4ª Semana da Quaresma - 4ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo
53,3-4 Salvai-me, ó Deus, por vosso nome, libertai-me por vosso poder. Deus,
ouvi a minha oração, escutai as palavras que vos digo.
Oração do Dia: Ó Deus, que preparastes para a nossa fraqueza os auxílios necessários à
nossa renovação, dai-nos recebê-los com alegria e vê-los frutificar em nossa
vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro da Sabedoria
2,1a.12-22
Dizem entre
si os ímpios, em seus falsos raciocínios: Armemos ciladas ao justo, porque sua
presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as
transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. Ele
declara possuir o conhecimento de Deus e chama-se Filho de Deus. Tornou-se uma
censura aos nossos pensamentos e só o vê-lo nos é insuportável; sua vida é
muito diferente da dos outros, e seus caminhos são imutáveis. Somos comparados
por ele à moeda falsa e foge de nossos caminhos como de impurezas; proclama
feliz a sorte final dos justos e gloria-se de ter a Deus por pai. Vejamos,
pois, se é verdade o que ele diz, e comprovaremos o que vai acontecer com ele.
Se, de fato, o justo é filho de Deus, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos
seus inimigos. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua
serenidade e provar a sua paciência; vamos condená-lo à morte vergonhosa,
porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro. Tais são os
pensamentos dos ímpios, mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos, não
conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão
valor ao prêmio reservado às vidas puras. - Palavra do Senhor.
Comentário: Os ímpios de que fala a
perícope são israelitas de Alexandria, que assimilaram uma mentalidade
materialista e hedonista que os levou à apostasia. Assim se explica o escárnio
contra o justo, cuja vida é para os ímpios uma censura insuportável. A mais
impressionante realização destas páginas verifica-se em Cristo. Basta
confrontá-las com os evangelhos, por exemplo, os versículos 13.16 com Jo 5,18;
o versículo 18 com Mt 27,40-43; o versículo 13a com Jo 15,15; Mt 11,27; etc.
Também na Igreja esta página tem sua atualidade. As perseguições mais ou menos
cruentas e as oposições sistemáticas que ela sempre encontra (mesmo em
ambientes cristãos) tem sua verdadeira explicação no fato de ela constituir uma
reprovação para seus opositores, a quem resta apenas o recurso à violência, às
afrontas. Pode-a mesma motivação no espírito sectário com que se combatem e
criticam homens, gestos e instituições da Igreja, sob o enganoso pretexto
secularização. Cristo incluiu nas bem-aventuranças dos seus seguidores também
estas: "Bem-aventurados sereis quando vos ultrajarem e com mentiras
disserem de vós todo o mal por minha causa" (Mt 5,11). A Eucaristia,
memorial da condenação de Cristo, tem na Igreja um lugar central, também porque
a paixão se renova continuamente, sob mil formas, na carne viva do corpo
místico. (Missal Cotidiano)
Salmo: 33(34), 17-18.
19-20. 2l.23 (R. 19a)
Do coração
atribulado está perto o Senhor
O Senhor volta a sua face contra os
maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso
escuta e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto e
conforta os de espírito abatido. Muitos males se abatem sobre os justos, mas o
Senhor de todos eles os liberta.
Mesmo os seus ossos ele os guarda e os
protege, e nenhum deles haverá de se quebrar. Mas o Senhor liberta a vida dos
seus servos, e castigado não será quem nele espera.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,1-2.10.25-30
Naquele
tempo, Jesus andava percorrendo a Galiléia. Evitava andar pela Judéia, porque
os judeus procuravam matá-lo. Entretanto, aproximava-se a festa judaica das
Tendas. Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a
festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas. Alguns habitantes de
Jerusalém disseram então: "Não é este a quem procuram matar? Eis
que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades
reconheceram que ele é o Messias? Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo,
quando vier, ninguém saberá donde é". Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo:
"Vós
me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me
enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da
parte dele, e ele foi quem me enviou". Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão
nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
descrença pode ter consequências terríveis como nos revela o Evangelho de hoje.
As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver
uma nova forma de relacionamento com Deus, de modo que a sua fé gerava a vida
em abundância. Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam
desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o
Deus da vida. A descrença luta contra a vida e pode até mesmo tirar a vida das
pessoas, mas tira apenas a vida biológica, e o sangue que é derramado fertiliza
a terra para que nela brote as sementes de vida eterna. O sangue de Jesus foi
derramado, assim como o de muitos mártires, e isso faz com que as sementes do
Reino cresçam e deem fruto. (CNBB)
A
vida de Jesus estava toda colocada nas mãos do Pai. Com esta consciência, ele
enfrentava os desafios do ministério, sem se deixar abater pelos
mal-entendidos, pelas hostilidades evidentes ou veladas ou mesmo pela ameaça de
morte que pairava sobre a sua cabeça. Sua coragem manifestava-se na maneira
aberta com que proclamava sua doutrina, em plena Jerusalém – no Templo –, mesmo
sabendo que os judeus buscavam matá-lo. Importava-lhe unicamente manter-se fiel
a quem o enviou, pois não tinha vindo por si mesmo, nem proclamava uma doutrina
de sua autoria e propriedade. As hostilidades contra ele provinham do
desconhecimento do Pai. Logo, fruto da ignorância! Bastava que se abrissem para
o Pai, para estarem em condições de compreender a veracidade do testemunho de
Jesus. A vida do Filho estava nas mãos do Pai. Isto impedia que os adversários
assumissem o controle do destino de Jesus. Por isso, em vão, procuravam detê-lo
e infligir-lhe a pena capital. "Sua hora ainda não chegara". A
coragem do Mestre serviu de exemplo para os discípulos, sobretudo nos momentos
difíceis de seu ministério apostólico. Também a vida deles estava nas mãos do
Pai. Sendo assim, nenhum inimigo, por pior que fosse, haveria de se transformar
em senhor de seus destinos. Somente o Pai pode determinar a hora de cada um! (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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