quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Liturgia Diária Comentada 04/10/2015 27º Domingo Comum

Liturgia Diária Comentada 04/10/2015 Domingo
27º Domingo do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória - Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Antífona: Ester 1,9 Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo!

Oração do Dia: Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 2,18-24
O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse. E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens; mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele.

Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. - Palavra do Senhor.

Comentário: Deus renova com o homem sua promessa de fidelidade, incluída na bênção dada a Adão (Gn 1 ,26ss), e lhe confia o domínio da terra. Deus e o homem são aliados na edificação do mundo. "Para os crentes uma coisa é certa: a atividade humana individual e coletiva, ou seja, aquele ingente esforço com o qual os homens no curso dos séculos procuram melhorar as próprias condições de vida, considerado em si mesmo, corresponde às intenções de Deus... Os cristãos, portanto, não pretendem contrapor os produtos da inteligência e da capacidade do homem ao poder de Deus, como se a criatura racional fosse rival do Criador; pelo contrário, estão persuadidos de que as vitórias da humanidade são sinal da grandeza de Deus e fruto do seu inefável desígnio. E quanto mais cresce o poder dos homens, tanto mais se estende e se amplia sua responsabilidade, quer individual, quer coletiva. Por aí se vê como a mensagem cristã, longe de dispensar o homem do dever de edificar o mundo, longe de incitá-lo a desinteressar-se do bem dos seus semelhantes, ao invés, empenha-o em tudo isso, por uma obrigação ainda mais rigorosa". A mulher não foi tirada da cabeça do homem para mandar nele, nem foi tirada dos pés dele para ser sua escrava; mas foi tirada do lado, para ser sua companheira. Que possam juntos continuar a construção de um mundo cada vez melhor de se viver, na presença de Deus. (deusunico.com)

Salmo: 127(128),1-2.3.4-5.6 (R. cf. 5) O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
Feliz és tu, se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

Para que vejas prosperar Jerusalém e os filhos dos teus filhos. Ó Senhor, que venha a paz a Israel, que venha a paz ao vosso povo!

Segunda Leitura: Carta aos Hebreus 2,9-11
Irmãos: Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos. - Palavra do Senhor.

Comentário: A Lei transmitida pelos anjos não é capaz de abrir o mundo novo da salvação. A alienação produzida pelo mal, pelo pecado e pelo medo da morte exigem transformação radical da condição humana. Encarnando-se, Jesus se torna irmão solidário dos homens e assume totalmente os problemas deles, chegando a entregar-se à morte para introduzir os homens no reino da vida. A grande afirmação desta leitura é o fundamento de nossa fé cristã: Cristo nos é mandado pelo Pai para livrar-nos do pecado. Pela graça de Deus, ele experimenta a morte em benefício de todos (V.9). Mas de que modo o faz? Por sua dupla realidade de verdadeiro homem e de verdadeiro Filho de Deus. Como verdadeiro homem, torna-se nosso irmão: “não se envergonha de chamá-los irmãos”. Como verdadeiro Filho de Deus, intercede eficazmente junto ao Pai por todos os seus irmãos. Sacerdote separado dentre os homens, realiza um sacrifício de expiação pelos homens. Pelo batismo, nós também começamos a formar parte da família dos filhos de Deus que é a Igreja. (deusunico.com)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,2-16
Naquele tempo, alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!”

Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E, se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.

Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O divórcio, prática comum na época, foi fortemente condenado por Jesus. Baseados na Lei mosaica, os maridos não tinham escrúpulos de se desfazer das próprias mulheres, mesmo por motivos banais. Os fariseus, com más intenções, sondaram Jesus para saber a opinião dele a esse respeito. No fundo, queriam saber como ele se posicionava diante da Lei: se a respeitava e se submetia a seus ditames, ou não. A resposta de Jesus não permitiu aos fariseus concretizar seu intento. O Mestre retomou o relato da criação, fundamento bíblico do matrimônio, e explicitou o projeto de Deus a partir daí. Segundo a vontade divina, ele consiste numa união tão profunda entre homem e mulher, a ponto de atingir o auge da comunhão. Aí, a diversidade é superada por uma unidade indissolúvel, representada pela expressão: "serão os dois uma só carne". Na raiz desta união está o Pai. Ele é quem une. E o que for unido por ele não poderá dissolver-se. Em última análise, Jesus estava afirmando que, quando se dá o divórcio, é porque, de fato, não houve matrimônio. Um homem que se sente à vontade para mandar embora sua mulher é porque não chegou a formar com ela uma só carne. Quando, porém, Deus une homem e mulher nada e ninguém tem o direito de desuni-los. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Enquanto os seguidores têm sede de conhecer um pouco mais sobre a Boa Nova, os fariseus distanciam-se cada vez mais da graças por não verem Jesus como filho de Deus, e sim apenas alguém que põe em risco o sistema excluidor e opressor. Como sempre o tiro sai pela culatra, os fariseus ao tentarem fazer com que Jesus entre em contradição, na verdade dão a ele a oportunidade de demonstrar a hipocrisia dos governantes, e reforçar a Lei de Deus. Os fariseus que tanto pregão o cumprimento da Lei, estão se deixando conduzir por uma permissão de Moises (diga-se de passagem, forçada), em detrimento da ordem maior que está contida nos vv.6-9. Finalizando Jesus aproveita para alertar a todos os que desta permissão fazem uso: “cuidado para não ferir o sexto Mandamento”. Você lembra qual é? Jesus continua sua catequese insistindo na linha de pensamento de que não devemos barrar o acesso de quem quer que seja ao Reino de Deus (a Igreja pertence a todos que desejam viver sob o Senhorio de Jesus). Somente a Bíblia Ave-Maria traz no v.15 o acréscimo “Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus ‘com a mentalidade’ de uma criança, nele não entrará." Desta feita direciona o pensamento para um único ponto; para merecer o Reino temos que “ser como crianças”: “puras, verdadeiras, simples, dependentes...”. Já as outras versões abrem espaço para outra afirmação: “para merecermos o Reino temos que acolhê-lo como se acolhe uma criança”, ou seja, com docilidade, amor, zelo... Marcos é o único evangelista a relatar que Jesus “abraçava e abençoava” (v.16), mas faz sentido já que ele escreveu com a finalidade de responder a pergunta: “Quem é Jesus?”. Assim descreve que Jesus é aquele que acolhe, ama e educa a todos sem distinção. (Ricardo e Marta / Catequese Cristã Católica)

FAÇA SEU PEDIDO DE ORAÇÃO


SANTO DO DIA:
Hoje se omite a memória
São Francisco de Assis - 04 de outubro

INTENÇÕES PARA O MÊS DE OUTUBRO:

Universal: Tráfico de pessoas - Para que seja erradicado o tráfico de pessoas, a forma moderna de escravidão.

Pela Evangelização: Missão na Ásia - Para que, com espírito missionário, as comunidades cristãs do continente asiático anunciem o Evangelho a todos aqueles que ainda não o conhecem.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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