quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sacramento do Matrimônio - Introdução

Mc 10,6b-8 Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.

O matrimônio é o pacto “pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento” (CIC-1601). 

A vocação para o matrimónio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O matrimónio não é uma instituição puramente humana, apesar das numerosas variações a que esteve sujeito no decorrer dos séculos (CIC-1603). Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação fundamental e inata de todo o ser humano. Porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus que é amor. Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se imagem do amor absoluto e indefectível com que Deus ama o homem (CIC-1604).

Gn 1,28 Deus abençoou-os e disse-lhes: Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.

Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, afirma-o a Sagrada Escritura: “Não é bom que o homem esteja só”. A mulher, “carne da sua carne», isto é, sua igual, a criatura mais parecida com ele, é-lhe dada por Deus como uma, “auxiliar”, representando assim aquele “Deus que é o nosso auxílio”. “Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher: e os dois serão uma só carne”. Que isto significa uma unidade indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, “no princípio”’: “Portanto, já não são dois, mas uma só carne” (CIC-1605).

Ml 2,15 Ele não fez dos dois uma unidade de carne e espírito? E para que essa unidade? Para conseguir uma descendência que seja de Deus. Vigiai vossos impulsos para não serdes infiéis à esposa da vossa juventude.

Na sua misericórdia, Deus não abandonou o homem pecador (CIC-1609). A consciência moral relativamente à unidade e indissolubilidade do matrimónio desenvolveu-se sob a pedagogia da antiga Lei (CIC-1610). Ao verem a Aliança de Deus com Israel sob a imagem dum amor conjugal, exclusivo e fiel, os profetas prepararam a consciência do povo eleito para uma inteligência aprofundada da unicidade e indissolubilidade do matrimónio. Os livros de Rute e de Tobias dão testemunhos comoventes do elevado sentido do matrimónio, da fidelidade e da ternura dos esposos. E a Tradição viu sempre no Cântico dos Cânticos uma expressão única do amor humano, enquanto reflexo do amor de Deus, amor «forte como a morte», que «nem as águas caudalosas conseguem apagar» (Ct 8,6-7) (CIC-1611).

Mt 19,6 De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.

Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do coração, a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel, foi o próprio Deus que a estabeleceu (CIC-1614).

Esta insistência inequívoca na indissolubilidade do vínculo matrimonial pôde criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável. No entanto, Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado demais, mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a ordem original da criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá a força e a graça de viver o matrimónio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo, na renúncia a si próprios e tornando a sua cruz, que os esposos poderão «compreender» o sentido original do matrimónio e vivê-lo com a ajuda de Cristo. Esta graça do Matrimónio cristão é fruto da cruz de Cristo, fonte de toda a vida cristã (CIC-1615).

Ef 5,25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou por ela.

Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. O Matrimónio cristão, por sua vez, torna-se sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo com a Igreja. E uma vez que significa e comunica a graça desta aliança, o Matrimónio entre batizados é um verdadeiro sacramento da Nova Aliança (CIC-1617).

Fonte: Catecismo da Igreja Católica - Bíblia Católica CNBB

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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