“Deus é sempre fiel à sua aliança: foi fiel à promessa com
Abraão e à salvação prometida em seu Filho, Jesus”. Este foi o centro da
homilia proferida pelo Papa.
A primeira leitura narra a aliança que Deus fez com Abraão,
que Jesus e os fariseus chamam ‘pai’, porque foi ele que gerou “este povo, que
hoje é a Igreja”. Abraão confia, obedece quando é enviado para outra terra,
recebida em herança. Homem de fé e de esperança, acredita quando lhe é dito que
teria um filho, aos 100 anos, “com a esposa estéril”. “Quem quisesse descrever
a vida de Abraão, poderia dizer: ‘É um sonhador’”, disse o Papa. “Era um
sonhador da esperança, mas não era um louco”, explicou:
“Colocado à prova depois de ter o filho, lhe é pedido que o
ofereça em sacrifício: obedeceu e foi adiante, contra qualquer esperança: este
é o nosso pai Abraão, que vai avante, avante, e quando viu Jesus, ficou cheio
de alegria. Sim: a alegria de ver que Deus não o havia enganado, que Deus –
como rezamos no cântico – é sempre fiel à sua aliança”.
O Salmo responsorial convida a lembrar as maravilhas, os
seus prodígios. Para nós, descendência de Abraão, é como quando pensamos em
nosso pai que já se foi, e nos lembramos das ‘coisas boas do papai’ e pensamos:
‘Papai era grande!’.
O pacto de Abraão consiste em obedecer ‘sempre’, prosseguiu
Francisco. Por parte de Deus, a promessa foi de fazê-lo ‘pai de uma multidão de
nações’. ‘Não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão’, lhe diz o Senhor.
E Abraão acreditou. Depois, em outro diálogo, ainda no Gênesis, Deus lhe diz
que sua descendência será numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar. E
hoje, nós podemos dizer: ‘Eu sou uma daquelas estrelas. Eu sou um grão de
areia’.
Entre Abraão e nós, há a outra História, disse o Papa, a
história do Pai dos Céus e de Jesus que por isso diz aos fariseus que Abraão
exultou na esperança de ver “o meu dia”. “Ele viu e, ficou cheio de alegria”.
Esta é a grande mensagem e a Igreja hoje nos convida precisamente a nos
determos e a olharmos para “as nossas raízes”, “nosso pai”, que “nos fez povo,
o céu cheio de estrelas, praias cheias de grãos de areia”:
“Olhar para a História: eu não estou sozinho, eu sou um povo.
Vamos juntos. A Igreja é um povo. Mas um povo sonhado por Deus, um povo que deu
um pai sobre a Terra que obedeceu, e temos um irmão que deu sua vida por nós,
para nos tornar um povo. E assim podemos olhar para o Pai, agradecer; olhar
para Jesus, agradecer; e olhar para Abraão e para nós, que somos parte do
caminho”.
Francisco convida, então, a fazer de hoje “um dia de
memória”, evidenciando que “nesta grande História, na moldura de Deus e Jesus,
há a pequena história de cada um de nós”:
“Eu convido vocês a tirarem, hoje, cinco minutos, dez
minutos, sentados, sem rádio, sem televisão; sentados, e pensar sobre a própria
história: as bênçãos e dificuldades, tudo. As graças e os pecados: tudo. E
olhar ali a fidelidade daquele Deus que permaneceu fiel à sua aliança, e se
manteve fiel à promessa que fizera a Abraão, permaneceu fiel à salvação que
prometera em Seu Filho Jesus. Estou certo de que entre as coisas talvez ruins -
porque todos nós temos, tantas coisas ruins, na vida - se hoje fizermos isso,
vamos descobrir a beleza do amor de Deus, a beleza de Sua misericórdia, a
beleza da esperança. E tenho certeza que todos nós estaremos cheios de
alegria”. (CM-SP)
Papa Francisco
Fonte: Rádio
Vaticano
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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Depois que descobri casualmente este site de conteúdo crist
ResponderExcluirao, eu aproveito alguns momentos do dia para me informar/formar sobre aspectos centrais da minha fé, tornando-se por isso um magnifico instrumento de apoio: leitura, reflexão e oração!
Que o Espírito de Deus repouse sobre vós pelo vosso belo trabalho!
João Lucas