domingo, 5 de junho de 2016

Evangelho do Dia 12/06/2016 11º Domingo Comum

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,36-8,3

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora".


Jesus disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te dizer". Simão respondeu: "Fala, mestre!" "Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?" Simão respondeu: "Acho que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: 'Tu julgaste corretamente". Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: "Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor". E Jesus disse à mulher: "Teus pecados estão perdoados".

Então, os convidados começaram a pensar: "Quem é este que até perdoa pecados?" Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou. Vai em paz!".

Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Fixemos o nosso olhar em Jesus: acolhe, sente-se comovido pelos gestos de amor de quem tem consciência que pecou, dá vida e dignidade a quem aceita a proposta das suas palavras, dos seus gestos de vida nova. Não é fácil identificar quem seja esta mulher – «uma pecadora» (v. 37) – e que espécie de pecadora era ela, certamente de vida escandalosa. No Ocidente, a partir de S. Gregório Magno, foi habitualmente identificada com Maria Madalena e também com Maria de Betânia, a irmã de Lázaro, com uma única celebração litúrgica no dia 22 de Julho; no Oriente são celebradas como três pessoas diferentes em dias distintos. A nossa última reforma litúrgica, que celebra apenas a Madalena, tendo em conta a tradição oriental e exegese bíblica moderna, deixou de identificar estas figuras como sendo uma só. Com efeito, dificilmente se explica que S. Lucas, ao nomear imediatamente a seguir a este episódio o nome de Maria Madalena entre os que seguiam e serviam a Jesus (8, 2-3), não tenha dito que se tratava desta mesma pecadora; por outro lado, ao dizer que dela tinham saído sete demónios, não parece aludir a uma anterior vida pecaminosa, mas apenas à libertação de muitos males atribuídos ao demónio. A unção de Betânia, antes da Paixão, é contada por Mateus e Marcos e João diz o nome da mulher que ungiu a cabeça do Senhor (não os pés, como aqui): Maria, irmã de Lázaro; Lucas omite o relato desta unção pela sua tendência a evitar duplicados de relatos semelhantes (assim, omite a 2ª multiplicação dos pães). Lembre-se, a propósito, que em nenhuma parte do Evangelho se diz que as prostitutas seguiram Jesus, mas apenas se lê em Mt 21, 31-32, que elas creram na pregação do Baptista e que haviam de ir à frente das autoridades judaicas para o Reino de Deus. A pecadora deste relato é perdoada, mas não se diz que acompanhou Jesus. De qualquer modo, Madalena tornou-se o ícone do pecador arrependido que segue a Jesus até ao fim. 40-47 A parábola dos dois devedores, o de 500 e o de 50 denários. O denário era uma moeda romana com o valor equivalente ao salário de um dia de trabalho. Note-se que, na parábola que Jesus conta a Simão, o amor dos devedores perdoados aparece como consequência do perdão da dívida, ao passo que, nas palavras de Jesus do v. 47, o amor aparece como a causa do perdão: «a quem muito ama muito se lhe perdoa»; trata-se de uma inversão, ao estilo rabínico, discorrendo por alusões, sem se a exigência duma absoluta correspondência na comparação. Esta é a lição que Jesus quer dar: sem amor não há lugar para o perdão dos pecados; e Simão estava falto de amor, como deixa ver nos detalhes que descuidou (vv. 44-46), não obstante a sua aparente generosidade em oferecer um banquete a Jesus. (presbiteros.com)

O contraste entre o comportamento do fariseu Simão e o da pecadora anônima ficou evidenciado na censura de Jesus. Durante um banquete em que este homem convidara o Mestre para uma refeição, fez um julgamento errado a respeito dessa mulher. Seguro de sua santidade, o fariseu olhou com desprezo para a pecadora que se pusera a lavar os pés do hóspede Jesus, com suas lágrimas, e a enxugá-los com seus cabelos, beijá-los e ungi-los com óleo perfumado. O mau juízo de Simão atingiu também a pessoa de Jesus. Se fosse um profeta verdadeiro, saberia que se tratava de uma mulher de má-fama, e recusaria deixar-se tocar por ela. A conivência com o gesto da mulher nivelava-o com ela. Conclusão: Jesus não podia ser o Messias verdadeiro. A reação do Mestre desmascarou o fariseu. Este, além de pensar mal da mulher e de Jesus, não se comportara como exigiam os bons costumes: não ofereceu ao hóspede água para lavar os pés, nem lhe deu o ósculo de acolhida, como sinal de hospitalidade. Essa mulher, no entanto, fizera tudo isso, com o mais profundo amor e humildade. Enfim, sempre movida por amor, a mulher fizera o papel de verdadeira anfitriã. Ela, sim, havia aberto as portas de sua casa - o coração - para acolher Jesus, e tornou-se digna de participar da salvação oferecida pelo Messias Jesus. O fariseu, porém, ficou de fora! (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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