fé age por meio do amor” (Gl 5,6). Para o cristão, a fé não é simples adesão às fórmulas de um credo, mas deve abraçar a própria vida e transformá-la. Tiago e Paulo estão de acordo sobre a necessidade das "obras", entendidas como "atividades que se baseiam na fé", de modo particular a caridade para com os necessitados. Em consonância com isto, o Concilio estimula os cristãos de hoje às multiformes obras de caridade. Exorta particularmente os religiosos a destinar "alguma parte dos seus bens às outras necessidades da Igreja e ao sustento dos pobres..." (PC 13) e recorda a todos os fiéis: "Não se salva, ainda que incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja com o corpo, mas não com o coração... sua condição privilegiada não se deve aos seus méritos, mas a uma especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com o pensamento, com as palavras e com as obras, não só não se salvarão, como também serão mais severamente julgados". (deusunico.com)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,27-35
Naquele tempo, Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesárea de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 

Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo.

Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

A pessoa de Jesus não se enquadrava nas categorias da época e era interpretada de formas as mais variadas. Seu modo de ser austero e a maneira incisiva de sua pregação levavam alguns a confundi-lo com João Batista ou com Elias. Pensava-se que Jesus tivesse como que feito reviver em si estas figuras. A postura de Jesus era também identificada com as dos profetas do passado, cujas vidas pareciam servir-lhe de inspiração. Jesus quis saber a opinião dos discípulos a seu respeito, por não estar bem seguro de como o consideravam. A resposta foi dada por Pedro, em nome do grupo, de maneira correta, e convenceu a Jesus. Ele, de fato, era o Messias. Entretanto, o Mestre sentiu-se na obrigação de oferecer aos discípulos pistas para a correta compreensão de sua condição messiânica. Seu messianismo levá-lo-ia a confrontar-se com a rejeição das autoridades e com a morte violenta. Ele, no entanto, estava também destinado à ressurreição. As expectativas em voga giravam em torno de um futuro Messias revestido de glória e poder. Os discípulos, pois, tiveram de fazer um esforço gigantesco para introduzir o sofrimento no messianismo do Mestre. Jamais se esperava um Messias sofredor, como Jesus se proclamava ser. Os discípulos viram-se, portanto, na obrigação de refazer seus esquemas. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Jesus inicia uma nova fase em sua missão, desta vez uma catequese mais voltada para os discípulos. Às conversas que se desenrolam nos próximos versículos nos dão a certeza que sua curiosidade estava centrada em como ele era visto pelos discípulos e não pelos homens. Atente para um detalhe, o Messias era o Redentor aguardado pelos judeus, acontece que ele não era esperado por um grupo coeso, apesar de todos serem judeus eram grupos que viviam realidades diferentes. Os fariseus assim como os sacerdotes queriam um Messias que impusesse uma plena execução da Lei, os profetas tinham a visão de um Deus triunfante que seria ovacionado por todos, e o que dizer dos zelotas, (um grupo radical e fanático) com certeza queria um messias que destituísse de imediato o poder romano e de preferência na base da violência. Creio que já deu para entender onde quero chegar. Que tipo de Messias seria o de Pedro? Será que ele já estava falando a mesma linguagem de Jesus? É evidente que não, a ficha ainda não caiu, os discípulos ainda não conseguiam assimilar a ideia de que Deus pudesse ser tão humano, como o Salvador se deixaria humilhar a esse ponto. Doravante Jesus irá falar abertamente, explicar as entrelinhas, dar pleno conhecimento para que eles entendam definitivamente que toda mudança exige dor, renuncia e sacrifício. Pedro tenta deter Jesus, baseando-se simplesmente em um sentimento puramente humano, desprezando completamente a missão salvífica do verdadeiro Messias que é garantir a liberdade para que o povo possa exercer um genuíno exercício da fé, mesmo que para isso tenha de dar a própria vida. Quem não está com Deus é porque está contra ele. A atitude de Jesus em chamar Pedro de satanás não atesta que ele fosse ou estivesse possuído pelo satanás, mas que aquela forma abominável de pensar é contraria a vontade do Pai, e não pode encontrar morada no coração de um seguidor de Jesus. (Ricardo e Marta / Catequese Cristã Católica):

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):

Sede, Senhor, nossa força e salvação!
1.    Senhor, fazei a Igreja seguir com fidelidade Jesus crucificado no caminho da salvação, a fim de que esteja sempre próxima dos sofredores, vos pedimos.
2.    Amparai os profetas e missionários incompreendidos e perseguidos, a fim de que experimentem e cantem vossa libertação, vos pedimos.
3.    Ajudai-nos a crescer no amor e na solidariedade, a fim de que nossa fé se traduza em vida para os irmãos e irmãs, vos pedimos.
4.    Ensinai-nos a dar contínua resposta de compromisso com vosso Filho, a fim de que o reino de Deus se concretize, vos pedimos.
5.    Fortalecei os que sofrem no corpo e na alma e dai a saúde aos doentes, a fim de que recuperem a paz e a alegria de viver, vos pedimos.

FAÇA SEU PEDIDO DE ORAÇÃO


SANTO DO DIA:
Hoje omite-se a memória
São João Crisóstomo - Doutor - 13 de setembro

INTENÇÕES PARA O MÊS DE SETEMBRO:

Universal: Oportunidades para os jovens - Para que abundem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens.

Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé - Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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