sábado, 21 de janeiro de 2017

Liturgia Diária Comentada 22/01/2017 domingo

3ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia – Glória e Creio
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 95,1.6 - Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo.

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 8,23b-9,3

No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações. O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo que oprimia o povo - a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais - tu os abateste como na jornada de Madiã. - Palavra do Senhor.

Comentário: Em 732 a.C., o rei da Assíria toma os territórios da Galiléia e adjacências, incluindo Zabulon e Naftali. O povo do Reino do Sul teme o avanço assírio, mas o profeta mostra que Deus libertará os oprimidos e trará a paz. O que leva Isaías a essa luminosa esperança é o nascimento do Emanuel (cf. 7,14), que é Ezequias, o filho herdeiro de Acaz. O profeta prevê um chefe sábio, fiel a Deus, duradouro e pacífico; ele perpetuará a dinastia de Davi, estendendo o reinado deste até às regiões agora denominadas pela Assíria e organizando uma sociedade fundada no direito e na justiça. Mateus, reinterpretando este oráculo, o aplica à pessoa e ação de Jesus (MT 4,13-16). A Galileia era sempre a primeira região a sofrer os estragos provocados pelos impérios estrangeiros que guerreavam contra a terra de Israel. Isso porque era uma rota mais acessível que o deserto ou o mar Mediterrâneo. Além de ser a primeira região a sofrer o ataque dos inimigos, a Galileia é a região por onde o povo de Israel foi deportado para o estrangeiro. Por isso, as expectativas messiânicas concentravam a atenção na Galileia como cenário da primeira manifestação da luz messiânica, já que seria a primeira região a receber a libertação, como antes tinha sido a primeira a experimentar a escravidão. O “caminho do mar” ficava na região da Galileia. Era uma estrada entre a terra de Neftali (ao norte) e a terra de Zabulon (ao sul). Os judeus acreditavam que nessa estrada se manifestaria o Messias, trazendo de volta para a Terra Prometida os judeus dispersos pelo mundo. Essa região sombria, testemunha de tantos sofrimentos, converter-se-ia em cenário de alegria. Porque o cetro (o poder) dos inimigos seria totalmente destruído pelo Messias. A vitória messiânica é apresentada em analogia com o “dia de Madiã”, quando Gedeão venceu o inimigo de modo excepcional (Jz 7,16-25). (deusunico.com)

Salmo: 26,1.4.13-14 (R.1a.1c)
O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida

O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

Sei que a bondade do Senhor hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

Segunda Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1,10-13.17

Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. Digo isto, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou: “Eu sou de Cristo”!

Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados? De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria. - Palavra do Senhor.

Comentário: O que faz a unidade da comunidade cristã é o batismo em nome de Jesus e a submissão a ele como único Senhor. Os evangelizadores e líderes são apenas instrumentos para levar a comunidade a Jesus Cristo. Absolutizando as pessoas, ela se divide, submetendo-se a outros senhores e falsificando a função dos líderes. Paulo agradece a Deus por não ter batizado nenhum coríntio. Isso não significa que desvalorize o batismo, mas apenas que recebeu outro encargo, a pregação do evangelho aos gentios (os não judeus). Encargo que ele exercia com base no conteúdo fundamental do evangelho e não na eloquência da retórica (sabedoria das palavras), tão valorizada pelos coríntios. A vida, morte e ressurreição Vida Pastoral – janeiro-fevereiro 2011 – ano 52 – n. 276 53 de Cristo constituem o núcleo básico (o conteúdo fundamental) da proclamação do evangelho, e nisso Paulo desejava que os coríntios concentrassem toda a atenção. Além do uso da retórica, os destinatários também supervalorizavam alguns missionários. Isso causava sério problema de divisões dentro da comunidade. A formação de grupos e a antipatia entre eles impediam a unidade da comunidade. Com a expressão “vós sois de Cristo”, o apóstolo condena o partidarismo dentro da Igreja. Pelo batismo, os cristãos se identificam com Cristo, não com o ministro que está a serviço da comunidade. Já que a Igreja é o corpo de Cristo, não deve estar dividida sob nenhum pretexto. (deusunico.com)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,12-23

Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.

Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Por que Jesus deixou Nazaré e se transferiu para Cafarnaum? Parece que o Messias não levou em conta a fama da nova cidade... À beira do Lago de Genesaré, está a terra de Zabulon e Neftali, as duas primeiras tribos que experimentaram o castigo dos assírios e foram vergonhosamente arrastados para o exílio (cf. 2Rs 15,29). É por ali mesmo, neste centro comercial, que passam e se misturam os pagãos, fenícios e samaritanos, deixando as sementes de seus sórdidos costumes. Pois é ali que Jesus vem residir... Para espanto dos fariseus da Judeia e dos saduceus do Templo, Jesus escolhe a companhia dos corrompidos, dos desprezados, dos que vivem à margem. Nas palavras de Hébert Roux, “é para a parte mais desprezada de Israel – a Galileia dos pagãos – aquela que melhor representa o sofrimento e a miséria espiritual de seu povo, é para as ‘ovelhas perdidas da casa de Israel’ que Jesus se volta primeiro para anunciar a Boa Nova. Esta é destinada àqueles que, sendo pobres e desprezados, têm a oportunidade de acolher a graça que lhes é dada”. Como será acolhida a presença de Jesus? Como receberão o novo Morador? Terão olhos de ver e ouvidos de ouvir? Como reagirão aos milagres e às palavras do novo Visitante? Valerá a pena esse itinerário na direção do pecador? Se o leitor estender a vista até o capítulo 11 do mesmo Evangelho, concluirá de modo negativo: “E tu, Cafarnaum, acaso serás elevada até o céu? Até o inferno serás rebaixada! Pois se os milagres realizados no meio de ti se tivessem produzido em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, te digo: no dia do juízo, Sodoma terá uma sentença menos dura que tu!” (Mt 11,23-24) Desperdício da Graça? Tudo indica que sim. E acendem-se para nós todos as luzes vermelhas do alerta máximo. Estamos tão acostumados à suave pregação do Deus misericordioso – e ele o é de fato! –, que acabamos por fazer corpo mole, deixamos de cooperar com a Graça e acabamos em uma atitude de grosseira indiferença em relação a nosso destino último. Afinal, de que adianta o anúncio de um novo Reino, a proclamação de uma Boa Nova, se a nossa atitude continua velha? Como observa Hébert Roux, “o tempo em que o Reino está próximo, isto é, em que Deus se aproxima de seu povo para exercer sua justiça, é também o tempo em que é possível arrepender-se, ou seja, reconhecer para si mesmo a necessidade de uma justiça nova: a novidade da mensagem implica a novidade daquele que recebe a mensagem”. Nos últimos tempos, Jesus tem-se mudado para muitas cidades, muitas paróquias, muitas comunidades. Como terão recebido o novo morador? Orai sem cessar: “Eis que estou à porta e bato...” (Ap 3,20) (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

Ao deixar Nazaré onde fora criado e vivera por longos anos, Jesus escolheu como base de sua pregação a cidade de Cafarnaum, às margens do lago da Galiléia. Ele poderia ter-se dirigido a Jerusalém, na Judéia, a Cidade Santa do judaísmo. Todavia, a escolha da Galiléia como ponto de partida de sua pregação foi intencional, devido ao simbolismo ligado àquela região. No passado, os habitantes do norte de Israel foram vitimados por tropas estrangeiras, que invadiram o território judeu. Além disso, para impor sua dominação, trocaram a população local por outra, trazida do exterior. Daí em diante, apelidou-se de "Galiléia dos Pagãos" o território ocupado por populações não judaicas, tendo abatido sobre elas, desde então, um grande desprezo. O texto de Isaías, citado no Evangelho, tem como pano de fundo este fato. Falando do futuro, o profeta diz que o país mergulhado nas trevas haveria de contemplar uma grande luz. Um passado de humilhação daria lugar a um futuro glorioso, com a chegada do Messias que poria fim à história tenebrosa do norte de Israel. Jesus escolheu começar e concluir seu ministério entre os pagãos, os marginalizados e as vítimas de preconceitos. À Judéia, onde se pensava viverem os judeus fiéis, o Mestre foi apenas para morrer. Depois de ressuscitar, ele retornou à Galiléia para enviar os apóstolos por todo o mundo, a fim de pregar o Evangelho do Reino. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

SANTO DO DIA:

São Vicente Pallotti - Fundador

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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