quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Liturgia Diária Comentada 03/02/2016 Quarta-feira

4ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas

Antífona: Salmo 105,47 - Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor.

Oração do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Segundo Livro de Samuel 24,2.9-17
Naqueles dias, disse o rei Davi a Joab e aos chefes de seu exército que estavam com ele: “Percorrei todas as tribos de Israel, desde Dã até Bersabeia, e fazei o recenseamento do povo, de maneira que eu saiba o seu número”. Joab apresentou ao rei o resultado do recenseamento do povo: havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que manejavam a espada; e, em Judá, quinhentos mil homens. Mas, depois que o povo foi recenseado, Davi sentiu remorsos e disse ao Senhor: “Cometi um grande pecado, ao fazer o que fiz. Mas perdoa a iniquidade do teu servo, porque procedi como um grande insensato”.

Pela manhã, quando Davi se levantou, a palavra do Senhor tinha sido dirigida ao profeta Gad, vidente de Davi, nestes termos: “Vai dizer a Davi: Assim fala o Senhor: dou-te a escolher três coisas: escolhe aquela que queres que eu te envie”. Gad foi ter com Davi e referiu-lhe estas palavras, dizendo: “Que preferes: três anos de fome na tua terra, três meses de derrotas diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no país? Reflete, pois, e vê o que devo responder a quem me enviou”. Davi respondeu a Gad: “Estou em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!” E Davi escolheu a peste. Era o tempo da colheita do trigo. O Senhor mandou, então, a peste a Israel, desde aquela manhã até o dia fixado, de modo que morreram setenta mil homens da população, desde Dã até Bersabeia. Quando o anjo estendeu a mão para exterminar Jerusalém, o Senhor arrependeu-se desse mal e disse ao anjo que exterminava o povo: “Basta! Retira agora a tua mão!” O anjo estava junto à eira de Areuna, o jebuseu.

Quando Davi viu o anjo que afligia o povo, disse ao Senhor: “Fui eu que pequei, eu é que tenho a culpa. Mas estes, que são como ovelhas, que fizeram? Peço-te que a tua mão se volte contra mim e contra a minha família!” - Palavra do Senhor.

Comentário: Além de enquadrar uma solidariedade - no mal como na expiação - entre o rei e seu povo (entre um responsável pela comunidade e os que lhe são confiados), o episódio do recenseamento mostra certa "secularização" do governo de Davi, ou seja, a tendência a gerir os negócios do reino segundo os costumes dos outros poderosos. Justamente isto é que lhe foi censurado: comportou-se como se tudo não estivesse nas mãos de Deus, senhor da vida e da morte, como se o registro do potencial humano e econômico lhe garantisse uma segurança demasiado humana, proporcionando-lhe uma sensação de êxito e poder. A ótica de Deus e de seu profeta é bem diversa: ainda que pareça um pouco fora do comum para nós, apresenta-se como a nova visão que perpassa os acontecimentos humanos e faz da história profana uma história sagrada: o Deus da aliança quer e deve ser o único. A tentação de medir o progresso do reino de Deus sempre ronda nossas comunidades: ainda com demasiada frequência, avaliamos as coisas sob o aspecto quantitativo e visível. Quando fazemos estatísticas e levantamentos necessários, não podemos esquecer uma variável misteriosa, mas real, que pode mudar todos os valores dos nossos dados: a graça de Deus. (Missal Cotidiano)

Salmo: 31, 1-2. 5. 6. 7 (R. Cf. 5c) Perdoai-me, Senhor, meu pecado!
Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido. Feliz o homem a quem o Senhor não argúi de falta, e em cujo coração não há dolo.

Então eu vos confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade. E vós perdoastes a pena do meu pecado.

Assim também todo fiel recorrerá a vós, no momento da necessidade. Quando transbordarem muitas águas, elas não chegarão até ele.

Vós sois meu asilo, das angústias me preservareis e me envolvereis na alegria de minha salvação.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,1-6
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele.

Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Muitas vezes, nós nos apegamos apenas à realidade aparente e colocamos a nossa confiança apenas em critérios humanos para a compreensão dessa realidade. Confiamos principalmente nas nossas experiências pessoais e no que as ciências modernas nos ensinam. Tudo isso faz com que tenhamos uma visão míope da realidade, fato que tem como consequência o endurecimento do nosso coração e o fechamento ao transcendente, ao sobrenatural e, principalmente, às realidades espirituais e eternas. Quando nos fechamos ao próprio Deus, simplesmente nos tornamos incapazes de ver sua presença no nosso dia a dia e dificultamos a sua ação, que visa principalmente o nosso bem. (CNBB)

O saber de Jesus deixava admirados os seus conterrâneos. Especialmente quem convivera com ele, durante o longo período de vida escondida em Nazaré, perguntava-se pela origem de tanta sabedoria. Não havia explicação plausível, em se considerando sua origem familiar. Seus pais eram pessoas simples, desprovidas de recursos para oferecer-lhe uma formação esmerada, que o tornasse superior aos mestres conhecidos. Sua pregação, na sinagoga, não dava margem para dúvidas. Ele possuía, de fato, uma ciência elevada, desconhecida até então. Diante desta incógnita, os conterrâneos de Jesus deixaram-se levar pelo preconceito: não é possível que o filho de um carpinteiro, pobre e bem conhecido de todos, possua uma tal sabedoria! Sem dúvida, este preconceito escondia outro elemento muito mais sério. Quiçá desconfiassem que a sabedoria de Jesus fosse de origem espúria, por exemplo, obra do demônio. Em outras palavras: aquilo não parecia ser coisa de Deus. A decisão de desprezá-lo e não lhe dar ouvidos decorre destas explicações. Era perigoso enveredar por um caminho contrário à fé tradicional, desviando-se de Deus. A incredulidade de sua gente deixava Jesus admirado, a ponto de decidir realizar, em Nazaré, poucos milagres. Seu povo perdia, assim, uma grande oportunidade de conhecê-lo melhor, e descobrir, de maneira acertada, a origem de seu saber. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Sabemos que não era reservado apenas aos sacerdotes e doutores da Lei a interpretação dos textos, qualquer homem adulto poderia expressar sua opinião, mas é notório que o medo de se pronunciar e expor seus pensamentos levava o povo a ser taxado de ignorante. Diante da iniciativa de Jesus todos no primeiro momento ficam admirados com sua sabedoria e com seus feitos, mas em seguida vem à rejeição, por quê? Será que o projeto de libertação é novamente jogado ao vento, e desta vez por seus conterrâneos pelo veneno do preconceito e da inveja. “Esse mero carpinteiro”, que conviveu a vida toda conosco, sabemos que “não frequentou escola superior”, “um João ninguém” igual a nós, e “agora quer dá uma de doutor”. A reação de descontentamento de Jesus serve de alerta para muitos nos dias de hoje, que afastam de nossas igrejas ou isolam em um cantinho qualquer, muitos irmãos, pelos mesmos motivos pelo qual o Messias foi rejeitado. - (Ricardo e Marta)

SANTO DO DIA




Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.



Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica


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2 comentários :

