4º Domingo do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória - Creio - Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona:
Salmo 105,47 - Salvai-nos,
Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que
celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor.
Oração do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e
amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro do Profeta Jeremias 1,4-5.17-19
Nos dias de Josias,
rei de Judá, foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: “Antes de formar-te
no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te
consagrei e te fiz profeta das nações.
Vamos, põe a roupa
e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas
medo, senão eu te farei tremer na presença deles.
Com efeito, eu te
transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de
bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos
sacerdotes e ao povo da terra; eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão,
porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor. - Palavra do Senhor.
Comentário: Jeremias recebe a missão de
anunciar o esfacelamento de toda uma estrutura social, a fim de assentar os
alicerces de uma nova sociedade. A missão será difícil, mas Jeremias não deve
temer, pois Deus está com ele. A fraqueza humana não é obstáculo para Deus.
Todo instrumento frágil torna-se eficaz na sua mão. O Senhor pede a Jeremias
obediência, disponibilidade e plena confiança, mas promete assistência contra
as adversidades e violências de seu ministério. O profeta, segundo Moisés, não
se apresenta ao povo com suas palavras, mas com as de Deus. Jeremias é o arauto
da mensagem de Deus, mas quem anuncia tem o dever de percorrer o caminho antes
dos outros, ainda que seja perigoso. A vocação de Jeremias propõe o problema de
“nossa” vocação. A todos Deus oferece a possibilidade de ser, de diversas
maneiras, “suas testemunhas”, porque ele diz a cada um de nós: “Antes de te
formar no ventre materno, eu te conhecia” .Quem veste longa túnica flutuante, a
cinge (coloca o cinto) para o trabalho ou para a luta. Quando a perseguição
cerca por fora, surgem por dentro os medos que paralisam; o profeta deve
superá-los confiando em Deus. Se falhar na confiança, ficará invadido de medos
que se multiplicam, como que atiçados por Deus. Três comparações expressivas:
“cidade-forte”, “coluna”, “muralha”: cairá a cidade, abrirão brecha na sua
muralha, derrubarão suas colunas, mas o profeta resistirá, porque a mão do
Senhor está com ele. (deusunico.com)
Salmo:
70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17
(R.15ab) Minha boca anunciará todos os dias, vossas graças incontáveis, ó
Senhor.
Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:
que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e
libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
Sede uma rocha protetora para mim, um
abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu
refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
Porque sois, ó Senhor Deus, minha
esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes
que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
Minha boca anunciará todos os dias vossa
justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude,
e até hoje canto as vossas maravilhas.
Segunda
Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12,31-13,13
Irmãos: Aspirai aos
dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente
superior. Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não
tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se
eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não
tivesse caridade, eu não seria nada. Se eu gastasse todos os meus bens para
sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse
caridade, isso de nada me serviria.
A caridade é
paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; não faz
nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda
rancor; não se alegra com a iniquidade, mas se regozija com a verdade. Suporta
tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. A caridade não acabará nunca. As
profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.
Com efeito, o nosso
conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. Mas, quando vier o que
é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como
criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei
adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho,
confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora conheço apenas de modo
imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. Atualmente, permanecem
estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade. - Palavra do Senhor.
Comentário: O caminho que ultrapassa a
todos os dons e ao qual todos os membros da comunidade devem aspirar é o amor.
"Deus é amor" (1Jo 4,8), Jesus é o enviado do amor (Jo 3,16), e o
centro do Evangelho é o mandamento do amor (Mc 12,28-34), que sintetiza toda a
vontade de Deus (Rm 13,8-10). O amor é a fonte de qualquer comportamento
verdadeiramente humano, pois leva a pessoa a discernir as situações e a criar
gestos oportunos, capazes de responder adequadamente aos problemas. Os outros
dons dependem do amor, não podem substituí-lo, e sem ele nada significam. O
amor é a força de Deus e também a força da pessoa aliada a Deus. É a fortaleza
inabalável que sustenta o testemunho cristão, pois "tudo desculpa, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta". O amor é eterno e transcende tempo e
espaço, porque é a vida do próprio Deus, da qual o cristão já participa. É
maior do que a fé e a esperança, que nele estão contidas. (deusunico.com)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,21-30
Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a
dizer: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Todos
davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto
que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis
o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o
que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em verdade eu vos
digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no
tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e
houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto,
a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na
Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.
