5ª Semana da Páscoa - 1ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício próprio
Cor: Branco - Ano “C” Lucas
Antífona: Apocalipse 5,12 O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o
poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra, aleluia!
Oração do Dia: Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os
mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos
proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos
15,22-31
Naqueles dias, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, de
acordo com toda a Comunidade de Jerusalém, escolher alguns da Comunidade para
mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos
irmãos. Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os
anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em
Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. Ficamos sabendo que alguns dos
nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito.
Eles não foram enviados por nós. Então decidimos de comum acordo, escolher
alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos
Barnabé e Paulo, homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor
Jesus Cristo. Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão
a mesma mensagem. Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor
nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: abster-se de carnes
sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das
uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”
Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia,
reuniram a assembleia e entregaram a carta. A sua leitura causou alegria, por
causa do estímulo que trazia. - Palavra do Senhor.
Comentário: As decisões do concílio de
Jerusalém, contidas na carta enviada aos irmãos de Antioquia, constituem o
epílogo de uma controvérsia de que sai a Igreja reforçada na comunhão,
purificada na prática; mais dinâmica e eficiente na ação apostólica. O encontro
da Igreja com os pagãos (de ontem e de hoje) obriga-a sempre a um esforço de
purificação, de busca do essencial; numa palavra, de fidelidade a seu Senhor e
fundador. Só uma Igreja missionária é viva, criativa fiel a si mesma. Uma
Igreja que defende suas posições internas sem ardor nem audácia é uma Igreja em
decomposição. A presença constante e ativa do Espírito preserva a Igreja desse
processo de morte, e impele-a sempre a novas direções. A consciência da Igreja
de ter consigo o Espírito (v. 28) não supõe nem pretende para ela o monopólio
da verdade (notar certo conceito material de infalibilidade), mas a certeza de
que, entre os erros e deficiências, ele permanece substancialmente fiel à
mensagem de Cristo, seu fundador. (Missal Cotidiano)
Salmo: 56, 8-9. 10-12 (R.
10a)
Vou louvar-vos,
Senhor, entre os povos.
Meu coração está pronto, meu Deus, está
pronto o meu coração! Vou cantar e tocar para vós: desperta, minh'alma,
desperta! Despertem a harpa e a lira, eu irei acordar a aurora!
Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos,
dar-vos graças, por entre as nações! Vosso amor é mais alto que os céus, mais
que as nuvens a vossa verdade! Elevai-vos, ó Deus sobre os céus, vossa glória
refulja na terra!
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São João 15,12-17
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Este é o
meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem
amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se
fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo
não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer
tudo o que ouvi de meu Pai.
Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos
escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto
permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto
é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
não quer que nós sejamos seus servos, mas seus amigos. O servo trabalha em
função do seu salário e não tem nenhum compromisso com o seu senhor além do
vínculo do trabalho. O amigo é comprometido com o outro, acredita nos seus
valores e luta com ele na conquista de um ideal comum. Assim, quando Jesus nos
chama de amigos, ele quer dizer que está compromissado conosco na construção do
ideal do Reino de Deus e quer que todos nós também sejamos seus amigos,
comprometidos com ele na construção da civilização do amor. (CNBB)
O
mandamento que Jesus deixou aos seus discípulos, por ocasião de sua partida
para o Pai, consiste no amor mútuo, a exemplo do que ele mesmo praticara. Como
foi este amor? Foi um amor livre e gratuito. Jesus amou os discípulos,
acolhendo livremente a iniciativa do Pai, em cujas mãos entregara a sua vida.
Seu amor foi gratuito. Não dependeu do reconhecimento dos discípulos para se
tornar efetivo. Apesar das infidelidades, da dureza de coração e dos contínuos
mal-entendidos, o amor de Jesus por eles se manteve inalterado. Foi, também, um
amor oblativo. Doou-se aos discípulos, partilhando com eles tudo quanto possuía
– seus conhecimentos, sua missão, sua filiação divina –, sem nada reter. Toda a
existência de Jesus pode ser definida como uma total doação. Foi um amor
radical. Jesus não ficou a meio-caminho, nem colocou limites à sua disposição
de amar. Por isso, dispôs-se a dar a maior prova de amor que consiste em
entregar a própria vida em favor do próximo. Sua morte de cruz deixou patente a
radicalidade de seu amor pela humanidade. Foi, enfim, um amor divino e humano.
Os gestos de amor de Jesus eram a encarnação do amor de Deus pela humanidade.
Contemplando sua maneira de amar, chega-se a compreender como o Pai nos ama. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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