sábado, 14 de maio de 2016

Liturgia 16/05/2016 Segunda-feira 7ª Semana do Tempo Comum

Primeira Leitura: Carta de São Tiago 3,13-18

Caríssimos, quem dentre vós é sábio e inteligente? Que ele mostre, por seu reto modo de proceder, a sua prática em sábia mansidão. Mas se fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade, não vos glorieis nem procedais em contradição com a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista, diabólica! Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcial idade e sem fingimento. O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz. - Palavra do Senhor.


Comentário: A língua e as palavras, especialmente quando usadas com ares de quem quer erigir-se mestre sem razões para sê-lo, ou para acusar injustamente os irmãos, estraçalham a união entre os homens e dentro da Igreja. Deve haver liberdade de palavra na Igreja, mas não para ferir a caridade. Pode acontecer que a prontidão para falar, ensinar, contestar; supere de muito a de escutar; receber e praticar a palavra de Deus. O silêncio, a meditação e a atuação da palavra são hoje mais necessários do que nunca, mesmo para libertar-nos da alienação das palavras e das mensagens em demasia, estas frequentemente corrosivas e dispersivas, que investem contra nós de todo lado. (deusunico.com)

Salmo: 18(19),8. 9. 10. 15 (R. 9a)

Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

É puro o temor do Senhor; imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu rochedo e redentor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 9,14-29

Naquele tempo, descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da lei estavam discutindo com eles. Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. Jesus perguntou aos discípulos: "O que discutis com eles?" Alguém da multidão respondeu: "Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito. Mas eles não conseguiram".

Jesus disse: "Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei que suportar-vos? Trazei aqui o menino". E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca. Jesus perguntou ao pai: "Desde quando ele está assim?" O pai respondeu: "Desde criança. E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos". Jesus disse: "Se podes!...Tudo é possível para quem tem fé". O pai do menino disse em alta voz: "Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé". Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele". O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu.

O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: "Ele morreu!" Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé. Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: "Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?" Jesus respondeu: "Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração". - Palavra da Salvação.

Comentários:

Todos nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a sua superação. (CNBB)

Como entender a reação enérgica de Jesus, quando alguém lhe disse que os discípulos não foram capazes de expulsar um espírito mudo, que infernizava a vida de um menino? Eles foram chamados de "raça incrédula", incapaz de realizar a missão confiada por Jesus, por pura falta de fé. Se foram enviados para expulsar os demônios, por que hesitaram neste caso concreto? Só porque o demônio se mostrava tão feroz? O desabafo de Jesus estava carregado de evocações. Lembrava o povo de Israel no deserto, quando foi incapaz de perceber o amor salvífico que Deus lhe manifestara de tantos modos. Agindo desta forma, colocaram Deus e seu enviado sob suspeita. No episódio evangélico, pode ter havido falta de fé nos discípulos, quando se viram diante de um caso difícil de possessão demoníaca. Devem ter duvidado do poder recebido do Mestre, julgando-o insuficiente para resolver aquela situação. Por sua vez, o pai do menino possuído pelo espírito mudo deve ter desconfiado do poder dos apóstolos, preferindo recorrer diretamente a Jesus. De onde a impossibilidade de o milagre ser realizado. A confissão do pai - "Creio, Senhor! Mas aumenta minha fé" - deveria ter sido feita também pelos discípulos, já que também eles necessitavam de fortificar a própria fé, para não serem vítimas da dúvida, nos momentos difíceis de seu ministério. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.



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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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