Quando ouviram estas palavras de
Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da
cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava
construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando
pelo meio deles, continuou o seu caminho. -
Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
não se deixou levar por um otimismo ingênuo, enquanto exercia seu ministério.
Juntamente com a euforia e a empolgação populares, diante de seus gestos de
poder, havia também a crítica contumaz de seus adversários. Não só! Seus
conterrâneos de Nazaré viam com suspeita o que acontecia em torno dele, e se
opunham a tudo aquilo. A experiência dos antigos profetas de Israel ajudou
Jesus a compreender que sua situação não era novidade para ele. O povo
costumava rejeitar os profetas enviados por Deus, para chamá-lo à conversão.
Assim aconteceu com os grandes profetas: Elias e Eliseu. Portanto, o desprezo
sofrido por Jesus podia, de certa forma, ser esperado. No caso dele, porém, a
rejeição resultou de um preconceito, pelo fato de ser "filho de
José". Logo uma pessoa assaz conhecida. Contudo, a raiz do fechamento
diante da pregação dos profetas está, principalmente, na recusa a acolher o seu
apelo à conversão. O povo prefere continuar no caminho fácil do pecado e da
infidelidade, a submeter-se à mudança de vida, como Deus quer. Ou então, calar
a voz incômoda que o questiona, a deixar-se tocar por ela. Os habitantes de
Nazaré preferiram esse caminho fácil, e tentaram precipitar Jesus do alto de um
monte. Ele, porém, sem se intimidar, passando pelo meio deles, prosseguiu seu
caminho. Desta forma, não se deixou bloquear pelo desprezo dos seus próprios
conterrâneos. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Jesus
de Nazaré acaba de anunciar a seus compatriotas que chegara o “ano da graça do
Senhor”, oferecido “de graça” aos pobres de Yahweh. Em lugar de júbilo e
alegria, a reação de seus ouvintes é de ira e furor. Certamente, não se sentem
pobres. Não era para eles a antiga profecia... As promessas falavam de um
Messias que seria enviado aos pobres, acudindo aos órfãos, às viúvas e ao
estrangeiro (cf. Is 1,17; 66,2; Os 14,3). No entanto, quando se anuncia a
ternura de Deus pelos pobres, até a classe média (que não é rica, a rigor) se
sente incomodada. Talvez não se sintam pobres... E por isso, sentem-se
excluídos... Ora, somos todos pobres. O rico que não tem fé é pobre. O pobre que
se revolta com sua pobreza, também é. O idoso que vai perdendo a força e a
saúde, eis o pobre! O milionário que só conta consigo mesmo, como é pobre! Se o
pobre que confia em Deus é rico, o homem rico que se tranca a sete chaves com
medo do ladrão, pobrezinho!... Frei Raniero Cantalamessa fala de “ricos no
tempo e pobres na eternidade”, quando nossos tesouros são apenas as riquezas
que passam, e não os valores eternos. Dinheiro, terras e fama, tudo leva o
tempo. Só o amor de Deus permanecerá conosco... Ouvir que Jesus veio para
anunciar a Boa Nova aos pobres devia nos encher de alegria e de gratidão!
