quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Pornografia, como defender os filhos

“Um inimigo oculto e ardiloso: 
como defender seus filhos da pornografia”

Em toda a história das telecomunicações, jamais houve tanto material indecente e obsceno tão facilmente acessível a tantos menores em tantos lares com tão poucas restrições.

A pornografia toma conta, atualmente, de nada menos que 12% da internet, com mais de 25 milhões de sites que arrecadam mais de 5 bilhões de dólares por ano. A pornografia é hoje considerada quase uma prática comum.

Ela começa a ser consumida aos 11 anos de idade, em média, e tem passado a formar as ideias que os adolescentes e os jovens adultos desenvolvem sobre a intimidade sexual. 

E antes que você me diga que o seu filho não anda vendo pornografia, leve em consideração o seguinte: o conteúdo pornográfico não é produzido por pervertidos que vivem em becos escuros e afastados, vendendo fotos de gente nua para homens velhos e imundos que se embrenham por essas regiões decadentes das cidades.

A pornografia é produzida por empresas que lucram milhões e milhões de dólares e que têm total interesse em capturar através da internet a atenção das crianças. Das suas crianças.

Duas semanas atrás, um homem de destaque na Igreja entrou em contato comigo. O filho adolescente dele tinha lhe confessado que, ao longo do ano anterior, havia procurado pornografia regularmente na internet.

Esse homem comentou comigo: “Eu digo o tempo todo para os pais que é muito necessário eles protegerem seus filhos, monitorarem, usarem software de filtragem de conteúdos. Mas eu nunca fiz isso!”.

Eu ouço afirmações desse tipo com bastante frequência.

Por isso, quero sugerir seis coisas que você tem que começar a fazer para proteger os seus filhos da pornografia:

1. Conscientize em primeiro lugar a si mesmo

Informe-se e entenda com clareza os perigos da pornografia. Há estatísticas alarmantes sobre a quantidade de material pornográfico ao alcance de qualquer criança que tem acesso à internet. Há bons estudos sobre as consequências tremendamente negativas da pornografia para a saúde afetiva, sexual, psicológica e até física de quem se deixa viciar por ela.

Se não estiver plenamente convencido de que a pornografia é devastadoramente prejudicial para qualquer pessoa, e muito mais ainda para as crianças, você não poderá se motivar a proteger a sua família contra ela.

2. Converse com os seus filhos sobre a pornografia

Martin Daubney, ex-profissional da indústria pornográfica, escreveu o seguinte depois de pesquisar como a pornografia afeta a mente e a vida das crianças:

“Assim como muitos pais, eu temo que a infância do meu filho seja roubada pela pornografia. Nós temos que contra-atacar. Por mais desagradável que seja, nós somos a primeira geração que vai ter que conversar a sério com os seus filhos sobre a pornografia. Nós temos que dizer aos nossos filhos que o sexo pornográfico é falso e que o sexo real envolve amor, não luxúria. Se falarmos com eles, eles ainda terão uma chance. Mas se desviarmos o olhar sem encarar o problema, estaremos enganando apenas a nós mesmos”.

3. Use meios de proteção adequados

Você pode e deve usar a tecnologia a seu favor para bloquear o acesso dos seus filhos a imagens e vídeos pornográficos. Há sites que uma criança (ou qualquer outra pessoa) não tem por que visitar.

E existem formas tecnológicas de evitar que as crianças encontrem esses sites por acidente (ou de propósito).

Quando converso com os pais sobre a natureza destrutiva da pornografia, eu nunca pergunto se eles usam filtros de internet e programas de monitoramento em seus computadores, telefones e tablets.

Eu pergunto qual é o filtro de internet e qual é o software de monitoramento que eles usam. Em outras palavras: se você quer proteger os seus filhos da pornografia, usar filtros e programas de monitoramento não é uma opção. É uma obrigação.

4. Saiba exatamente o que os seus filhos visitam na internet

Os pais têm que ter informações precisas sobre o que os seus filhos estão fazendo online. Você tem que monitorar todos os sites que eles acessam na internet, todas as escolhas que eles estão fazendo ao navegar na grande rede.

Esta é a diferença entre um software de monitoramento e um simples filtro de conteúdo. Os filtros bloqueiam os conteúdos impróprios, mas não lhe dizem o que os seus filhos visitaram online e que tipo de conteúdo eles procuraram nos campos de busca.

Esse tipo de relatório é fornecido pelos programas de monitoramento.

5. Fale regularmente com os seus filhos

Não é suficiente você saber que tem que conversar com os seus filhos sobre pornografia.

Você precisa de um lembrete regular para garantir que vai mesmo ter essas conversas com a frequência oportuna.

Para a maioria dos pais, é fácil deixar passar semanas ou meses sem uma única conversa sobre o que as crianças estão fazendo na internet.

6. Fale com os outros pais

Você permitiria que os seus filhos fossem brincar na casa de um amigo cujo pai mantém pilhas e mais pilhas de revistas pornográficas espalhadas pelo quarto ou pelo escritório?

Pois bem, a mesma precaução tem que valer para os pais de amigos do seu filho que mantêm toneladas de pornografia livremente acessível ao alcance de um clique, por simples falta de filtros de conteúdo.

Se na casa dos amiguinhos do seu filho não existem as proteções adequadas nos computadores, nos consoles de jogos, nos telefones celulares etc., então existe uma grande chance de que o seu filho fique exposto à pornografia.

Eu, pessoalmente, não permito que o meu filho vá brincar na casa de amigos que não possuem uma boa filtragem em todos os dispositivos da família.

Fonte: aleteia.org - aascj.org.br
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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