7ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Salmo 12,6 Confiei,
Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei
ao Senhor pelo bem que me fez.
Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre
o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Carta de São Tiago
4,13-17
Caríssimos, e
agora, vós que dizeis: "Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali
um ano, negociando e ganhando dinheiro". No
entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida amanhã! Com
eleito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. Em vez de dizer: "Se o Senhor quiser,
estaremos vivos e faremos isto ou aquilo", Vós vos gloriais de vossas
fanfarronadas. Ora, toda a arrogância deste tipo é um mal. Assim, aquele que
sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado.- Palavra do Senhor.
Comentário: À medida que o apego à
profissão, à condição social ou ao próprio trabalho se torna um absoluto e um
fim em si na vida espiritual e material do homem e do cristão, já não há lugar
para a atitude de fé. A vida, a atenção a Deus e aos irmãos, a disponibilidade
para fazer o bem, mesmo acima e contra os nossos planos, valem mais que todo o
nosso trabalho e todos os nossos projetos. Como se dissessem: homens de
negócio, homens que dizeis amar a realidade, o concreto, os fatos, atenção! É
bom fazer projetos, mas quem é sábio os submete ao juízo de Deus: se Deus
quiser, se lhe aprouver. (Missal Cotidiano)
Salmo: 48, 2-3. 6-7.
8-10. 11 (R. Mt 5,3)
Felizes
os humildes de espírito porque deles é o reino dos céus!
Ouvi isto, povos
todos do universo, muita atenção, 6 habitantes deste mundo; poderosos e
humildes, escutai-me, ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!
Por que temer os
dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que
temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?
Ninguém se livra de
sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da
própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao
homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
Morrem os sábios e
os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos, e deixam tudo o
que possuem aos estranhos.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Marcos 9,38-40
Naquele tempo, João disse a
Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o
proibimos, porque ele não nos segue". Jesus disse: "Não o
proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem
não é contra nós é a nosso favor". - Palavra da Salvação.
Comentários:
Uma
das maiores dificuldades que podemos encontrar para a compreensão da ação
divina no mundo encontra-se no fato de querermos submetê-la aos nossos
critérios de inteligibilidade, principalmente no que diz respeito à religião
institucional. O que acontece é que muitas vezes o agir divino fica vinculado a
critérios meramente humanos ou a ritualismos que estão mais para prática de
magia, alquimia e bruxaria do que para um relacionamento filial, de confiança e
entrega. Outras vezes, esse agir divino é condicionado ao cumprimento de
princípios legais que determinam se Deus pode agir ou não. Devemos nos lembrar
que o Senhor é Deus e não nós. (CNBB)
Jesus
detectou uma distorção grave no modo como os discípulos consideravam seu
relacionamento com ele. Quando quiseram impedir alguém de expulsar demônios em
nome do Mestre, só porque não fazia parte do grupo de seus discípulos, estes
revelaram estar contaminados por uma mentalidade sectária. Pensavam que só
tinha o direito de fazer o bem, em nome de Jesus, quem os seguia fisicamente. O
erro dos discípulos consistia em querer limitar a condição de servidor do Reino
a um grupo limitado de pessoas, bem identificadas e inseridas numa estrutura
precisa. Quem não pertencia a esse grupo, estava incapacitado a fazer o bem,
pelo menos na qualidade de seguidor de Jesus. O pensamento do Mestre, porém,
era bem outro. Qualquer pessoa tem o direito de fazer o bem em nome dele. Quem
se sente movido a agir assim, dificilmente irá falar mal de Jesus, ou comprometer-lhe-á
a boa fama. Uma boa ação é indício seguro de comunhão profunda com Jesus, mesmo
se a pessoa não tem a possibilidade de pôr-se a caminho com ele. Não era
indispensável ser discípulo como os doze, para alguém ter o direito de agir em
nome do Mestre. Era equivocado pensar que o Reino estava destinado a produzir
frutos somente pela mediação de um pequeno grupo. Pelo contrário, mesmo por
intermédio de quem não se esperava, foi possível manifestar a misericórdia de
Deus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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