Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 61,9-11
A descendência do meu povo será conhecida entre as nações, e seus filhos se fixarão no meio dos povos; quem os vir há de reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus. Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas joias. Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações. - Palavra do Senhor.
Comentário: Num contexto mais amplo essa passagem nos leva, de fato, a Is 61,1-11. Ela exemplifica mais uma vez a preocupação do profeta com os pobres, preocupação proeminente em Is 58 e 59. Entretanto, a importância da passagem transcende seu contexto historio. Ela apresenta um resumo conciso da missão de um servo de Deus em qualquer época. É missão para elevar a camada inferior da sociedade. O Evangelho de Lucas traz Jesus lendo este texto, com variações mínimas, no início de sua missão (Lc 4,17-19) No versículo 61,11 o mais importante é a bênção da justiça para distinguir a descendência escolhida. A maldição do pecado será anulada (Is 59,9-15); a nova videira dará fruto esperado (Is 5,7); em virtude dela, serão Carvalhos do Justo (Is 61,23). A cidade feita um jardim de justiça, começa a ressoar cânticos de louvor que outros povos escutam; porque o louvor sem a justiça não era aceito. A cidade poderá chamar-se Cidade Fiel (Is 1,26) e as portas, Louvor (Is 60,18) (Missal Cotidiano)
Salmo: 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R. cf. 1a)
Meu coração se regozija no Senhor.
Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca desafia os meus rivais porque me alegro com a vossa salvação.
O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. Os saciados se empregaram por um pão, mas os pobres e os famintos se fartaram. Muitas vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de muitos filhos definhou.
É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem nos humilha e nos exalta.
O Senhor ergue do pó o homem fraco, do lixo ele retira o indigente, para fazê-los assentar-se com os nobres num lugar de muita honra e distinção.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-51
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas.
Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A Igreja, refletindo sobre a mãe de Jesus, foi entendendo, pouco a pouco, toda a verdade desta figura singular. Neste processo, a Igreja chegou a professar que o pecado original, tendo marcado para sempre a história da humanidade, mas não lançou raízes no ser de Maria. Vivendo num mundo de egoísmo, ela não foi contaminada pelo pecado. Esta graça e privilégio, conferidos por Deus à mãe do Salvador, aconteceram por causa de Jesus Cristo. Deus preparou para receber seu Filho, que seria imune da culpa original, um ventre não corrompido pelo pecado. Maria, de certo modo, experimentou, por antecipação, o fruto da ação de seu filho Jesus, que viria ao mundo para salvar a humanidade do pecado. A mãe foi a primeira a tirar partido da missão do Filho. A santidade do Filho Jesus santificou todo o ser da mãe Maria, desde que fora concebida. A proclamação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo" fundamenta a total santidade de Maria. Sendo cheia de graça, nela não podia haver espaço para o pecado e para a infidelidade a Deus. E sua existência, desde o início, só podia ser total comunhão com Deus. Por outro lado, toda a vida de Maria foi marcada pela pessoa de Jesus, a quem estaria ligada desde o momento do anúncio da encarnação. A concepção imaculada é, pois, mais uma maravilha da graça de Deus na vida de Maria. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Afinal, quantos pais tem esse Menino? Recuperado após três dias de sumiço no burburinho da Jerusalém povoada por 150 mil peregrinos (ou até mais, dizem certos exegetas!) que vieram para a Páscoa judaica, ele ouve a queixa materna: “Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” E responde: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo cuidar da casa de meu Pai?” Dois pais, hein? Um pai “de baixo”: pai humano, pai legal, nutrício, putativo, o bom José. E um Pai “de cima”: Deus. Os estudiosos da Bíblia anotam que esta é, nos Evangelhos, a primeira manifestação de que Jesus tinha consciência de ser o Filho de Deus. Não admira que Maria e José ficassem sem alcançar a extensão do significado de sua resposta (Lc 2,50). Mas há outro ponto importante: a resposta do Jesus adolescente, que parece ter passado naquela época pela cerimônia da maioridade – o bar Mitzvah dos judeus -, deixa claro que a relação com os pais “de baixo” fica subordinada à relação com o Pai “de cima”. De fato, o 4º mandamento vem um pouco depois do 1º mandamento. E mais: se não amamos a Deus sobre todas as coisas, como saberemos honrar o pai e a mãe que o próprio Deus nos emprestou? Ah! Senhores pais! Será que Vossas Excelências estão, imprudentemente, tentando educar seus filhos nos valores humanos sem levar em conta os valores do espírito? Será que estão investindo na saúde do corpo e na capacitação intelectual, mas deixam de lado o trabalho de erguer os olhos de seus filhos para o Pai do céu? E ainda esperam que esses pequenos ateus, mais tarde, sejam bondosos e polidos, capazes de cooperação e partilha, solidariedade e sacrifício pessoal? Não se iludam! Basta olhar em volta e ver as tribos de novos bárbaros que picham as paredes, cospem no chão, invadem a faixa de pedestres, assaltam e traficam. Eles cresceram sem Deus. São órfãos espirituais. O mais alto que seus olhos atingem é a cerca elétrica no muro do vizinho... Mas devemos voltar ao texto. “Jesus desceu com eles a Nazaré e era-lhes submisso.” Os filhos de Deus não se rebelam. Enxergam no papai e na mamãe os representantes do Pai do céu. Aliás, a imagem paterna é o primeiro “link” que recebemos para entrar em comunicação com o Pai “de cima”. Se este “link” falhar, teremos problemas. Ah! Se teremos!... (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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