sábado, 7 de janeiro de 2017

Solenidade da Epifania do Senhor - Reflexão “A” - São Mateus

Na Igreja Cristo se revela a todos os povos

Entre todas as orientações que o Concílio Vaticano II encaminhou ou pôs em relevo, uma das mais importantes e significativas é indubitavelmente o apelo à unidade fundamental da família humana (cf, por ex., GS 24; 26; 27).

Visando ao universalismo

A humanidade tende a um universalismo até agora nunca atingido e que produzirá um novo tipo de homem, cuja cultura não será mais limitado à da sua civilização e cujos meios técnicos serão patrimônio de todos. Este dinamismo impressionante é tão característico da esperança contemporânea, que os que manifestam exclusivismo racial, nacional ou cultural são considerados ultrapassados.


Mas de que meios dispõe a humanidade para atingir este sonho? Experimentam-se muitos métodos que têm certa parte de verdade e eficácia mas que acarretam muitos problemas. Convirá recorrer à força? A experiência de grandes impérios baseados universal do trabalho  e  da  técnica? Mas na violência nos põe de sobreaviso contra ela. Convém confiar na consciência princípios de direito, de cultura etc., nos quais se baseia essa consciência para realizar a unificação do mundo, serão verdadeiramente os mais profundos? Não menosprezam deliberadamente um elemento irredutível, a pessoa? E o cristão? Não terá uma palavra a dizer? Segundo a Escritura, o primeiro homem que acreditou no universalismo foi Abraão, o pai das nações. Deus lhe prometeu que estas, um dia, estariam reunidas na sua descendência, e o patriarca acreditou; foi o primeiro ato de fé feito por um homem.

Os povos caminharão à tua luz

Israel recebeu a missão de reunir todos os povos na descendência de Abraão e de realizar assim a promessa do universalismo. Israel acreditou, erroneamente, poder formar essa unidade com certo numero de praticas particulares: a lei, o sábado, a circuncisão. Só a fé de Abraão teria sido capaz de reunir todos os pagãos, e os judeus não souberam desligá-la de suas práticas legais.

O anúncio de um novo povo de Deus, de dimensões universais, prefigurado e preparado no povo eleito, realiza-se plenamente em Jesus Cristo, para quem converge e que recapitula todo o plano de Deus (Ef 1,9-1 0). Nele, tudo o que estava dividido encontra de novo a unidade (2ª leitura).

Convocando os magos do Oriente, Jesus começa a reunir os povos, a dar unidade à grande família humana, que se realizará plenamente quando a fé em Jesus Cristo fizer cair as barreiras existentes entre os homens, e na unidade da fé todos se sentirão filhos de Deus, igualmente redimidos e irmãos (evangelho).

Este novo povo é a Igreja, comunidade dos que creem; ela realiza e testemunha, através dos séculos, o chamado universal de todos os homens à salvação, pela obra unificadora de Cristo. É significativa a visão final do Novo Testamento (Ap 7,4-12; 15,34; 21,24-26): uma multidão de raças, povos e línguas, que saúdam a Deus, orei das nações, e que habitarão a nova Jerusalém, onde a família humana encontrará a unidade.

Há sempre uma estrela no céu

Todo discurso sobre a "unidade”, em qualquer campo, corre facilmente o risco de ser mal compreendido. Frequentemente se entende por unidade uma uniformidade monótona, a anulação de todas as diferenças individuais, um total nivelamento. Inaugura-se assim um sistema de simples rótulos e simples exclusão. Quem não se adapta à medida geral é rotulado como extremista, reacionário ou herege. No entanto, a diversidade e a variedade dos caracteres das nações são a riqueza da humanidade. Também o fato de ser a Igreja una e universal não impede que possam coexistir em seu seio "diversos modos - de viver a única fé. Durante muito tempo esteve a Igreja ligada ao mundo cultural ocidental e ao homem branco, a ponto de reduzir-se o cristianismo a imagens e categorias mentais tipicamente europeias; mas a Igreja de Cristo não pode ser branca, negra nem amarela, como não pode ser proletária, burguesa ou capitalista; suas portas estão abertas a todos. O cristão autêntico não pode refutar aprioristicamente a novidade ou a originalidade por si mesmas, mas deve antes verificar se não são elas apenas uma nova dimensão da fé no único Cristo. Muitas experiências atuais, que às vezes escandalizam os defensores da uniformidade (não da unidade), são o sinal do vigor da vida da Igreja. Cristo nos dá o sentido de tudo: Ama a Deus com todo o teu coração; amai-vos como eu vos amei (cf Mc 12,30; Jo 13,34). Aqui encontramos o sentido e a direção: essa é a estrela que devemos seguir para atingir nosso autêntico e único centro de unidade.

·        Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 60, 1-6
·        Salmo: 71, 1-2.7-8.10-11.12-13 (R. Cf.11)
·        Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Efésios 3,2-3a.5-6
·        Evangelho: de Jesus Cristo segundo Mateus 2,1-12

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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