terça-feira, 6 de junho de 2017

Liturgia Diária Comentada 06/06/2017 terça-feira

9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 24,16.18 - Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados!

Oração do Dia: Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro de Tobias 2,9-14

Eu, Tobias, na noite de Pentecostes, depois de ter sepultado um morto, tomei banho, entrei no pátio de minha casa e deitei-me, junto à parede do pátio, deixando o rosto descoberto por causa do calor. Não sabia que, na parede, por cima de mim, havia pardais aninhados. Seu excremento quente caiu nos meus olhos e provocou manchas brancas. Fui procurar os médicos para me tratarem. Quanto mais remédios me aplicavam, mais meus olhos se obscureciam com as manchas, até que fiquei completamente cego.


Durante quatro anos estive privado da vista. Todos os meus irmãos se afligiram por minha causa. Aicar cuidou do meu sustento, durante dois anos, até que partiu para Elimaida. Naquela ocasião, Ana, minha mulher, dedicou-se a trabalhos femininos, tecendo lã. Entregava o produto aos patrões e estes lhe pagavam o salário. No sétimo dia do mês de Distros, ela separou a peça de tecido que estava pronta, e mandou-a aos patrões. Estes pagaram-lhe todo o salário e ainda lhe deram um cabrito para a mesa.

Quando entrou em minha casa, o cabrito começo a balir. Chamei minha mulher e perguntei-lhe: “De onde vem este cabrito? Não terá sido roubado? Devolve-o a seus donos, pois não temos o direito de comer coisa alguma roubada”. Ela respondeu-me: "É um presente que me foi dado além do salário". Mas não acreditei nela e insisti que o devolvesse aos patrões, ficando bastante contrariado por causa disso. Ela então replicou: "Onde estão as tuas esmolas? Onde estão as tuas obras de justiça? Vê-se bem em ti o que elas são!" - Palavra do Senhor.

Comentário: O reino de Deus, pelo que tem de atual, é vivido na vida cotidiana, e aí é construído pelo que tem de futuro. Como para os desterrados: salvação estava em aceitar os próprios males das mãos de Deus (embora os causassem os deportadores); a seu tempo, Deus intervirá. Sim, as coisas cotidianas da vida concorrem para a salvação, para a construção do reino, se colocadas umas sobre as outras como material de construção, mesmo quando não material escolhido. Tobias tornou-se mais escrupuloso. Ana mais enervada. Tobais deveria prezá-la mais, confiar nela; Ana não deveria censurar-lhe as boas obras. Em tais casos requer-se amor redobrado: que é luz, serenidade, alegria. (Missal Cotidiano)

Salmo: 111, 1-2. 7bc-8. 9 (R. Cf. 7c)
O coração do justo é firme e confiante no Senhor

Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos.

Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,13-17

Naquele tempo, as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra. Quando chegaram, disseram a Jesus: "Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?"

Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: "Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja". Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: "De quem é a figura e inscrição que estão nessa moeda?" Eles responderam: "De César". Então Jesus disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". E eles ficaram admirados com Jesus. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Dois pontos nos são sugeridos pelo Evangelho de hoje. O primeiro é: por que nos aproximamos de Jesus? Condenamos as autoridades porque mandaram pessoas até Jesus para o apanharem em alguma palavra, mas muitas vezes nos aproximamos de Jesus para a satisfação de nossos interesses pessoais e não para o encontro pessoal com aquele que é nosso Deus e que nos ama com amor eterno. O segundo é: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o que significa que César deve dar a Deus o que é de Deus, de modo que Jesus nos mostra também as responsabilidades dos dirigentes das nações em relação a Deus e nós devemos cobrar isso deles. (CNBB)

Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores. Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus. A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Ao contar a parábola da vinha parece que Jesus pisou nos calos de muita gente importante, pessoas que construíram suas casas na areia e agora estão com medo da chuva forte que é a “Boa Nova” venha destruí-las. Os sacerdotes buscam a qualquer custo um motivo para condenar Jesus. “Mestre, sabemos que és sincero e que não te deixas influenciar seja por quem for“... “É permitido pagar o tributo a César?” (v.14). Os inimigos de Jesus são ardilosos, característica bem comum desse tipo é a bajulação, aproximam-se como lobos em pele de ovelhas, buscam encurralar Jesus com uma pergunta capciosa, ainda bem que o Mestre conhece a maldade contida nos corações. Sabemos que o imposto pago a Roma era uma forma de subjugar o povo, se Jesus ficasse do lado dos romanos seria tachado de impostor pelos sacerdotes, se ficasse do lado do povo, seria considerado um traidor de Roma, em ambos os casos sairiam ganhando os inimigos de Jesus. Mais uma vez vem o ensinamento de Jesus: “Sempre há uma terceira opção”. Agora é à hora de acertar dois coelhos com uma só cajadada, “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (v.17). O imposto devido a César é um fato de ordem política e que é justo ser pago já que eles se submeteram a economia romana. Já o que pertence a Deus, isso sim, é da alçada dos sacerdotes, e deveriam eles administrar com zelo e prudência conduzindo todo o povo de Israel (sem exceção) a salvação.  (Ricardo e Marta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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