sexta-feira, 24 de junho de 2016

Liturgia Diária Comentada 24/06/2016 sexta-feira

12ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício da Solenidade - Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “C” Lucas


Antífona: João 1,6-7; Lucas 1,17 - Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo.

Oração do Dia: Ó Deus, que suscitastes são João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei á vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 49,1-6 

Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, e disse-me: 'Tu és o meu servo, Israel, em quem serei glorificado". E eu disse: 'Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa".

E agora diz-me o Senhor - ele que me preparou desde o nascimento para ser seu servo - que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. Disse ele: "Não basta seres meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra". - Palavra do Senhor.

Comentário: Estamos diante do segundo canto do servo de Javé, poema que fala de uma personagem dificilmente identificável à primeira vista. O trecho, sobretudo nos vv. 1-2, tem muitas semelhanças com a vocação de Jeremias (Jr 1,4-10). É um texto de missão. Inicia com um apelo às ilhas e aos povos distantes para que prestem atenção ao que vai ser dito (v. 1a). Com essa indicação Isaías mostra o horizonte da missão do servo: seu anúncio abrange o mundo inteiro. Em seguida, adotando o esquema da vocação profética, o servo dá a conhecer o plano que Deus tem para ele: “O Senhor me chamou desde o ventre materno, desde as entranhas de minha mãe pronunciou meu nome” (v. 1b). A ligação desse versículo com a vocação de Jeremias é evidente. Em ambos os casos, salienta-se a idéia de que o carinho de Deus precede a capacidade de amar das pessoas. Deus nos ama antes mesmo que tenhamos consciência disso. Salienta-se também que o projeto de Deus é anterior à capacidade de nos comprometermos com resposta madura. Deus preparou seu servo como o guerreiro põe em ordem suas armas de ataque, reservando sua flecha pontiaguda para os momentos difíceis (v. 2). Este versículo mostra por um lado, em que consiste a missão do servo: sua boca é como espada afiada. Trata-se, portanto, de mensagem cortante. O texto não especifica, mas podemos supor que o anúncio irá pôr fim a uma situação de injustiça. O servo é uma flecha de ponta fina e afiada, reservada para os momentos decisivos da luta. Por outro lado, o v. 2 continua mostrando o carinho que Deus tem para com o servo, escondendo-o na sombra de sua mão e guardando-o no estojo das flechas. O servo, portanto, é alguém que Deus ama desde sempre, escolhido como defensor da justiça para tempos difíceis. O v. 3 confere cores mais vivas à missão do servo: “Em ti manifestarei minha glória”. O servo é chamado de “Israel”. Trata-se, provavelmente, da comunidade que voltou do exílio encarregada de reconstruir o país. Eram, em sua maioria, pessoas pobres e despreparadas. Mediante essas pessoas Deus irá manifestar sua glória. Fraqueza, dúvidas e dificuldades sem conta ameaçam o servo-comunidade dos pobres: “Foi em vão que trabalhei, de nada valeu ter consumido minhas forças” (v. 4a). Mesmo assim, encontra forças para lutar: “Meu direito, porém, está nas mãos do Senhor e no meu Deus a minha recompensa” (v. 4b). O v. 6 amplia em dimensões universais a missão do servo-comunidade dos pobres: “Não basta que sejas meu servo… Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação possa chegar até os confins da terra”. Reconstruindo o país sobre os alicerces da justiça os pobres se tornam luz para o mundo inteiro. O servo de Javé é personagem misteriosa. O fato de não ser facilmente identificável mostra que sua missão é proposta aberta. Os que são sensíveis à causa dos empobrecidos dos nossos tempos saberão identificar-se com ele e sua missão, pois o Deus no qual acreditamos escolheu desde sempre os pobres e para sempre os protegerá, fazendo deles a base para uma sociedade justa e fraterna. (Vida Pastoral, Paulus)

Salmo: 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)

Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!
Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.

Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.

Segunda Leitura: Atos dos Apóstolos 13,22-26

Naqueles dias, Paulo disse: "Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: 'Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade'. Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um salvador, que é Jesus.

Antes que ele chegasse, 'João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. Estando para terminar sua missão, João declarou: 'Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias'. Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. - Palavra do Senhor.

Comentário: Os versículos da segunda leitura de hoje pertencem ao discurso de Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia, durante a primeira viagem missionária. Lucas, autor de Atos dos Apóstolos, condensou nesse discurso a catequese básica de Paulo, centrada em Jesus morto, ressuscitado e glorificado. Paulo está falando a judeus reunidos na sinagoga. E o modo mais adequado para o momento é recordar os fatos passados e as promessas do Deus fiel. O fio condutor da homilia de Paulo é a fidelidade de Deus às suas promessas, culminando na pessoa de Jesus. Paulo abrevia a história do povo, saltando de Davi para seu descendente mais importante, que é Jesus: “Da descendência dele, conforme prometera, Deus fez surgir um Salvador a Israel, Jesus” (v. 23). Os judeus daquele tempo gostavam de examinar as Escrituras para ver se descobriam nelas alguns sinais de esperança para seus dias. Paulo tem grande apreço por essas expectativas e arremata sua catequese mostrando que as promessas se realizaram na pessoa de Jesus: “Irmãos, filhos da mesma raça de Abraão! E vós aqui presentes que temeis a Deus! É a vós que se dirige esta mensagem de salvação” (v. 26). O próprio precursor – que se situa no final das promessas – preparou a chegada daquele que é a resposta definitiva de Deus às expectativas humanas: “Estando para terminar sua carreira, João declarou: ‘Eu sou aquele por quem me tomais; mas eis que depois de mim vem aquele de quem não sou digno de desatar as sandálias’” (v. 25). (Vida Pastoral, Paulus)

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,57-66

Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: “Não! Ele vai chamar-se João". Os outros disseram: "Não existe nenhum parente teu com esse nome!"

Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: "João é o seu nome". E todos ficaram admirados. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.

Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judéia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: "O que virá a ser este menino?" De fato, a mão do Senhor estava com ele. E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores. (CNBB)

A Igreja, desde seus primórdios, reconheceu a grandeza da figura de João Batista, dada sua estreita ligação com a pessoa de Jesus. Aliás, a importância do Batista provém da pessoa de Jesus: sua missão consistiu em ser precursor do Messias. O nascimento de João Batista foi todo envolto de mistério divino. A notícia de sua concepção foi dada pelo Anjo do Senhor a seu pai Zacarias, quando este desempenhava suas funções sacerdotais, no templo. Tratava-se de um fato formidável, pois Zacarias e sua esposa eram de idade avançada, com o agravante de Isabel ser estéril. A incredulidade de Zacarias foi punida com a privação da fala, até que a Palavra de Deus se cumprisse. Tudo se realizou conforme fora anunciado pelo Anjo. Os próprios vizinhos e parentes reconheceram que Deus havia cumulado de misericórdia aquela família. Quando se tratou de dar um nome ao menino, novamente aconteceu um fato maravilhoso. Muitos queriam que se chamasse Zacarias, como o pai. Todavia, em conformidade com a ordem do Anjo, Isabel recusou. Seu nome seria João, que significa "Deus é favorável". Quando Zacarias confirmou o nome dado por Isabel, sua língua se soltou e ele começou a falar normalmente. Então, os parentes e vizinhos, tomados de temor sagrado, reconheceram que a mão de Deus estava com aquele menino. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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