domingo, 5 de junho de 2016

Liturgia 10/06/2016 sexta-feira 10ª Semana Comum

Primeira Leitura: Primeiro Livro dos Reis 19,9a.11-16

Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 'Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar'.

Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 

Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: 'Que fazes aqui, Elias?' Ele respondeu: 'Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus Todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me'.

O Senhor disse-lhe: 'Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar. - Palavra do Senhor.

Comentário: Sustentado por um pão misterioso, Elias chegou ao monte de Deus para revigorar o espírito no lugar onde Deus fez aliança com seu povo. A ele Deus se manifesta, não em fenômenos cósmicos ou elementos naturais (que entretanto dependem dele), numa ostentação de grandiosidade e poder, porém lhe fala numa leve brisa; é a experiência vivida por Moisés (Ex 33,18-23; 34,5b-9). Deus transcende infinitamente todas as coisas, é o inteiramente outro, mas tão vizinho do homem. Para se manifestar a nós, Deus nos chama para fora de nossas limitações humanas, para o campo aberto, e manifesta-se como num sussurro. Não devemos esperar manifestações espetaculares, tão do agrado dos homens; os clamores da praça não são palavra de Deus; ele fala no íntimo de quem se põe e escutá-lo. Como Elias, podemos às vezes pensar que “somente” nós o reconhecemos; também a nós pode ele dizer que tem no mundo grande número de adoradores desconhecidos, fiéis. Unamo-nos a eles na Missa. (Missal Cotidiano)

Salmo: 26(27),7-8a. 8b-9abc. 13-14 (R. 8b)

Senhor, é vossa face que eu procuro!
Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante.

é vossa face que eu procuro, Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador!

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,27-32

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados. (CNBB)

A Lei mosaica tanto proibia o adultério (6º mandamento) quanto desejar a mulher do próximo (9º mandamento). O modo como ambas as proibições eram interpretadas e vividas foi considerado insuficiente por Jesus. Urgia dar um passo além e encontrar uma maneira de pô-las em prática, de forma mais compatível com a vontade de Deus, no tocante ao relacionamento entre as pessoas de sexos diferentes. A severidade dos mandamentos não fechava as portas para a cupidez do coração. Enquanto externamente um indivíduo assumia uma atitude de aparente respeito pela mulher, no seu interior poderia estar dando vazão aos mais perversos pensamentos, dando origem a desejos inconfessos. É neste nível de profundidade que chega a denúncia de Jesus: o comportamento respeitoso com relação à mulher deve começar no mais íntimo do coração. Caso contrário, incorre-se em pecado. Jesus recorreu a duas metáforas para se referir à maneira peremptória com que o discípulo deverá se precaver contra o desrespeito à mulher. Arrancar o olho direito e cortar a mão direita, quando se tornam ocasião de pecado, tendo em vista salvar o corpo inteiro, é sinal de sabedoria. Quem tem o coração cheio de cupidez, sem atinar para o fato de estar desagradando a Deus, e não toma as providências cabíveis, corre o risco de ser severamente julgado. A ética do Reino exige do discípulo um respeito profundo pelas mulheres. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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