sexta-feira, 6 de maio de 2016

Secularização

Secularização significa viver sem Deus, sem religião, porque século significa mundo. Secularização é um estilo de vida, uma cultura, um jeito de viver, sem fé, sem Deus, sem a dimensão espiritual da vida. Viver no mundo, no século e sem transcendência. A medida de tudo é o próprio homem, a razão humana. A isso chamamos de antropocentrismo. A política, a ciência, a economia expulsaram a religião. Deus, além de inútil, virou um estorvo para o homem secularizado. Ele não passa de uma projeção do homem fraco e doentio. A secularização é a indiferença religiosa. Vive-se como se Deus não existisse. O homem “inventou” Deus e agora O ignora e O descarta. Para ele, o lugar de Deus é o exílio. 

A secularização eclipsou (tornou invisível, ofuscou) a Deus, mas criou ídolos vorazes que devoram tudo. A depredação do meio ambiente é consequência do egoísmo globalizado e sem ética que provocou também a atual crise econômica e financeira. Nossa realidade está construída sobre areia. A soberba da razão, a atrofia espiritual, o culto estéril do individualismo, o vazio do coração, o endeusamento do dinheiro, do sexo e do poder são rostos do império do mal e da queda da atual civilização.

Ronda por aí a cultura da morte sob o manto do terrorismo e da violência, e agora, da morte do ser humano eliminado no uso de células-tronco embrionárias, que, na prática, leva à justificação do aborto. Não só se pratica o mal, mas se tenta justificá-lo e transformá-lo em bem e em expressão de progresso.

Secularização hoje é um estilo de vida sem Deus que impõe modelos e critérios consumistas, cujos resultados são: a droga, o fracasso familiar, a erotização da vida, a prática generalizada da corrupção, a banalização da vida do feto e do idoso. A fome não foi exorcizada e aparecem novas pobrezas. Vivemos numa situação de iniquidade social.

A própria secularização faz surgir uma nova religiosidade selvagem, envolvida com interesses financeiros, exorcismos exploradores, atitudes extravagantes, guerras santas; como dizia Santo Agostinho: A necessidade é mãe de todas as coisas. Cresceram as religiões, mas não cresceu o amor a Deus, ao próximo e a transformação do mundo.

O apóstolo Paulo escreve que se vivemos sem Deus, vivemos sem esperança. Estamos no século do medo, reféns da depressão e do vazio existencial. Uma vida sem amor e sem sentido é uma prisão. Essa realidade faz explodir a indústria do divertimento, do armamento, dos desejos insaciáveis, das necessidades desnecessárias, da lógica da força.

A secularização acaba deixando no ser humano a saudade de Deus, do amor do Pai, da misericórdia do Filho, do desejo e da fome da verdade e do bem. Render-se ao amor de Deus é o caminho de uma nova cultura, marcada pela teologia da beleza, pela expressão da alegria e pela espiritualidade da esperança: Convertei-vos e vivereis. Voltar para Deus equivale a reconstruir a civilização do amor. Oxalá, a misericórdia divina, com Sua benevolência, paciência e providência, nos alcance um coração de mãe para termos atitudes filiais com Deus e fraternas com os outros.

A secularização não respeita um dado estrutural do próprio homem que é a religiosidade, o desejo de Deus, a necessidade do sentido, da verdade e do absoluto. Na realidade, o ser humano é mais espiritual que material. É um ser de esperança. Construir um mundo sem Deus é construí-lo contra o homem. O mistério e a fé são fundamentos para a existência. Ajudam a pensar e alargam o alcance da razão. Quando a dimensão religiosa não é resolvida ou foi desrespeitada, a fome de sentido da vida e as perguntas existenciais ficam sem resposta. No lugar da oração, da meditação, da adoração aparecem o vazio, a farra, o álcool, as drogas etc. O homem é um ser religioso. Portanto, é questão de justiça o ensino religioso e a liberdade religiosa. A secularização não constrói o verdadeiro humanismo.

Fonte: Canção Nova
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.



Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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Observação: Os escritos em vermelho fosco não pertencem ao texto original.

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