Veste originária da Dalmácia, que
simboliza na Igreja a alegria de servir a Deus. Túnica composta de uma longa
peça de pano, com uma abertura circular ao centro por onde se introduzia o
pescoço a fim de que cada metade da peça cobrisse respectivamente, frente e
costas, descendo até a altura dos calcanhares. É colocada sobre a alva e a
estola.
A história da dalmática pontifical
precede a história da dalmática diaconal. Os primeiros registros do uso da
dalmática são dos Imperadores e nobres romanos. Tratava-se de uma túnica branca
com duas faixas púrpuras. No âmbito eclesiástico, seu uso a partir do século II
se deu na vida civil. Após várias mudanças constituiu veste exclusiva do clero.
Fato marcante deste período, São Cipriano retirou a dalmática antes do
martírio. No século IV, começou a ser usada como paramento exclusivo do Romano
Pontífice. O primeiro papa a usá-la durante as funções litúrgicas foi
Silvestre.
Posteriormente, passou a ser concedido o privilégio aos diáconos de
Roma. Seu uso não se dava diariamente, mas em ocasiões especiais. É notável
como desde o início do seu uso na liturgia, tal paramento se relaciona com a
solenidade da celebração. Nos séculos V e VI, passou a ser concedido aos
bispos. No princípio, era uma concessão a cada clérigo individualmente. Assim a
dalmática passou a ser uma insígnia episcopal, também própria de alguns
diáconos e abades a quem era dada tal honra. Pouco antes do século XII, o papa
concede uso oficial da dalmática aos cardeais, aos bispos, aos abades e a
alguns outros prelados. Passa então a ser veste própria dos diáconos,
introduzindo na ordenação diaconal o rito da vestição da dalmática. A partir
dos séculos XVI e XVII, mantém o comprimento original dos dias atuais.
A dalmática pontifical, possui a mesma
forma da dalmática diaconal. Veste até os joelhos, com mangas mais largas que
as da alva, possui duas listras verticais (clavi) e duas listras horizontais
(segmentae). Ela é usada pelos bispos sobre túnica e estola e por baixo da
casula. O bispo pode fazer uso da dalmática em qualquer missa celebrada em sua
diocese. Seu uso é obrigatório, na forma ordinária do rito romano, nas missas
pontificais conforme o Cerimonial dos Bispos.
Dalmática diaconal: O diácono a usa
dalmática sobre a alva com estola a tiracolo. De maneira semelhante ao bispo,
pode fazer uso dela em qualquer celebração. Todavia, diferentemente da casula,
seu uso não é obrigatória nas missas mais simples. Os diáconos-assistentes, na
forma extraordinária do rito romano, fazem uso da dalmática sobre a sobrepeliz
e sem estola.
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
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