Afinal, não podemos salvar a nós mesmos. Não há boa obra que possa comprar-nos
o céu. A salvação será sempre um dom gratuito que manifesta a misericórdia, o “louco
amor” de Deus por nós. Assim sendo, somos pobres: é sobre nós que se derrama o
rico amor de Deus. Já é tempo, pois, de mudar de mentalidade! Nós somos todos
pobres. Somos miseráveis. E é exatamente a nossa miséria que “faz cócegas” na
misericórdia de Deus. Nossa miséria atrai seu olhar de compaixão. Jesus deixou
isto bem claro: quem precisa de médico é o doente; ele não veio para os “justos”,
mas para os pecadores... Assim comenta a Bíblia de Navarra: “Por ‘pobres’ deve
entender-se, segundo a tradição do AT e a pregação de Jesus, não tanto uma
determinada condição social, mas antes a atitude religiosa de indigência e de
humildade diante de Deus dos que, em vez de confiar nos seus próprios bens e
méritos, confiam na bondade e na misericórdia divinas”. (Antônio Carlos Santini
/ Com Católica Nova Aliança)
SANTO DO DIA
Fonte: CNBB - Missal
Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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Jeremias 1, 4-5.17,19.
ResponderExcluirEsta leitura mostra-nos que Jeremias recebe de Jesus a graça de ser discípulo missionário que deve reestruturar uma sociedade onde os valores primordiais eram vida distanciada de Deus.Por ser humano talvez sentiu insegurança, mas Deus já o conhecia, e nos conhece desde o ventre de nossa mãe,sendo claro ao dizer :se tens medo vos farei tremer diante dos homens.Mas Jesus segue dizendo com efeito, te transformarei numa cidade fortificada.Nas entrelinhas podemos ver que Deus fala claramente: se tens fé, serás uma muralha diante dos opressores que se acham grandes reis, mas nada são, porque contra mim não existe força maior.Aquele discípulo missionário,soube se apresentar como um filho obediente que acredita em Deus ,tendo convicção, que só O Divino é maior.Hoje Esse mesmo Jesus faz a pergunta a cada um de nós : Quem somos ? um Jeremias, ou um ateu? Se somos um Jeremias acreditamos em um Pai eterno que nos fortalece, mas se somos um ateu é por sermos cegos para não vê nossa pequinês e precisamos urgentemente tirar nossas vendas. Lindalva Marques da Silva.
Primeira carta de São Paulo aos Coríntios 12,31-13,13 é muito clara. Paulo por ter grande intimidade com Deus,assume sua missão,mostra aquela comunidade e a nós, o quanto é bom saber amar.Retrata em transparência, que de nada adianta falar todas as línguas dos anjos e homens se não existir a caridade. entre linhas diz: que não adianta termos poder, conquistas, privilégios,ganancia,sabedoria humana,ou nos apresentarmos como anjos por nos colocarmos sem pecados,sábios demais dentro de uma visão materialista.Deixa estampado com clareza que tudo isso de nada adianta se não tivermos: fé , esperança e caridade. Ainda explicita que, a caridade é a maior é como se dissesse: ai de nós, se não deixarmos ela internalizar em nossos corações, para resplandecer diante dos irmãos; desta forma seremos galhos secos,onde folhas não brotam ,sementes jamais germinam e se germinar os frutos apodrecem.Melhor seria se não tivéssemos nascido; porque a caridade é amor e o amor possui sonhos porque existe fé. Neste prisma, acreditamos que a caridade não faz distinção,sabe acolher, se alegra quando irmãos sorriem e floresce porque muitos se abraçam, na certeza de uma vida nova e eterna,porque Deus nos acolhe.Depois reconhece que somos imperfeitos, mas virá alguém perfeito, e esse alguém , é "Jesus" perfeição sem limite.
ResponderExcluirLucas 21-30 Jesus em sua cidade, vai a sinagoga dá seu testemunho e é rejeitado por muitos. Ali sofre por desamor daqueles que ainda não acreditavam Nele . Com tristeza talvez diz: o profeta não é bem recebido em sua casa; falava Dele que tudo fez,deu a deus filhos ,mas isso era pouco então Deus O enviou,mas o mundo o rejeitou. Sublime é o que Ele acrescenta:A viúva de sarepta,na Sidonia e Naamã foram curados embora estrangeiros, era como se dissesse:de nada adianta estar em sua própria terra e não acreditar em Deus, porque Ele se alimenta de nossa fé e nós teremos vida, se sentirmos sede de seu amor Lindalva Marques
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