  1. ---2 Samuel 24, 2. 9-17.Mostra-nos a história de uma nação onde um líder usa de um recenseamento que representa a ambição, por gerar lucros para uns e miséria a outros,porque está presente o poder de dominação econômica e política.Levando em conta o que foi registrado, podemos observar que Davi, apesar de ser temente a Deus, seu lado humano falou mais alto, não por falta de fé . A Bíblia não relata ,porém podemos imaginar que este servo deixou se poluir, pelo desejo de ter mais e não o de ser mais.O que acontece as vezes conosco. Se ouvirmos as notícias, que por se ampliarem, hoje tornou-se calamidade.A história chega até nós, porque homens desobedeceram a Deus; e nos da exemplo de uma ética corrupta, onde filhos esquecem que possuem a imagem e semelhança de Deus.Se me perguntarem: que imagem e semelhança podemos ter de Jesus, se somos pecadores. Eu vos direi: Por ventura não somos filhos de Deus? E que imagem possui Nosso ´Pai? Imagem santa misericordiosa ,justa. que sabe acolher sem olhar o nosso pecado, desde que aceitemos.Ao olharmos no espelho precisamos ver em nós esse semblante, porque herdamos de um Pai.Se não vejo ; mas meu irmão precisa sentir que irradiamos a justiça,almejamos a santidade embora seja difícil e se somos misericordiosos jamais queremos irmãos escravos ou em vida miserável. Desta forma sim, seremos imagem de Deus; mas para isso precisamos admitir quando erramos. foi o que Davi fez ; ao sentir a dor do próximo, pediu perdão e ajuda de Deus.Não é por acreditar que irmãos pecaram e por sermos pecadores continuaremos estendendo maldição.Desta forma procuramos um bem estar individual que só gera ganância ampliando sofrimentos, porque a maioria se lamenta e a minoria se beneficiam de mesas fartas,prazeres em luxuria, em horas que se acabam, deixando apenas vazios de grandes banquetes infernais.Portanto se somos um Davi que possui amor e tem a digital de Deus, com certeza Jesus será presença em nosso testemunho de vida, porque filhos de Deus somos, e carregamos na mente e coração o desejo de amar. Lindalva Marques da Silva. (Comunidade Cristo Libertador- PA)

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  2. --Marcos 6,1-6 Aqui temos um povo à espera de um libertador, que talvez nasça na casa de famílias, cuja estabilidade seja superior para os homens,porque já se falava em um salvador, alguém sábio poderoso, e chega Jesus, humilde filho de um carpinteiro sem posses, sem faculdades, não cursava teologia, embora jovem já sabia seu papel. Para aquela nação era desafiar escribas, sacerdotes e doutores da Lei, pessoas que se achavam donos de uma lei, retirada de uma tradição, que para eles, jamais poderia ser mudada.Estes se escandalizam e acham impossível alguém ter sabedoria superior à dos profissionais e por sequencia mostrar ações que indiquem a presença de Deus. Para estes torna-se um empecilho que vem da incarnação: como pode Deus fluir de um contexto social.Mas Jesus firme, ensina com sabedoria desmascarando tudo que existe por trás de certas praticas religiosas. Ali já existia maldades,malícia inveja,orgulho devassidão, onde muitos doavam seus bens ao templo ,mas suas famílias passavam miséria, e estes beneficiados enriqueciam, nada mais eram que sepulcro caiados.Hoje não mudou, e Deus passa a ser meio de comércio.Desta forma uns são aceitos e outros rejeitados por não saciarem a sede de doação que enriquece.Podemos ver irmãos disponíveis , sábios em grandeza de Deus,mas descartados sem direito a presença de destaque em grandes festejos,porque são simples e ainda não aprenderam a querer aparecer.Por isso Jesus foi rejeitado,embora por muitos foi visto por ser sabedoria em aluno que não frequentou escolas e mestre que não foi doutor em faculdade material, mas,como filho de um carpinteiro, porque precisava viver meio a homens que pecam sofrem , e que mesmo se achando sábios são leigos em sabedoria limitada, que precisavam e precisam ter um mestre, que tudo sabe, tudo pode, e só por tanto nos amar, se fez homem, participou do sofrimento, por querer sentir nossa dor, embora seja Rei por sabedoria inabalável, para aquele que crer, e escola de amor em exemplo de um servi, por nos considerar suas joias preciosas.Para aquele povo Ele era Jesus o carpinteiro, e para Você, para mim, quem é Ele? Reconhecemos seu valor ou continuamos não dando a mínima importância mesmo Ele estando presente no irmão.Se O reconhecemos vendo-o entre primícias de saber, valorizaremos irmãos e descartaremos o individualismo, porque Ele foi e sempre será exemplo de uma divina justiça. Lindalva Marques da Silva.

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