Em 323 o imperador Constantino começou a construir a
basílica de São Pedro, atendendo a apelos de sua mãe, Santa Helena. Ela foi construída
no local onde São Pedro foi sepultado. Durante dois séculos foi preservada sua
concepção original. Depois a construção foi se deteriorando.
As grandes basílicas foram construídas no período que vai de
Constantino a Justiniano. A Basílica de São Paulo extramuros localiza-se ao
longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2
km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fora
dos muros, extramuros.
A dedicação da basílica de São Pedro foi feita pelo papa
Silvestre, cujo pontificado ocorreu de 314 a 335. A basílica de São Paulo foi
dedicada pelo papa Siricio, que pontificou de 384 a 399.
Hoje celebramos a Dedicação dessas duas basílicas.
A atual Basílica de São Pedro em Roma foi consagrada pelo
Papa Urbano VIII em 18 de novembro de 1626, aniversário da consagração da
Basílica antiga. Sua construção durou 170 anos, sob a direção de 20 Papas. Está
construída na colina do Vaticano sobre o túmulo de São Pedro, que neste monte foi
martirizado, crucificado de cabeça para baixo e ali mesmo sepultado. O
Imperador Constantino construiu ali a primeira basílica em 323. Essa Igreja
permaneceu sem modificação durante séculos. Junto a ela foram sendo construídos
os edifícios que pertenciam aos Sumos Pontífices, que a foram embelezando.
Logo depois do desterro em que os Papas foram mantidos em
Avignon, o Papa começou a viver junto à Basílica de São Pedro (até então
viveram no Palácio junto à Basílica de Latrão). Desde esse tempo tornou-se a
Basílica mais conhecida em todo o mundo. Não há outro templo no mundo que se
iguale a ele em extensão. Sua beleza é impressionante. Nela trabalharam
artistas como Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini
Hoje recordamos também a Consagração da Basílica de São Paulo,
que está do outro lado de Roma, a 11 km de São Pedro, num local chamado “as
três fontes”, porque a tradição conta que ali foi cortada a cabeça de São
Paulo, que ao cair, bateu três vezes no solo, brotando em cada um desses
lugares uma fonte (e ali estão as três fontes).
A antiga Basílica de São Paulo foi construida pelo Papa São
Leão Magno e pelo Imperador Teodósio. Em 1823 foi destruída por um incêndio.
Com esmolas de todo o mundo foi construída a nova, sobre o modelo da antiga,
maior e mais bela, que foi consagrada pelo Papa Pio IX em 1854. Nos trabalhos
de reconstrução encontrou-se um sepulcro muito antigo (anterior ao sec. IV),
com esta inscrição: “Paulo, Apóstolo e Mártir”.
Estas Basílicas nos recordam como foram generosos os
católicos de todos os tempos para que nossas igrejas fossem as mais belas. E o
zelo que devemos ter pela casa de Deus.
BASÍLICA DE SÃO PEDRO
A Basílica de São Pedro (em latim Basílica Sancti Petri, em
italiano Basílica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano,
tratando-se da maior das igrejas do cristianismo e um dos locais cristãos mais
visitados. Cobre um área de 23000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode
albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É
o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo sua cúpula uma
característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 340 estátuas
de santos, mártires e anjos. Situada na Praça de São Pedro, sua construção
recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade,
tais como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.
Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São
Pedro (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o
primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta
razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste
local. Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo,
inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram
aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edifício
sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de novembro
de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um
famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações
históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu
período artístico.
A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas
patriarcais de Roma, sendo as outras a Basílica de São João de Latrão, Santa
Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente à crença popular, São Pedro
não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo. Embora a Basílica de
São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João
de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do
Papa, pois a maioria das cerimônias papais são realizadas na Basílica de São
Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a
localização privilegiada no Vaticano.
O TÚMULO DE SÃO PEDRO
Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do
primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico de Atos dos
Apóstolos que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um
pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus e foi de
grande importância na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro “Petrus” em
latim e “Petros”, em grego, decorrente de “Petra”, que significa “pedra” ou
“rocha” em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos,
viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi
executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo
crucificado de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no
Circo de Nero.
Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do
Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu
local de morte. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra
vermelha, símbolo de seu nome, mas sem sentido para os não-cristãos. Um
santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos
anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao longo deste
sítio.
A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no
subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com
remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a
terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a
equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que
seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de
grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa “Pedro está
aqui”.
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos
de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido
púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de São
Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela
arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se
comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada
dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador
romano Valeriano em 257.
BASÍLICA DE SÃO PAULO EXTRAMUROS
A Basílica de São Paulo Extramuros, (it.: Basílica di San
Paolo fuori le mura) ou Basílica de São Paulo Fora de Muros é, em dimensões, a
segunda maior basílica católica de Roma, só superada pela Basílica de São Pedro
na Cidade do Vaticano. É uma das quatro basílicas patriarcais.
O Arcebispo Francesco Monterisi, Núncio Apostólico Emérito
da Itália, é o atual Arcipreste da basílica, nomeado em 2009, pelo Papa Bento
XVI.
A Basílica de São Paulo Extramuros localiza-se ao longo da
Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da
Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le
mura (fora do muros, extramuro).
No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é
onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do
santo se encontra debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão
houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do
século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para
obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa.
A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e
altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as
quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do
século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino.
A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o
mosteiro, não fazem parte da República Italiana mas são propriedades da Santa
Sé.
TÚMULO DE SÃO PAULO
Desde 2002 foram efetuadas escavações arqueológicas na
basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica.
O túmulo – que já em 390 se acreditava ser de São Paulo –
tem inscrita a frase “PAULO APOSTOLO MART” (Paulo, apóstolo mártir), apresenta
uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um
sobre o outro.
A sepultura do apóstolo deverá ser exposta na Basílica. O
Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido
aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a
uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que
tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.
O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se
trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que
“isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos
restos mortais do Apóstolo Paulo”.
Fonte: sacrificiovivoesanto.wordpress.com/2011/11/18/festa-da-dedicacao-das-basilicas-de-sao-pedro-e-sao-paulo/
Foto retirada da internet
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