quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ao errar, não deixamos de ser filhos de Deus - Papa Francisco

A parábola do Pai Misericordioso

O filho mais novo vai embora de casa. Ao voltar, o pai não se mostra ressentido pela grave ofensa mas, ao contrário, tem somente sentimentos de alegria por recuperar o filho perdido. Isso, nos ensina que a nossa condição de filhos de Deus não depende dos nossos erros ou acertos, mas é fruto do amor do coração do Pai.

Amor incondicional

Penso nas mães e nos pais apreensivos quando veem os filhos se afastarem por estradas perigosas. Penso nos párocos e nos catequistas que, às vezes, se perguntam se o seu trabalho foi em vão. Mas penso também em quem se encontra na prisão e pensa que sua vida acabou; aos que fizeram escolhas erradas e não conseguem olhar para o futuro; a todos aqueles que têm fome de misericórdia e de perdão e acreditam não merecê-la… Em qualquer situação da vida, não devo esquecer que jamais deixarei de ser filho de Deus, de um Pai que me ama e aguarda o meu retorno. 

Já o filho mais velho se vangloria de ter ficado ao lado do pai e tê-lo servido; mas não viveu com alegria esta proximidade. Mostra que a lógica da recompensa nos faz ignorar que não permanecemos na casa do pai para que se obtenha algum benefício, mas por termos a dignidade de filhos que compartilham as responsabilidades do pai.

Lógica de Cristo

O filho menor pensa que merece um castigo por causa dos próprios pecados, já o filho maior esperava uma recompensa pelos seus serviços. Os dois irmãos não falam entre si, vivem histórias diferentes, mas raciocinam ambos segundo uma lógica estranha a Jesus: comportando-se bem, recebe um prêmio, comportando-se mal, é punido. “Esta não é a lógica de Jesus”.

Esta lógica é subvertida pelas palavras do pai: é preciso fazer festa porque teu irmão voltou. Sem o menor, também o filho maior deixa de ser um “irmão”. “A maior alegria de um pai é ver que os seus filhos se reconhecem irmãos”:

Os filhos podem decidir se unirem-se à alegria do pai ou rejeitar. E a parábola termina deixando o final suspenso: não sabemos o que o filho maior decidiu. E este é um estímulo para nós. Este Evangelho nos ensina que todos necessitamos entrar na casa do Pai e participar da sua alegria, da festa da misericórdia e da fraternidade. Abramos o nosso coração, para ser “misericordiosos como o Pai!”

Papa Francisco

Fonte: Rádio Vaticano
(Trechos extraídos da matéria “Papa: ao errar, não deixamos de ser filhos de Deus)
br.radiovaticana.va/news/2016/05/11/papa_ao_errar,_n%C3%A3o_deixamos_de_ser_filhos_de_deus/1228932
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.



Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica


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