Mc 10,6b-8 Deus os fez homem e
mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só
carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
O matrimônio é o pacto “pelo qual o homem e a mulher
constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole
natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os batizados
foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento” (CIC-1601).
A vocação para o matrimónio está inscrita na própria
natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O
matrimónio não é uma instituição puramente humana, apesar das numerosas
variações a que esteve sujeito no decorrer dos séculos (CIC-1603). Deus, que
criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação fundamental e inata de
todo o ser humano. Porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus que
é amor. Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se
imagem do amor absoluto e indefectível com que Deus ama o homem (CIC-1604).
Gn 1,28 Deus abençoou-os e
disse-lhes: Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.
Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro,
afirma-o a Sagrada Escritura: “Não é bom que o homem esteja só”. A mulher, “carne
da sua carne», isto é, sua igual, a criatura mais parecida com ele, é-lhe dada
por Deus como uma, “auxiliar”, representando assim aquele “Deus que é o nosso
auxílio”. “Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua
mulher: e os dois serão uma só carne”. Que isto significa uma unidade
indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, “no
princípio”’: “Portanto, já não são dois, mas uma só carne” (CIC-1605).
Ml 2,15 Ele não fez dos dois uma
unidade de carne e espírito? E para que essa unidade? Para conseguir uma
descendência que seja de Deus. Vigiai vossos impulsos para não serdes infiéis à
esposa da vossa juventude.
Na sua misericórdia, Deus não abandonou o homem pecador
(CIC-1609). A consciência moral relativamente à unidade e indissolubilidade do
matrimónio desenvolveu-se sob a pedagogia da antiga Lei (CIC-1610). Ao verem a
Aliança de Deus com Israel sob a imagem dum amor conjugal, exclusivo e fiel, os
profetas prepararam a consciência do povo eleito para uma inteligência
aprofundada da unicidade e
indissolubilidade do matrimónio. Os livros de Rute e de Tobias dão
testemunhos comoventes do elevado sentido do matrimónio, da fidelidade e da
ternura dos esposos. E a Tradição viu sempre no Cântico dos Cânticos uma
expressão única do amor humano, enquanto reflexo do amor de Deus, amor «forte
como a morte», que «nem as águas caudalosas conseguem apagar» (Ct 8,6-7) (CIC-1611).
Mt 19,6 De modo que eles já não
são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.
Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido
original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio:
a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à
dureza do coração, a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel, foi
o próprio Deus que a estabeleceu (CIC-1614).
Esta insistência inequívoca na indissolubilidade do vínculo
matrimonial pôde criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável.
No entanto, Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado
demais, mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a ordem
original da criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá a força e a graça
de viver o matrimónio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo,
na renúncia a si próprios e tornando a sua cruz, que os esposos poderão
«compreender» o sentido original do matrimónio e vivê-lo com a ajuda de Cristo.
Esta graça do Matrimónio cristão é fruto da cruz de Cristo, fonte de toda a
vida cristã (CIC-1615).
Ef 5,25 Maridos, amai as vossas
mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou por ela.
Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo
e a Igreja. O Matrimónio cristão, por sua vez, torna-se sinal eficaz,
sacramento da aliança de Cristo com a Igreja. E uma vez que significa e
comunica a graça desta aliança, o Matrimónio entre batizados é um verdadeiro sacramento
da Nova Aliança (CIC-1617).
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica - Bíblia Católica CNBB
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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