Calisto I - 16º Papa - Nasceu em Roma no ano de 165.
Eleito papa em 217 após a morte do Papa Zeferino. Seu papado encerrou no dia 14 de agosto de
222 quando morreu mártir durante uma rebelião. Seu sucessor foi
Urbano I.
"Todo
pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências."
A frase conclusiva é do papa Calisto I, ao se
posicionar no combate às idéias heréticas, surgidas dentro do clero, que iam
contra a Igreja.
Calisto entendia muito bem de penitência. Na
Roma do século II, ele nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto,
sua sina de sofrimento continuou. Trabalhando para um comerciante, fracassou
nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo
refugiar-se em Portugal. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e
punido com trabalhos forçados. Porém foi nessa prisão que sua vida se iluminou.
Nas minas da Sardenha, ele tinha contato
direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao
vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca
perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto se converteu.
Depois de alguns anos, os cristãos foram
indultados e Calisto retornou à vida livre, indo estabelecer-se na cidade de
Anzio, onde adquiriu reconhecimento dos cristãos, como diácono. Quando o papa
Zeferino assumiu o governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele.
Deu a Calisto várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou
responsável pelos cemitérios da Igreja.
Chamados de catacumbas, esses cemitérios
subterrâneos da via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os cristãos.
Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam, também, para
cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto
começou suas escavações, organizou-as e valorizou-as.
Nelas mandou construir uma capela, chamada
Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta e seis pontífices e cerca de
duzentos mil mártires das perseguições contra os cristãos.
Com a morte do papa Zózimo, o clero e o povo
elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de
sua origem humilde de escravo. Hipólito, um dos grandes teólogos do catolicismo
e pensadores da época, era o principal deles. Hipólito tinha um entendimento
diferente sobre a Santíssima Trindade e desejava que determinados pecados não
fossem perdoados. Entretanto o Papa Calisto I manteve-se firme na defesa da
Igreja, rompendo com Hipólito e seus seguidores, respondendo a questão com
aquela frase conclusiva - "Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as
devidas penitências". Anos depois, Hipólito reconciliar-se-ia
com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja por não negar sua fé em Cristo.
O Papa Calisto I governou por seis anos.
Nesse período, concluiu o trabalho nas catacumbas romanas, conhecidas, hoje,
como as catacumbas de São Calisto. Em 222, ele se tornou vítima da perseguição,
foi espancado e, quase morto, jogado em um poço. No local, agora, acha-se a
igreja de Santa Maria, em Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.
ORAÇÃO:
Ouvi, ó Deus, com bondade, as preces do vosso povo e dai-nos o
auxílio do papa São Calisto, cujo martírio hoje celebramos. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Fonte: franciscanos.org.br – Wikipédia – Missal
Cotidiano
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